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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Devemos perdoar como Jesus.

70x7

Cl 3.13 Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós;

70x7… o resultado não é simplesmente 490… o resultado é a vontade do Senhor, e sabemos que ela vai muito além de um resultado numérico.

Apesar de que o termo “suportar” possa significar ajudar, ou apoiar, creio que como todo o resto do texto esteja falando de perdão, devemos pensar nesta palavra como sendo o sentido de “aguentar”.

O texto diz que devemos suportar uns aos outros, isso quer dizer, não deixar que qualquer coisa que o outro venha a fazer possa influenciar na forma como me porto com ele diante do que a Palavra ensina. Um exemplo: imagine que você tem um discípulo que sempre se atrasa aos encontros, mas sempre pede perdão pelo erro. O coração pode dizer nesses momentos: “Esqueça, ele vai voltar a fazer tudo de novo, nem compensa falar sobre o “sim sim e não não” com ele de novo, agora é ele com Deus!”, mas isto está certo? Não! Não está. Suportar entra justamente aí, pois a Palavra nos diz pra exortar da forma necessária e nunca esmorecer, como poderíamos simplesmente dizer “basta”?

“Perdoai-vos mutuamente” está associado a manter o canal entre dois discípulos sempre limpo. Uma simples discórdia mal tratada pode desajustar as juntas e por isso o perdão deve ser uma prática constante em nossas vidas. O grande problema é que a base do perdão não é a justiça do Velho Testamento, mas a graça do Novo Testamento. Se entendemos que jamais poderíamos ter sido justificados diante de Deus mediante as leis, isto é, jamais seríamos perdoados pela nossa própria justiça, e somos justificados através do perdão em Jesus Cristo, mediante a graça recebida dEle, então da mesma forma devemos perdoar. Perdoamos por uma única razão, porque Jesus nos perdoou primeiro. Mesmo que o erro do irmão seja injustificável, muito mais injustificável é termos acesso à Deus através de Cristo, sendo nós outrora independentes do Pai. Assim como Jesus perdoou, assim devemos perdoar também.

Sei que não parece fácil perdoar à vezes, mas é sempre fácil. Imagine um búfalo amarrado por um fio muito fino à um tronco de madeira. A única razão pela qual ele permaneceria preso é se quisesse. A única razão pela qual colocamos impecilhos para perdoar as pessoas é o fino e frágil fio do orgulho, que nos prende e nos faz pensar que é justo agirmos assim, quando se foi injustiçado por alguém. O duro é lembrar que a coisa mais justa que já ocorreu em toda a existência foi um Pai pregar o próprio Filho em uma cruz, e colocar sobre ele a culpa de uma raça inteira estragada, isso sim foi justo, e assim a Bíblia nos diz. Será que podemos mesmo agir de forma orgulhosa? Será que podemos permanecer sem perdoar? Que o Senhor nos faça refletir.

Um enorme e carinhoso abraço em cada coração,

Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Devemos pregar ao mundo como Jesus.

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Jo 17.18 Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.

Versículo pequeno este, não? Uma vírgula, um ponto, e só isso. Existem algumas passagens na Palavra de Deus que tem o brilhante efeito de colocar uma imensa quantidade de informação em trechos que de tão simples, possuem tão somente uma vírgula e um ponto. Este versículo do livro de João é uma destas passagens.

Jesus Cristo é quem fala neste texto, durante uma oração ao Pai antes de ir para o Jardim no Getsêmani, na última noite que passou livre antes da crucificação. Na minha bíblia especificamente (RA 2ª edição) esta passagem recebe o título de “A oração sacerdotal de Jesus”. Foi uma oração especial na qual Jesus estava dizendo “Pai, completei tudo, é amanhã o dia pelo qual eu vim, os discípulos estão prontos, cuide de cada um deles Pai”.

Na segunda metade desta oração tão especial, Jesus pronuncia as palavras: “Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo”, mas o que Ele quis dizer com elas? Jesus estava dizendo que o mesmo propósito pelo qual Ele foi enviado era o propósito que o levava a enviá-los. Enviar para onde? Para o mundo. O que é este mundo? É a habitação da independência, do fazer a própria vontade, é no mundo que os homens-deuses vivem, isto é, aqueles que deliberadamente decidem sobre tudo como se não tivessem sido criados, e criados com um propósito. Homens-deuses, filhos de Adão, estes são O Mundo.

E qual foi, ou quais foram os propósitos pelos quais Jesus foi enviado ao mundo e nos enviou também? Vamos analisar alguns versículos e falar um pouco sobre cada um.

“E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.” Mt 9.35

Jesus pregava em todas as cidades e aldeias, e isso de forma estratégica, pregando o Evangelho do Reino e ao mesmo tempo curando as doenças e moléstias do povo. Temos que enxergar o campo onde estamos de forma estratégica também, e planejarmos cuidadosamente as aproximações através da ação do Espírito Santo.

“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna. Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele” Jo 3.16,17

O caráter Salvador de Jesus foi realizado de uma só vez na cruz, mas como a cruz veio depois daquela noite, com certeza Jesus estava dizendo que enviava seus discípulos ao mundo para que estes se determinassem no espalhamento dessa redenção através de uma pregação específica, e assim como Ele não foi enviado para julgar o mundo esta também não é a nossa função. Aqui mora um problema, pois muitas vezes temos resistências a pregar simplesmente o que deve ser pregado, sem que venhamos a fazer julgamentos mesmo que em nossas mentes sobre a situação daquele ou daquela pra quem pregamos. Relembremos aqui sobre a mulher que ia ser apedrejada, Jesus a amou e apenas disse a ela “mulher onde estão os teus acusadores?” e logo depois “também nem eu te condeno, vá e não peques mais”. Julgar não é NUNCA nosso papel, isso cabe a Deus. Nosso papel é pregar e pregar o que nos foi mandado pregar, com amor e plena sujeição à vontade do Pai.

“Porque o Filho do Homem veio salvar o que estava perdido” Mt 18.11

Jesus veio para salvar o que estava perdido, nós também somos enviados de forma a mostrar aos perdidos o Caminho que já foi traçado, e Jesus é este Caminho.

“Eu, o Senhor, te chamei com justiça, tomar-te-ei pela mão, e te guardarei, e te farei mediador da aliança com o meu povo e luz para os gentios; para abrires os olhos aos cegos, para tirares da prisão o cativo e do cárcere, os que jazem em trevas” Is 42.6,7

Nós, os discípulos de Jesus, somos aqueles designados por Ele para fazermos estas coisas descritas no texto assim como o Mestre fez. Devemos revelar a luz àqueles que não conhecem a luz, e soltar as falsas amarras colocadas neles por satanás, através da revelação do Evangelho do Reino, que prega o fim do governo do homem para o governo de um Rei, que é Jesus Cristo.

