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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Meditação em I Coríntios 13 – Versículo 2

 

Versículo 2: “Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, senão tiver amor, nada serei.”

Várias vezes vemos a Palavra retratar o dom de profetizar como sendo o dom supremo. E de fato é, afinal consiste em através do Espírito Santo, declarar coisas sobre a vida de alguém com autoridade, coisas tais que são a resposta de Deus para aquele momento, e a manifestação verbal do que Deus deseja e vai fazer. Existe uma passagem em Atos que retrata um homem piedoso que possuía quatro filhas virgens que profetizavam, e é interessante que o autor escreveu isso no relato, pela grandiosidade que representava. O dom de profetizar representa a plenitude da manifestação do Espírito Santo.

Conhecer mistérios era algo profundo que apenas os mais estudados desfrutavam. Os escribas eram uma parcela dos judeus que se aplicava nos estudos e nos mistérios, e descobrir esses mistérios era algo extremamente incrível. O mesmo vale para a ciência, porém com um tom isento do espiritual. A ciência consiste em estabelecer hipóteses lógicas e entrelaçadas que justifiquem ou expliquem fenômenos observados. Um cientista que se aplica se destaca entre os outros. A reputação dele é consequência do quanto ele conhece da ciência. O mais incrível é a palavra “todos” antes de mistérios e “toda” antes de ciência, o que significa conhecimento pleno de TUDO o que existe.

A fé fala por si só. Sabemos que sem fé é impossível agradar a Deus, e o que é a fé? É a certeza de coisas que se esperam, e a convicção de fatos que não se veem, segundo o livro de Hebreus. Fé é o que possibilita alguém crer no sobrenatural da mesma forma que enxerga o natural, e assim, produzir sinceridade no contato com Deus, e prontidão em agir sobrenaturalmente segundo a ordem dEle. Transportar montes não é algo fácil de se imaginar, porque vemos o monte como uma formação rochosa fortemente encravada no solo, com milhões de toneladas, e não como um amontoado de matéria aglutinada por Deus para um propósito específico, mas que representa para Ele a mesma dificuldade de remoção do que um pedaço de algodão.

A grande verdade é que não existe “pecadinho” e “pecadão”, para Deus existe o pecado. Não existe o monte e o pedaço de algodão, existe um aglomerado de matéria, que se Deus quiser mover, Ele irá. Nós classificamos o “tamanho” do pecado pelas consequências que ele traz, e classificamos o peso da matéria pela capacidade da nossa força em movê-la. Fé é o que muda as coisas em nossa mente, e nos faz agir e pensar com liberdade em Deus, possibilitando ações sobrenaturais dEle por meio de nós.

Dom de profetizar, conhecimento de todos mistérios e toda a ciência, fé a ponto de transportar montes... Todas essas coisas são a caixa de ferramentas dos sonhos de um apóstolo. Paulo escreveu nesse versículo, semelhantemente ao primeiro, à respeito de coisas que ele muito considerava importantes. Com tais ferramentas, não haveriam restrições à obra, certo? Errado.

“Se não tiver amor, nada serei.” Ual! Esse tal de amor é realmente incrível não? Como é possível que ele seja fator tão decisivo, a ponto de inutilizar todos esses itens incríveis, caso esteja ausente? A questão é muito simples. O amor nos exige que sejamos como Jesus, enquanto que os outros itens não. É possível ter grande fé e um enorme conhecimento sem amar, mas quando se ama de verdade, então é o Próprio Cristo vivendo através daqueles por quem morreu e ressuscitou!

 

Ter qualidades incríveis nos torna homens excelentes, mas ter um coração que ama nos torna discípulos de Jesus.

“E nisto conhecereis que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns para com os outros” (Jo 13.35)

 

Graça e paz,

Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.

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