Pesquisar este blog

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O que penso sobre o Natal

 

Chega agora o fim do ano, e alguns dilemas começam a ser levantados. Natal, comemorar ou não? Nascimento de Jesus? Festas? Símbolos natalinos?

Como nerd que sou sempre fui compelido a pesquisar sobre aquilo que me intriga. Em busca de entender os símbolos natalinos eu revirei a internet em busca de respostas, e descobri algumas coisas interessantes.

Para quem não sabe, o nome “natal” é sinônimo de “nascimento”, e nesta data é comemorado o nascimento de Jesus. A comemoração foi instituída pela igreja católica, que em busca de agradar a gregos e troianos uniu conceitos bíblicos e pagãos. Por conta disso e de outras influências, foram incorporados às festividades alguns símbolos como a árvore de natal, guirlandas, tipos de comida, Papai Noel e duendes, renas, trenós e presentes. Pouco a pouco o Natal deixou de ser uma data cristã e se tornou comemoração secular na maior parte do mundo. A Coca-Cola trouxe a figura do Papai Noel gordo e barbudo vestido de vermelho, para incentivar os princípios capitalistas e criar uma associação da garrafa à data. O comércio é acentuado nesta época do ano, e rende milhões para os cofres públicos e privados.

Os encontros familiares são intensos em sua grande maioria, e até mesmo parentes que não se dão bem fingem perfeitamente no fim do ano. Luzes iluminam a cidade, o terror corre solto nas granjas de perus e outras aves “natalinas”, enquanto o trânsito caotiza em cidades grandes. Dezenas de incentivos fiscais são criados para favorecer o máximo faturamento, e o clima parece ser outro, como se fosse um momento completamente diferente do resto do ano.

Arrisco dizer que Jesus, na grande maioria das vezes, nunca foi e nunca será o foco no Natal, que ironicamente é a comemoração do seu “aniversário”. Existe toda uma mobilização satânica instaurada para impedir qualquer reflexão a respeito de Cristo nesta e em outras datas e é curioso verificar a forma como a mídia rapidamente se esquiva do Natal após o dia vinte e cinco de dezembro e volta profundamente o foco para a “virada do ano”. Nunca foi, e nunca será proveitoso a qualquer veículo de comunicação capitalista, falar de Jesus.

Quais são as minhas considerações a respeito então? Primeiro é importante verificar que a única vez retratada na Palavra de Deus em que o nascimento de Jesus foi comemorado, foi no nascimento de Jesus. Em nenhum dos demais capítulos vemos retratada tal comemoração, o que nos mostra claramente que a criação da comemoração pela igreja católica nada mais é do que uma “política de pão e circo” para segurar os fiéis, por todo o império romano. Não vemos os irmãos na Igreja Primitiva comemorar o Natal, porque não havia nada de importante nisso para eles. O compromisso deles era com a obra constantemente, trezentos e sessenta e cinco dias no ano, e era ilógico terem uma data para comemorar o nascimento de Jesus, quando eles já comemoravam o esvaziamento do Verbo e a ressurreição de Cristo diariamente, proclamando sem cessar estas verdades.

Em segundo lugar é importante ressaltar que a data vinte e cinco de dezembro existe devido à um contrato entre igreja católica e estado romano, devido à comemoração da Saturnália, festa pagã muito comum entre os povos aderidos ao império romano. Era necessária a criação de praticas populares, isto é, com boa aceitação pela população geral, e como o Cristianismo agora era “comandado” por um povo independente de Deus, o Espírito Santo não traria muita revelação. Era necessário criar alguma distração para manter o “povo de Deus” unido. Jesus provavelmente nasceu em meados de Abril, e essa data não é comemorada por ninguém.

A única data comemorada pela Igreja no Novo Testamento é a páscoa, e mesmo assim por causa da origem judaica dos primeiros irmãos. Vemos a Igreja comemorando a ceia de forma diferente à ensinada por Moisés, e isso não em uma data fixa, mas várias vezes ao ano, sempre que uma boa ocasião acontecia entre os irmãos. Assim, chegamos à conclusão de que não era do feitio da Igreja Verdadeira comemorar datas de nenhum tipo, mas comemoravam as vitórias de Cristo sobre o inferno e a morte constantemente.

Na época da Páscoa eu gosto de comprar ovos de chocolate. Por quê? Porque é um tanto interessante comer um chocolate no formato de ovo, só por isso. Eu não comemoro a Páscoa, não sou judeu, sou discípulo de Jesus, eu comemoro as vitórias de Cristo, e sempre, não em uma data específica. No Natal eu gosto muito das luzes enfeitando a cidade, do jantar com a família no dia vinte e quatro, das cantatas e teatros, mas não por causa do Natal, apenas porque acho bonito. Eu não comemoro o Natal, apenas curto o momento.