“O Senhor DEUS me deu uma língua erudita, para que eu saiba dizer a seu tempo uma boa palavra ao que está cansado. Ele desperta-me todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que ouça, como aqueles que aprendem. O Senhor DEUS me abriu os ouvidos, e eu não fui rebelde; não me retirei para trás. As minhas costas ofereci aos que me feriam, e a minha face aos que me arrancavam os cabelos; não escondi a minha face dos que me afrontavam e me cuspiam. Porque o Senhor DEUS me ajuda, assim não me confundo; por isso pus o meu rosto como um seixo, porque sei que não serei envergonhado. Perto está o que me justifica; quem contenderá comigo? Compareçamos juntamente; quem é meu adversário? Chegue-se para mim.” Is 50.4-8

Forte esse texto acima. O Senhor nos envia para falar a verdade sobre Ele, mesmo que isso inclua sermos feridos, termos os cabelos arrancados, recebermos afrontas, mesmo que cuspam em nós e... mesmo que venhamos a ser mortos por conta da pregação. Lembremos que Jesus disse “todo aquele que perder a vida por amor de mim e do evangelho vai salvá-la” Mc 8.35. Este perder a vida envolve uma constante perda e pode incluir também a morte. Se Jesus morreu fazendo a obra e se somos seus discípulos, então porque razão veríamos a morte como algo inaceitável? Muitos irmãos amados tem morrido ao longo do mundo por pregarem o Evangelho do Reino.

Fazendo então um resumo, devemos pregar ao mundo como Jesus, e isto inclui:

· Pregarmos o Evangelho do Reino, o fim da independência.

· Pregarmos este Evangelho do Reino em todo lugar, e de forma estratégica.

· Amarmos aqueles a quem pregamos.

· Não julgarmos a ninguém que pregamos.

· Aceitarmos de bom grado quaisquer perseguições que sofrermos por amor ao Pai.

Dessa forma com certeza estaremos mais próximos do caráter de Cristo, pregando ao mundo como Ele pregou, pois quando Ele fez aquela oração no Getsêmani Ele não pensava nos discípulos da época, Ele pensava em mim e em você, pensava em nós.

Graça e Paz,

Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Devemos servir como Jesus.

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Jo 13.14 Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros.

Existem algumas funções que são extremamente humilhantes. Durante toda a história essas atividades foram feitas por escravos e servos, nunca pela “nata” da sociedade. No tempo contexto da passagem, Era extremamente anti-higiênico entrar na casa de uma visita ou assentar à mesa sem lavar os... pés. Isso mesmo, curioso não? Esse ato era indispensável, o que provavelmente era explicado pela imundície que era o solo de um povo sem saneamento básico, além de ter um forte valor cultural o ato de lavar os pés.

Os pobres, bem, eles mesmos lavavam seus pés para comer, porém os ricos pagavam os pobres para fazer esse “serviço sujo e desonroso”. É importante que entendamos que se tratava realmente de algo desonroso!

Jesus lavou os pés dos discípulos, ou seja, ele se humilhou a ponto de servi-los dessa maneira, lavando seus imundos pés. Eram 24 pés sujos, carregados de sujeira ou até mesmo micoses, lavados diligentemente por Jesus, um a um. Depois de fazer isto Ele lhes perguntou se haviam COPREENDIDO o que Ele havia feito. Uma coisa é ver, outra diferente é compreender. Compreender quer dizer assimilar, tornar parte de si, do próprio raciocínio, gravar no coração. Jesus queria saber se eles haviam realmente compreendido tudo aquilo, afinal, não era algo lógico o que fizera.

Eles lhe chamavam Senhor e Mestre. Senhor é o mesmo do grego Kyrios que quer dizer “senhor de escravos” e Mestre talvez seja referente a rabino, o dono da gema rabínica, o detentor da idéia central, aquele que deve ser copiado literalmente e inteiramente por seus discípulos. Jesus diz que assim como ele lhes lavou os pés, assim deviam lavar os pés uns dos outros. Bom, qual a dificuldade frente ao exemplo de Jesus? Nenhuma, ora! Se meu mestre, acima do meu nível, se humilha diante de mim e lava os meus pés, é extremamente fácil que eu me humilhe diante daqueles que estão no mesmo nível que eu, isto é, os outros discípulos. Não deve haver dificuldade nenhuma nisso. Se houver dificuldades, estou olhando muito pouco para o meu Mestre e seu Exemplo.

Eu não sou maior que meu Mestre, logo, se meu Mestre lava meus pés isso deve causar um rebuliço total na minha mentalidade. Tenho que entender que se Jesus me deu o exemplo, foi pra eu seguir o exemplo, não apenas para admirá-lo dizendo: “Que maravilhoso, até me emociono, Jesus lavou meus pés! Oh! Jesus maravilhoso!” Aquele que COMPREENDE essas coisas é feliz ao praticá-las, não apenas em conhecê-las. Lavar os pés é um ato prático, não é um sentido figurado. Atos de exemplo são para gerar atos em conseqüência, então que possamos ser achados vivendo a consequência deste Exemplo maravilhoso que é o serviço, e assim sermos como Jesus.

“Aquele que não vive pra servir, não serve pra viver.”

Que Deus os abençoe,

Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.

sábado, 21 de maio de 2011

Devemos ser santos como Jesus.

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I Pe 1.15 pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento.

A palavra “santo” deriva de uma palavra grega que significa “separado”. Quando lemos esta palavra na Bíblia devemos entender como “separação”. Mas separar quer dizer dividir, colocar à parte, tornar distinguível. Quanto maior for o contraste, maior será a separação.

Mas só se separa o que está unido, e o texto diz que Jesus é santo, que Ele é separado de algo com o qual o resto do mundo nasce unido. Que coisa é essa? A independência. Ela dita as regras e gera procedimentos que são maus aos olhos de Deus. Devemos nos separar do mundo, e nos unirmos de novo a Deus. Devemos nos santificar.

Algumas coisas devem ser frisadas neste texto, pois ele fecha o cerco de uma forma extremamente abrangente, não há escapatória. Fica claro que devemos fazer exatamente como aquele que nos chamou. Não é uma santidade parcial, tampouco uma postura religiosa, mas um governar do Espírito em nós que nos santifique.

Não existe no texto uma escolha, mas uma ordem. Deus nos ordena que nos tornemos tão separados, tão santos, como Jesus, o que sabemos que é impossível ao homem. É daí que voltamos para a questão de que Deus não quer de nós uma postura religiosa, mas uma postura de filhos que o amam. Se o Pai deu essa ordem aos seus filhos, então isso quer dizer que é mais do que possível que eles a cumpram, porém... nEle. A santificação começa com o desejo de se separar para Deus.

Sabemos que os procedimentos externam o que vivemos. A palavra nos manda sermos santos em TODO o nosso procedimento. TODO em grego quer dizer TODO, rs. Como ser santo no procedimento, sem, no entanto, ser religioso? Podemos comparar essa situação com uma planta fraca que recebe adubo em suas raízes e contrastá-la com uma planta feita de tecido e plástico. Se apenas nos “podarmos” no que diz respeito ao que pensamos ser santos, estaremos nos transformando em plantas de plástico, que não aparentam ser ruins, mas, no entanto, não frutificam nem florescem. Se ao invés disso recebermos o adubo em nossas raízes, veremos nossas folhas se multiplicarem, virão as flores e os frutos. Frutos são referentes ao procedimento, e assim fica claro que para sermos santos em TODO o nosso procedimento precisamos antes de um íntimo e constante contato com Jesus. Só assim cumpriremos como bons filhos, a ordem de santidade que recebemos do Papai.

 

Santo como Tu És – Diante do Trono 9

Queridos, que sejamos santos como Jesus é, em todo o nosso procedimento, assim como manda a palavra, de forma que venhamos a agradá-lo, e honrá-lo com nosso viver.

No Amado,

Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Devemos ser mansos e humildes como Jesus.

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Mt 11.29 Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma.

Como parece complicado aprender com Jesus às vezes. Enquanto os discípulos discorriam entre si sobre quem seria o mais importante, Ele o Mestre dos mestres, tomava uma toalha e uma bacia e lavava os pés deles. É bom lembrarmos que naquela época lavar os pés de alguém era um ato reservado aos mais baixos empregados, pela desonra que representava. Ele era entre eles tão diferente, tão incrível, tão grande e... tão servo, Aquele que estava no Trono da Glória 33 anos antes, agora estava ali diante daqueles pés imundos e com um sorriso no rosto, um sorriso de servo que se alegra em servir. Como assim Jesus? Como podemos aprender contigo?

Jesus diz a resposta para este nosso dilema neste texto: “tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim”. Simples assim, e verdadeiro assim. Para aprender com Jesus, o grande pré-requisito é tomar sobre nós o jugo dEle. Mas, o que é jugo?

Você já ouviu falar em “carro-de-bois”? Antigamente, e ainda hoje em alguns lugares, os bois eram usados para puxar uma espécie de carroça, que era carregada com as mais diversas coisas. Dependendo do peso da carga eram necessários vários bois, e como organizavam isso? Colocavam-nos de dois a dois, emparelhados e sobre seus pescoços repousava-se uma única peça de madeira, que impedia que os bois tivessem ritmos diferentes de trabalho. Se um começasse a “empacar” a força do outro boi empurrava seu pescoço com a peça de madeira, como se estivesse dizendo: “anda aí meu amigo, não pode parar não, continue firme!”. Esta peça é o tão famoso jugo de que o texto fala.

Agora... pense numa coisa, Jesus está dizendo para entrarmos debaixo do mesmo jugo em que Ele está... Nessa hora imaginamos aquela cena um tanto bizarra, Jesus do meu lado como se fosse um boi enorme, musculoso, ágil e disposto e eu ali do lado, pequeno, franzino, molenga e preguiçoso. No que isso vai dar? É aí que está a grande sacada de usar o jugo.

O jugo é usado nas fazendas como uma forma de “equilibrar” o rendimento dos bois. Ao colocarmos um boi forte com um boi fraco, forçamos o desenvolvimento do mesmo, e, semelhantemente, este é o objetivo do Jugo Santo de Cristo, nos desenvolver até alcançarmos a medida da estatura da plenitude de Cristo!

Que maravilha então, não é? Parece fácil... e é. A Palavra nos diz que o jugo do Senhor é suave. Isto facilita muito as coisas, afinal o contrário de suave é grosseiro. Isto quer dizer que tomarmos o Jugo de Jesus não nos machuca, apenas nos endireita, mas existem alguns cuidados que precisamos levar em conta.

Imagine a cena: Sol escaldante e o boi franzino ali no jugo com o boi forte, puxando aquela carga há algumas horas. De repente ele dá uma mugida para parar o carro, tira o Jugo do pescoço e muge para o fortão ao lado: “Foi muito bom trabalhar com você meu amigo, mas não posso continuar, estou cansado demais, sabe como é não é? Sou novo no serviço ainda, nada pessoal, ok?” Isto existe? Mas é claro que não, não se pode remover o jugo, só quem faz isso é quem põe o jugo sobre o boi. A Palavra diz que aquele que tendo tomado o arado, olha para trás, não é apto para o Reino de Deus. Começou? Vá até o fim! Este é o lema. Deus se encarrega do desenvolvimento, mas você não espera se tornar um boi forte nos primeiros 10 km, não é? Como eu disse, Deus se encarrega do desenvolvimento, cabe a nós permanecer debaixo do Jugo de Cristo.

Qual a motivação, quer dizer, os músculos espirituais a serem gerados em nós? Jesus disse “por que sou manso e humilde de coração”. Mansidão e humildade, e ambas de coração. O que vem a ser isso? Mansidão tem a ver com não se irar, permanecer com a calma mesmo nas situações mais adversas. Vamos lembrar de Jesus perante o Sinédrio na madrugada anterior à crucificação. O que Ele fez após todo aquele escárnio contra Ele? Ele permaneceu manso, e respondeu mansamente. Mansidão é um fruto do Espírito Santo, é algo que faz qualquer um no mundo ficar de cabelo em pé. Quando o “olho por olho e dente por dente” do Hamurabi dá lugar ao “ofereça a outra face” do Mestre dos Mestres, todos se assustam no mundo à volta. Com a humildade é exatamente o mesmo. A humilhação é um terreno em que satanás não pisa, e quando nos humilhamos reconhecemos o poderio de Jesus sobre nós, esvaziando toda a soberba em nossas vidas.

Qual o fruto de tomar o Jugo de Jesus, e aprender dEle q é manso e humilde de coração? Descanso para as nossas almas. O q é descanso? É refúgio, e viver livre as ameaças e pressões que nos cercam, é a paz. Quando entramos em uma caverna no meio de uma tempestade nos sentimos em paz e tranquilidade, muito embora não pare de chover e relampejar fora dela. Assim é conosco também, Jesus nos dá paz, mesmo no meio da tempestade que é viver neste mundo diante de toda iniquidade que nos cerca. Ele nos promete isso através de tomarmos o Seu jugo, sermos emparelhados com Ele, para seguir seus passos e seu vigor. Pra sermos parecidos com Ele. Que Jesus nos guie ao Seu lado, e que possamos aprender com Ele, dia-a-dia, e participarmos continuamente e eternamente do descanso que só nEle encontraremos.

Graça e Paz,

Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

O que virá agora?

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Olá meus queridos e queridas, como vocês puderam ver, meus últimos dez posts falaram sobre a Vida e a Obra de Jesus, os quais foram:

· Jesus existiu antes de todas as coisas (Jo 1.1-3);

· Ele era o Verbo que se fez carne humana (Fp 2.5-8);

· Teve uma vida perfeita e irrepreensível (I Pe 2.22);

· Fez uma obra tremenda e grandiosa (At 10:38);

· Morreu pelos nossos pecados (I Co 5.21; Is 53.5,6);

· Ressuscitou (At 2.24);

· Foi exaltado (Fp 2.9-11; At 2.36);

· E voltará (Mt 24:30;

Estes textos visaram reforçar alguns pontos importantes sobre quem é Jesus, e a forma como Ele agrada o Pai. Sugiro que memorizem estes versículos, de forma que toda a verdade contida neles possa se entranhar em cada coração, e gerar uma paixão crescente por Jesus e pelo Propósito de Deus.

Sabemos que a vontade do Pai é que sejamos como Jesus, preenchidos plenamente por Ele: "Aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é Cristo em vós, esperança da glória” (Cl 1.27).

Para isso é preciso que tenhamos as mesmas características de Jesus, e vamos falar sobre elas nos próximos posts. Será postado um novo texto a cada dois dias como viemos fazendo recentemente, sendo o primeiro post lançado na manhã seguinte. Eis a lista de posts:

· Ser mansos e humildes como Jesus (Mt 11.29;

· Ser santos como Jesus (I Pe 1.15);

· Servir como Jesus (Jo 13.14);

· Pregar ao mundo como Jesus (Jo 17.18);

· Perdoar como Jesus (Cl 3.13);

· Amar como Jesus (Jo 13.34);

Esses posts são meditações na palavra, em versículos nos quais temos sido catequizados ao longo da fundamentação. Espero que possam cooperar com cada um, esse é o desejo do meu coração!

No Amor do Pai,

Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Ele voltará!

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Mt 24.30 – Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória.

Palavra gloriosa esta! Esse é o momento mais esperado pela Igreja, seu encontro com o Noivo. Vários detalhes estão inclusos, os quais não se podem descartar. O primeiro está na palavrinha “então”. “Então” quer dizer que todas as coisas que estão escritas desde o versículo dois têm de acontecer primeiro.

“Aparecerá” indica que não está à mostra hoje, que será revelado. “No céu”, quer dizer que todos os povos vão ver ao mesmo tempo. Não há exceções nem mesmo duplas interpretações de conhecimento, vai acontecer no céu pra todo mundo ver. Se você tem um céu sobre a sua cabeça, então Jesus vai aparecer aí.

“O sinal do Filho do homem” é um sinal primeiramente. Sinais são para aqueles que estão à espera. Já deve ter ouvido a expressão: “Quando fizer isso... aí vou saber que devo fazer isso...”. Da mesma forma, Deus nos revelará o retorno de seu Filho com um sinal específico.

“Filho do homem” é pra realçar que Jesus é agora e eternamente Rei sobre as nossas vidas. É muito bom lembrarmos que Ele está como um homem ao lado de Deus, que assim como Ele ressuscitou e subiu aos céus, assim mesmo há de retornar em toda a Sua Glória.

“todos os povos da terra” quer nos dizer que ninguém vai escapar. Os olhos de Deus estão sobre toda a terra, e todos vão presenciar esse momento indubitável.

“Se lamentarão e verão” está associado ao quebrantamento da carne, porém agora sem chance de conserto. Este é o tempo do fim.

Ele virá sobre as nuvens do céu com poder e muita glória! O Rei vem e já está cumprindo tudo o que lhe é necessário para instaurar o seu julgamento.

 

Jesus está voltando! Aleluia!

Graça e Paz.

Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.

domingo, 15 de maio de 2011

Foi exaltado

maos ao alto

At 2.36 – Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo.

Jesus Cristo. O nome “Jesus” nós sabemos que o Verbo recebeu de Deus quando se materializou naquele bebê gerado em Maria. Mas... e o nome Cristo? Ora, porque fica bem claro na passagem que Deus o fez SENHOR e CRISTO. São duas coisas.

“O Cristo” é um nome que embora não seja citado no Velho Testamento aparece 539 vezes no Novo Testamento, e é sempre acompanhado por muita expectativa. Ora, a verdade é as profecias diziam que haveria de se levantar um descendente de Davi que iria restaurar a Israel e derrotar para sempre seus inimigos. Este era o “Messias”, ao qual também era dado freqüentemente o nome de “O Cristo”. Ele seria um rei eterno sobre o povo de Israel e sua vinda era aguardada incessantemente pelo mesmo.

Israel se tornou colônia do império romano, e um rei gentio agora oprimia fortemente a nação, cobrando impostos e se proclamando rei supremo. Ora, as escrituras judaicas dizem que a alma de um gentio vale menos que a de um animal, então, se esse animal fosse um cachorro, imagine o que devia ser o povo israelense ter que se reverenciar à um cachorro na concepção deles! Eles queriam um rei que derrubasse a César de seu trono e convidaria assim os maiorais dos sacerdotes e políticos judeus para formarem seu “grupo de conselheiros”. Havia expectativa do povo humilde, porque esperavam um rei que iria acabar de vez com a fome na nação. Resumindo, A vinda do Cristo era aguardada com muita esperança pelo povo.

O que Pedro quis dizer naquele célebre discurso foi que Jesus foi feito o Cristo, que agora aquele homem mandado pra cruz era o rei que Israel tanto esperou. Jesus, agora era Jesus Cristo. Porém também era o Senhor.

No português a primeira coisa que nos vem à mente é: Senhor é um título de respeito. A palavra que define o real significado deve ser retirada do grego: Kyrios, que significa Senhor de escravos. A autoridade que um senhor de escravos tinha sobre os mesmos era até mesmo sobre a própria vida daqueles que pertenciam a ele. Pedro naquele momento estava dizendo: Deus, Todo-Poderoso, fez de Jesus o Cristo e o Senhor sobre todos vocês! Agora não fica difícil entender como puderam compungir o coração naquela hora, não? Ele, Jesus Cristo, agora estava assentado no trono de Davi, porém não um trono terreno, mas um Trono Eterno!

 

Fp 2.9-11 – Pelo que Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o Nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus Pai.

Este texto é a continuação de Fp 2.5-8, onde a Palavra nos falou da humilhação de Jesus. Sabemos que a humilhação do nosso Mestre foi sobremaneira grande, assim pois sua exaltação foi sobremaneira grande! Podemos concluir que a medida da humilhação de Jesus é a mesma medida com que foi exaltado. Por essa mesma razão a Palavra nos diz que quem quiser ser grande no reino dos Céus deve ser pequeno aqui.

Qual é o nome que está acima de todo nome? Nós não sabemos. A glória de um nome está em conhecê-lo. Uma vez descoberto a identidade de alguém, esse alguém passa a ser alguém conhecido, e seu nome não mais nos chama atenção. Mas o Nome que Jesus recebeu... é diferente de tudo. Na passagem de Ap 19.12 diz que Jesus Cristo tem nele um nome escrito que NINGUÉM conhece, senão ele mesmo. Eu creio ser este o Nome que está citado na passagem de Felipenses.

Este Nome precioso tem uma razão: Para que a glória do Pai seja conhecida nEle por toda a existência. Para dobrar todos os joelhos, e fazer toda língua confessar a Jesus como Senhor. Senhor, quer dizer Kyrios, isto é, Senhor supremo ao qual nossa vida pertence.

Graça e Paz sejam com vocês,

Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Ressuscitou

ressuscitou

At 2.24 – ao qual, porém, Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível fosse ele retido por ela.

Texto pequeno e forte esse, não? Primeiro, quem o ressuscitou? Deus. Porquê? Porque Ele mesmo não se ressuscitou? Ele não ressuscitou a Lázaro? Não, Deus é quem o deu poder para ressuscitar o seu amigo, Jesus mesmo não tinha poder se não aquele que recebeu do Pai. Pela mesma razão, Jesus precisou de uma intervenção do Pai nessa hora. Davi escreveu à respeito desse terrível momento em Sl 22.12-14. Fortes touros de Basã. é assim que Davi descreve os demônios que cercaram Jesus para o escarnecer no inferno. A pergunta é: porque fortes touros de Basã? Quem era Basã?

Basã era uma nação dos amorreus, que são os povos que adoravam entidades demoníacas como astarote e baal. Seu rei era Ogue, um homem cuja cama media 9 côvados, o que dá mais ou menos 4 metros. Era descendente dos Refains, uma das três raças de gigantes que habitaram a Terra. Era muito maior do que Golias, que tinha “apenas” 2,9 metros de altura.

O curioso é que Basã foi derrotada por Israel e Ogue foi morto aproximadamente 290 anos antes de Davi! Então como poderia Davi dizer que os fortes touros de Basã o cercam? Davi nem mesmo havia visto uma “foto” de Ogue, como poderia ele fazer essa citação? Por certo que Davi não estava falando dele mas sim do sofrimento de Jesus desfalecer na cruz, mil anos depois.

É assim que Jesus se sentiu, como que fortes touros de Basã o cercassem, demônios, abomináveis seres corruptos em sua totalidade, envolvidos com tudo aquilo que o Senhor Deus abomina. Jesus precisou da intervenção de Deus neste momento. Por que Deus não agiu antes? Porque importava que Jesus morresse, para cumprir a reconciliação dos homens com Deus.

Nesse momento terrível, quando satanás e seus demônios rodearam Jesus, Deus diz do Seu Trono: Basta! A festa acabou naquele momento pra aquela corja demoníaca. “Espere aí, como assim não podemos tocar nele?” provavelmente satanás deve ter dito, já no chão subjugado pela Glória de Jesus que subitamente se recuperou e recebeu de volta a Glória Suprema que só pertencia a Ele. De repente, a luz de Cristo irradiou por todo o inferno e o fez tremer em um terremoto milhões de vezes pior do que o pior terremoto já ocorrido na Terra. Deus então deve ter repetido as mesmas palavras que disse no dia do batismo de Jesus: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo!”. Nele não há pecado, pagou por aquilo que não cometeu, mas pagou, e está consumado! Jesus então arranca das mãos do diabo as chaves do inferno e é nomeado o “Nome sobre todo nome”.

Na manhã do domingo mais importante da existência, um corpo frio e envolto em faixas recobra o calor e os movimentos! Jesus Cristo se levanta incorruptível, com um corpo totalmente perfeito, transformado, poderoso, excelso!

O Primeiro a ressuscitar para a eternidade. Através de sua ressurreição, todos que se declaram dEle e entregam suas vidas à Ele, também serão ressurretos e glorificados em um novo corpo incorruptível no dia do arrebatamento. Jesus é vitorioso para sempre e sempre! Viva o Rei Jesus!

Que o Senhor abençoe vocês,

Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Morreu pelos nossos pecados

mão pregada

II Co 5.21 – Aquele que não conheceu pecado, Ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.

Jesus não conheceu o pecado. Ele era o Verbo de Deus antes de vir à Terra, lembra? Ele estava no centro da vontade de Deus, como poderia Ele conhecer o pecado? Foi concebido pelo Espírito Santo, não veio de Adão e o corpo que recebeu através de Maria, este mesmo corpo foi morto numa cruz e ressuscitou não como um corpo corruptível, dos filhos de Adão, mas um corpo glorificado, vindo de Deus. Em Deus não há pecado, nunca ouve e nunca haverá. Deus não criou o pecado e como Jesus Cristo é aquele que criou todas as coisas, então Ele com certeza não conheceu o pecado até o dia da crucificação.

Jesus, o homem nazareno, nunca pecou em seus 33 anos e meio, pois nunca fez a própria vontade, mas sim a do pai. Fica claro na sua última oração no jardim do Getsêmani que ele não queria morrer, mas clamou ao Pai que não fosse feita a vontade dele, mas a de Deus. Isso eu digo para resolver a célebre frase “Mas Jesus era Deus...”. Aqui Jesus era um homem como todos os outros, a única diferença é que seu coração pertencia 100% ao Pai e nele não havia pecado algum, coisa que todos os homens já nascem nesta condição.

Como ele era 100% puro, o seu sacrifício seria suficiente para pagar pelos pecados de Adão. Mas Jesus era um só e os pecadores eram muitos, não está meio desbalanceada essa troca não? Não! Lembremos que o pecado entrou através de um só homem corrupto então nada mais justo que um só homem perfeito pagar o preço, não? Jesus foi o cordeiro, na cruz ele aceitou o pecado de toda a humanidade, ele era o ladrão, ele era o homossexual, ele era o assassino, ele era a prostituta, ele era o próprio Pecado naquela cruz. Este Pecado é a Independência, e foi precisamente por ela que Jesus pagou. É por isso que o texto diz: “Ele o fez pecado por nós” Repare que não está no plural, está no singular: pecado. Este pecado é a independência, na qual o próprio Jesus se transformou naquela cruz. Ele, após 33 anos e meio como um homem perfeito pra Deus agora era o mais detestável dos seres humanos.

E por que Jesus fez isso? Para que a Justiça de Deus se cumprisse. Deus disse: “A alma que pecar, essa deve morrer”. Todos pecaram então todos devem morrer, o homem já nasce condenado ao inferno. Jesus, sendo puro, aceitou pagar essa dívida e morrer no nosso lugar. Através do sacrifício do nosso Amado naquela rude cruz, fomos reconciliados com o Pai, e pudemos ser resgatados para voltar ao Propósito de Deus.

 

Is 53.5,6 – Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.

Traspassar é passar através de. A Santa Palavra nos diz que as nossas transgressões traspassaram Jesus, e as nossas iniqüidades o moeram. O Mestre deixou que os nossos pecados o atravessassem como flechas embebidas em veneno mortal. Sua integridade deu lugar a um poço de pecados, que embora não fossem dEle, ele os assumiu todos na cruz. A palavra moído revela que ele perdeu sua forma naquele momento. Basta comparar um boi vivo com carne moída pra entender um pedacinho do que esse sacrifício fez com o nosso Amado naquela hora. Isaías foi um profeta de um tempo de guerras, afinal, Israel tem um histórico de nação de guerra. Isaías sabia bem o que o fato de ser traspassado significava: a perda de esperança. Quando um soldado via a lâmina da espada sair vermelha de seu abdômen ele sabia que seu fim estava próximo, sabia que ia morrer. A coragem de qualquer soldado iria a zero nesse momento. Jesus também, no momento que viu entrar nele os pecados de toda a humanidade, sabia que ia morrer, já começava a sentir o inferno se aproximando, e o Pai Amado se afastando... se afastando... Lembremos que uma das últimas coisas que Jesus disse naquele horrendo momento foi: “Eli, Eli, Lamá Sabactani!” Que em Aramaico quer dizer “meu Deus, meu Deus, por que me desamparaste?”. Era o sombrio sentimento da morte agarrando e envolvendo de escuridão o seu santo e puro corpo. Seu Sangue já formava poças no chão, e caía sobre Israel e sobre os filhos da Herança. Com o olhar já turvo e cercado de demônios como abutres a esperar sua morte (Sl 22.12-18), Jesus solta seu último suspiro dizendo: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito!”. O espírito, o fôlego de vida que fez Maria ver o menino saudável sair de dentro de seu corpo, agora era visto por ela retornando ao Pai. A alma de Jesus então agarrada por demônios em festa foi arrastada ao âmago do abismo, e o inferno todo o escarneceu… até aquela gloriosa manhã de domingo!

Quando eu era pequeno, eu e meu irmão do meio aprontávamos de vez em quando. Quando ele fazia algo de errado e não assumia, minha mãe interrogava e anunciava o castigo a ambos se o outro não assumisse. Com a vara na mão eu a fitava temeroso e não havia paz em meu coração. Quando enfim ele assumia o que tinha feito, como que um alívio se apoderava de mim, uma paz absurda, e me dirigia para fora do quarto quando o ouvia receber a disciplina. É claro que em outras situações as circunstâncias se invertiam e o culpado era eu, aí era a minha vez de ser “fustigado” (Bem feito pra nós! Ninguém mandava aprontar, não é? Crianças que estiverem lendo este texto: obedeçam aos seus pais, porque isso é agradável ao Senhor!).

Jesus assumiu a nossa culpa diante do Pai. A ira de Deus recaiu sobre Ele e não sobre nós. Ilesos, saímos do quarto enquanto vimos o Autor da Vida ser crucificado por uma culpa não dEle, mas nossa! Enquanto seu sangue escorria no madeiro, nosso sangue era restaurado e nossa dívida de pecado diante do Pai começava a esvanecer como o fôlego de vida em Jesus. Pelas suas pisaduras, fomos sarados...

Ovelhas são criaturas extremamente simples e inocentes. Nelas não existe a malícia que encontramos nos animais selvagens. Se algo oferece perigo, elas morrem antes mesmo de perceber. Se não houver um Pastor elas se desgarram por completo e cada uma segue por um lado. Elas não sabem o perigo que existe nos caminhos que escolhem, razão pela qual nosso Senhor e Salvador disse “Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem.” Jesus nos ajuntou e nos deu a possibilidade de sermos guiados por sua vara e seu cajado.

Deus pagou o maior preço que existe no universo e além pela nossa restauração. Nosso retorno ao Seu Propósito foi marcado por pegadas tintas em sangue inocente, e fomos assim convidados a seguir nosso Pastor, Jesus Cristo, por meio do qual nos foi dada a chance de nos reconciliarmos com Deus pra sempre. Por isso, Ao Senhor agradou moê-lo (Is 53.10).

 

(Poema que escrevi pro Senhor no dia 4 de agosto de 2010)
Tua Cruz


Me ponho a refletir na Tua Cruz Senhor
Porém é muito difícil entender
Provou o Seu Amor por mim provando o meu pecado
Se fartou do fel pesado enquanto Te vi perecer


Pois sem que embora se passaram dois mil anos
Ainda que tenham sido os soldados romanos
Fui eu Senhor! Quem bati os pregos nos Teus pés
Quando na noite passada eu Te vi lavar os meus...


De braços cruzados neguei o Seu Amor
De braços abertos o Senhor olhou para mim
E o chão seco onde preparei a Tua Cruz
Molhado e vermelho restou quando o dia chegou ao fim


E aquele chão árido morto
Marcado de espinhos e escuridão
Na falsa retidão daquele torto caminho
Aquela terra suja Senhor, era o meu coração!


Que ao receber o Teu Sangue perfeito
Drenou cada gota e amoleceu
E o Teu coração a bater no madeiro
Quando enfim parou, Ele fez bater o meu.


E essas minhas batidas, outrora condenadas à morte
Oriundas do meu mal e enganoso coração
Três dias após eu ter batido os pregos
Tornaram-se eternas na Tua Ressurreição!

 

Então meus queridos, que nunca venhamos a esquecer o preço alto que foi para Jesus pagar pelo nosso Pecado, pela nossa independência.

 

Que a Paz seja com todos,

Guilherme Wilson.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Fez uma obra tremenda e grandiosa

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At 10.38 – Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com Espírito Santo e com poder, o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, por que Deus era com ele.

É interessante como o texto enfatiza “Jesus de Nazaré” pra citar Jesus Cristo. Ora, o texto está em Atos, logo, não são as palavras de Jesus, e sim da Igreja. Por que os apóstolos não disseram “como Deus ungiu ao Senhor do Universo” ou quem sabe “ao Príncipe da Paz”, ou ao “Verbo de Deus”? Porque Jesus de Nazaré? Quem era Nazaré? Nazaré era um lugar simples, sem pompa nenhuma, por que não dizer “Jesus de Israel”, não seria mais glorioso?

Glorioso seria, mas... O que é que eles queriam enfatizar? Jesus havia deixado TODA a sua glória e poder quando se esvaziou e se tornou homem, não é isso que está escrito em Fp 2.5-8? E o texto que continua, isto é, Fp 2.9-11 não diz que após ter ressuscitado Deus o exaltou sobremaneira? Então por certo que ele não tinha glória enquanto homem mortal.

É exatamente por isso que nossos amados irmãos usaram palavras tão simples pra descrever Jesus, por que era importante ressaltar que TODO o poder que Jesus recebeu do seu nascimento de Maria à morte na cruz veio de Deus. Deus o ungiu! Caso contrário, os ouvintes poderiam argumentar dizendo que Jesus tinha poder porque, ora, Ele era o Filho de Deus aqui na Terra, não? Por certo Ele era o Filho de Deus entre nós, mas não havia nele nenhum poder e unção que não viesse do Pai.

E com o que foi que Deus o ungiu? Com Espírito Santo e com poder. Vamos lembrar At 1.8, o texto diz lá que “recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo”. O recebimento do Espírito Santo implica em recebermos poder. Ora, At 10.38 está no contexto da pregação de Pedro à Cornélio e família, a primeira família gentia a ser incluída na Igreja. Estes gentios não tinham acesso ao texto de At 1.8 muito provavelmente, logo, era necessário reforçar que Jesus havia recebido o Espírito Santo e TAMBÉM o poder, ambos de Deus.

O que Jesus fez com essa unção? Andou por toda a parte. Pra que? Pra fazer o bem e CURAR a todos os oprimidos do diabo. Ele não ficou restrito apenas à uma região, ele foi aonde o Espírito que recebera do Pai o guiava. E ele fez o bem, o que é o bem? É a vontade de Deus materializada em ações. E também curou a todos aqueles que estavam sendo oprimidos pelo governo de satanás.

Como foi possível isso? Fazer uma obra tão grande e maravilhosa que dividiu a História entre antes e depois! Jesus marcou tudo o que há nesse universo e além, com aqueles 33 anos e meio naquela região desértica e quente do oriente médio. Ele fez isso por que Deus era com ele. Sempre com ele.

sábado, 7 de maio de 2011

Teve uma vida perfeita e irrepreensível

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I Pe 2.22 – O qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca;

Primeiro, a Palavra é clara, Jesus não cometeu pecado, nem de atitudes, nem no falar, nem mesmo no pensar e nem de herança, visto que não é descendente de Adão. Nesse momento precisamos lembrar que Jesus recebeu um corpo através de Maria, mas sua essência, sua raiz, nunca pertenceu a este mundo. Ele era o Filho de Deus, esvaziado e humilhado em forma de homem.

Já a segunda parte fala sobre dolo, isto é, que nenhum dolo se achou em Sua boca. O que vem a ser dolo? Já ouviu falar em homicídio culposo e homicídio doloso? No culposo existe a intenção de efetuar o crime, ao passo que no doloso não existe a intenção de matar. No Velho Testamento existiam as chamadas “cidades-refúgio”, que eram lugares para abrigar aqueles que cometessem crimes dolosos, para evitar que o vingador do sangue inocente não os matasse antes do julgamento (Nm 35.11-15). Dolo é fazer ou dizer algo que não era exatamente o que gostaríamos de fazer ou dizer. Um exemplo é a típica frase: “Me desculpe, eu não sabia que...” A expressão “me desculpe” acompanha muito freqüentemente o dolo em nossas falas.

Jesus, porém, nem dolo algum se achou em sua boca. Isso quer dizer que Jesus não precisou se explicar por algo nunca. Tudo aquilo que Ele disse, ele tinha certeza de que era o que precisava ser dito.

Jo 8.29 – E aquele que me enviou está comigo, não me deixou só, porque eu sempre faço o que lhe agrada.

Este texto tem a receita para uma vida livre de pecados, fazer sempre aquilo que agrada a Deus. Tão simples e verdadeiro quanto isso é o fato de que fazer o que agrada a Deus não é o mesmo que não fazer o que Deus não gosta. A parábola dos talentos ilustra isso com muita clareza. O que foi que o servo mal e infiel fez com o único talento que recebeu? Roubou? Não, ele não roubou. Apostou? Nem mesmo apostou. Gastou? Não, ele não gastou. O que ele fez então? Enterrou e o devolveu da mesma forma que recebeu. De que foi mesmo que Jesus o chama? De servo mal e infiel.

O fato de não vivermos pecando não é um favor que fazemos a Deus, mas um favor que fazemos a nós mesmos! Caso contrário, estaríamos nos entregando ao inferno deliberadamente, negando a segunda chance que recebemos em Cristo. E para que foi que Jesus nos chamou mesmo? Vamos lembrar o que está escrito em Jo 15.16, fomos nós que escolhemos Jesus? Não... Ele nos escolheu, e pra que? Pra vivermos uma vidinha medíocre sem matar, roubar ou mentir, não é isso? Claro que não. Pra que então, pra nos segurarmos firmemente em Cristo e nos garantirmos salvos enfiados debaixo de um cobertor, afinal Jesus vai voltar e eu tenho que me garantir, precisa manter a pureza, não é? Não! “Pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça”!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Ele era o Verbo que se fez carne humana

a se mesmo se esvaziou

Fp 2.5-8 – Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois Ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz.

O texto fala sobre termos em nós o mesmo SENTIMENTO que houve também em Cristo Jesus. Ora, sabemos que o amor é decisão assim como a obediência, e que muitas vezes faremos aquilo que o Senhor deseja, porém com os SENTIMENTOS um tanto atrapalhados. Isso pode ser visto por exemplo quando alguém nos ofende em público e temos a opção de devolver a afronta em outra situação, porém, ao contrário do esperado por satanás, DECIDIMOS dar a outra face e oferecer ajuda ao sujeito ofensor. Nosso coração porém, enganoso e corrupto, se chateia e então pensamos no nosso íntimo: “Senhor, é por Ti que estou fazendo este SACRIFÍCIO!”. Porém o que a Palavra nos ordena é que tenhamos o mesmo SENTIMENTO que Jesus Cristo! Como assim?

Primeiro, que sentimento? Amor? Por certo que não. A palavra certa é humilhação. Há uma drástica diferença entre dizer que se humilha e realmente se sentir humilhado. Jesus se SENTIU humilhado. Era uma coisa independente das circunstâncias, Ele não tinha que fazer força para parecer humilhado, Ele simplesmente se humilhou.

Bom, aí as coisas fazem mais sentido, não é? Vamos lembrar alguns episódios. Jesus perante os discípulos, o que Ele fez? Lavou-lhes os pés. Diante da multidão faminta? Multiplicou pães e peixes. Com os gentios? Comeu com eles! Vale lembrar que as escrituras judaicas dizem que a alma de um gentio vale menos que a de um animal! Diante de Zaqueu, o publicano? Dormiu em sua casa, provavelmente um ato detestável para todos os de alta reputação que o viram entrando na casa do cobrador de impostos! Quem foram seus discípulos? Pescadores iletrados, cobradores de impostos, e outros membros da “ralé” da sociedade. Diante de Pilatos? Disse somente: “Tu o disseste.”. Diante de Herodes? Não abriu a boca, como ovelha muda permaneceu. Diante da multidão enraivecida? Aguardou o mais humanamente injusto julgamento de toda a eternidade! Diante dos seus assassinos? Os abençoou e perdoou! Diante do ladrão na cruz, o ouviu e perdoou! Diante de seu Pai, Deus Todo-Poderoso? “Em tuas mãos entrego o meu Espírito!”.

Jesus não fez nada disso obrigado, Ele o fez de coração! Não existia um conflito em seu coração, e Ele não precisava que alguém lhe dissesse: tenho compaixão desse cego! Ou então: Não deixem apedrejar essa adúltera! Ele o fazia naturalmente, o seu SENTIMENTO, muito mais do que uma disposição, foi de se humilhar. E o que a Palavra diz então? Que assim como Ele se humilhou, assim devemos nos humilhar também! Devemos ter esse SENTIMENTO cravado no nosso coração, assim como Jesus, de forma que venhamos a nos humilhar naturalmente diante dos nossos opressores.

É importante lembrar que Jesus é o Verbo de Deus que se fez carne humana. É um Criador se transformando em uma criatura. Nem toda humilhação possível que possa haver em nosso coração pode se comparar ao que Cristo fez, por que seríamos criaturas servindo à outras criaturas. Ainda que morrêssemos por aqueles que nos oprimem, ainda seria o sacrifício de uma criatura por outra criatura. Mas, o que a Palavra nos manda ter? O mesmo sentimento! Isso sim é infinitamente maior do que possamos imaginar, é um alvo eterno a alcançar, mas que Deus nos manda buscar com diligência.

Esse É Jesus, maravilhoso Jesus! Por quem somos apaixonados! O Mestre de tudo o que há no universo e além! Lembremos o que esse imensurável Deus fez em sua humilhação, e que isso quebrante o nosso coração, para nos humilharmos como Ele, não apenas com uma disposição, mas com o MESMO SENTIMENTO!

terça-feira, 3 de maio de 2011

Jesus existiu antes de todas as coisas

 

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Jo 1.1-3 – No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dEle, e, sem Ele nada do que foi feito se fez.

Bom, o texto começa dizendo: No princípio. Sabemos que Deus não tem princípio nem fim, logo isso se refere ao que o homem considera por princípio, a geração do universo e tudo o que nele há, que é a instância mais antiga que o homem consegue imaginar. Trocando em miúdos, no tempo que a raça humana conhece por princípio o Verbo já existia de eternidade em eternidade.

Quem era o Verbo? Por certo o texto não se refere à classe gramatical verbo, mas, na linguagem dos antigos, verbo é o mesmo que palavra. Então, por que Jesus era o Verbo? Recordemos, quando Deus fez a Criação? Ele DISSE: “Haja!... e houve!”. Deus poderia ter estalado os dedos, ou mesmo pensado, mas Ele DISSE! Esse é o Verbo Criador de Deus, Ele estava neste momento sublime com Deus, Ele era o próprio Deus criando tudo, e por isso, sem Ele nada do que foi feito passaria a existir.

O Jesus Cristo que conhecemos, não surgiu em Maria, Ele acompanhou toda a árvore genealógica que deu origem à aquela virgem. Ele ainda não possuía nome, era o Verbo. Creio que não existe nada que conheçamos capaz de nomear a glória do Verbo. Tanto isso, que Jesus nas visões de João em Patmos aparece como: “O Verbo de Deus” (Ap 19.13).

Jesus sempre existiu e tudo criou desde sempre e para sempre, Ele é o Criador de tudo o que há no universo e além, Ele é a eterna materialização dos sonhos de Deus para toda a Eternidade. É importante entender isso com clareza para tentar compreender o tamanho do Seu Sacrifício.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Uma breve pausa…

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Queridos, como vocês puderam perceber, eu dei um enfoque maior ao Propósito Eterno de Deus nos meus últimos posts, e à partir de hoje vou postar meditações sobre a Vida e a Obra de Jesus quando veio ao mundo. Eu creio que nada exista de mais gratificante e maravilhoso do que falar do nosso querido Mestre e Rei, o Senhor Jesus Cristo. Então será da seguinte forma, vou postar um texto dia sim e dia não, a começar por amanhã. Sugiro que inscrevam  seus e-mails na opção “inscrever-se” logo aqui do lado para receberem as palavras na íntegra sem nem mesmo precisarem entrar aqui no site. Bom, mas para aqueles que quiserem visitar também o blog, tem uma novidade, à partir de hoje as mensagens virão com uma imagem, pra colocar um pouco mais de vida nos posts, hehe, digamos que eu plagiei isso por aí (bah, quem lê entenda, hehehe).

Bom, é isso aí pessoal, agradeço a todos que porventura estiverem acompanhando o blog e que Deus abençoe vocês! Grande abraço!

Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.

domingo, 1 de maio de 2011

Meditações sobre o Propósito Eterno de Deus (9)

Cl 3.13 Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós;

Apesar de que o termo “suportar” possa significar ajudar, ou apoiar, creio que como todo o resto do texto esteja falando de perdão, devemos pensar nesta palavra como sendo o sentido de “aguentar”.

O texto diz que devemos suportar uns aos outros, isso quer dizer, não deixar que qualquer coisa que o outro venha a fazer possa influenciar na forma como me porto com ele diante do que a Palavra ensina. Um exemplo: imagine que você tem um discípulo que sempre se atrasa aos encontros, mas sempre pede perdão pelo erro. O coração pode dizer nesses momentos: “Esqueça, ele vai voltar a fazer tudo de novo, nem compensa falar sobre o “sim sim e não não” com ele de novo, agora é ele com Deus!”, mas isto está certo? Não! Não está. Suportar entra justamente aí, pois a Palavra nos diz pra exortar da forma necessária e nunca esmorecer, como poderíamos simplesmente dizer “basta”?

“Perdoai-vos mutuamente” está associado a manter o canal entre dois discípulos sempre limpo. Uma simples discórdia mal tratada pode desajustar as juntas e por isso o perdão deve ser uma prática constante em nossas vidas. O grande problema é que a base do perdão não é a justiça do Velho Testamento, mas a graça do Novo Testamento. Se entendemos que jamais poderíamos ter sido justificados diante de Deus mediante as leis, isto é, jamais seríamos perdoados pela nossa própria justiça, e somos justificados através do perdão em Jesus Cristo, mediante a graça recebida dEle, então da mesma forma devemos perdoar. Perdoamos por uma única razão, porque Jesus nos perdoou primeiro. Mesmo que o erro do irmão seja injustificável, muito mais injustificável é termos acesso à Deus através de Cristo, sendo nós outrora independentes do Pai. Assim como Jesus perdoou, assim devemos perdoar também.