A única coisa a que devemos nos ater é entender que, se colocarmos o foco nessas festividades, tiramos o foco da real obra, que deve acontecer durante todo ano, isto é, fazer discípulos, batizando-os e ensinando-os a guardar todas as coisas que Jesus ordenou (Mt 28.18-20). A palavra “entretenimento” já diz tudo: entreter, isto é, distrair. Toda a mobilização satânica visa entreter a Igreja, de forma que não seja efetiva a todo tempo, e deixe passar batido as oportunidades colocadas pelo Espírito de Deus para agirmos. As comemorações seculares servem como entretenimento intenso, e todo discípulo deve buscar a constância e a intimidade com Deus. Se nos envolvemos com a obra, estamos sempre atentos, e não distraídos, e então fica fácil assistir as luzes no Natal sem que isso roube a atenção. É assim que eu penso.

Uma outra estratégia de satanás para derrotar a Igreja durante datas como essa é levantar contendas entre irmãos. Aqueles que são veementemente contra as festividades se entravando com aqueles que não veem problema nelas. O ego toma conta e se esvai toda a unção do Espírito. A saída para isso é lembrar do que a Palavra nos ordena quanto às questões de divergência:

“Ora, quanto ao que está enfermo na fé, recebei-o, não em contendas sobre dúvidas.
Porque um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come legumes.
O que come não despreze o que não come; e o que não come, não julgue o que come; porque Deus o recebeu por seu.
Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai. Mas estará firme, porque poderoso é Deus para o firmar.
Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente.
Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz e o que não faz caso do dia para o Senhor o não faz. O que come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e o que não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus.
Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si.
Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor.
Porque foi para isto que morreu Cristo, e ressurgiu, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos mortos, como dos vivos.
Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo.
Porque está escrito: Como eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim, E toda a língua confessará a Deus.
De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.
Assim que não nos julguemos mais uns aos outros; antes seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao irmão.
Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nenhuma coisa é de si mesma imunda, a não ser para aquele que a tem por imunda; para esse é imunda.
Mas, se por causa da comida se contrista teu irmão, já não andas conforme o amor. Não destruas por causa da tua comida aquele por quem Cristo morreu.
Não seja, pois, blasfemado o vosso bem;
Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.
Porque quem nisto serve a Cristo agradável é a Deus e aceito aos homens.
Sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros.
Não destruas por causa da comida a obra de Deus. É verdade que tudo é limpo, mas mal vai para o homem que come com escândalo.
Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras coisas em que teu irmão tropece, ou se escandalize, ou se enfraqueça.
Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova.
Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque não come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado.”  (Romanos 14:1-23)

Não preciso fazer nenhum comentário à respeito deste texto bíblico, está bem clara a posição do Senhor diante de tudo.

Que não venhamos a deixar que NADA retire a nossa atenção do Senhor nessa época, e que venhamos a permanecer perenes, constantes em toda boa obra, como em todo o resto do ano. Somos livres em Cristo, e nosso coração deve permanecer nEle.

Que a graça do Senhor Seja com todos e que Deus os abençoe.

Enorme e carinhoso abraço,

Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.

domingo, 16 de outubro de 2011

Um convite à boa parte [4]

 
Antes de qualquer coisa, vamos dar uma olhada no texto que está em Lucas 10.38-42:
1 E aconteceu que, indo eles de caminho, entrou Jesus numa aldeia; e certa mulher, por nome Marta, o recebeu em sua casa;
2 E tinha esta uma irmã chamada Maria, a qual, assentando-se também aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra.
3 Marta, porém andava distraída em muitos serviços; e, aproximando-se, disse: Senhor, não se te dá de que minha irmã me deixe servir só? Dize-lhe que me ajude.
4 E respondendo Jesus, disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária;
5 E Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada.
-----//-----
Nossa… foi Marta quem o recebeu em sua casa! Confesso que nunca tinha percebido isso antes! (Valeu por mais essa Senhor!)
ATENÇÃO: Os detalhes da narrativa a seguir são fruto da minha imaginação para esse evento tão importante, todos os direitos autorais do evento no original são reservados ao Autor da Vida, hehe.
Estava quente. Marta viu Jesus chegando no vilarejo. Seu irmão Lázaro era amigo do Mestre e era como se fosse da família também. Ela convidou Jesus para entrar, e enquanto isso se lembrava de que precisava por a casa em ordem. Organizada e caprichosa, Marta acreditava que receber visitas com a casa desarrumada não era nada adequado, então era preciso agir rápido.
Jesus entrou e se assentou. A longa caminhada que havia feito nos faria refletir sobre o pecado que é murmurar pela superlotação nos ônibus, e ele estava cansado. Maria ficou muito feliz com a chegada do Rabi e rapidamente foi buscar um pouco de água e lhe deu a beber. Maria adorava ouvi-lo. Desde que Jesus se tornara amigo de Lázaro o sentimento de família havia ficado muito forte.
Marta, de longe, sistemática como sempre, olhava aquela conversa e se perguntava no íntimo: “Quando é que Maria vai se tocar e vir me ajudar também? Será que ela não entende que eu também gosto de ouvir Jesus ensinando? Mas responsabilidades são responsabilidades. Jesus bem que podia orientá-la a me ajudar, sei que ele vai fazer isso assim que perceber uma oportunidade, sei que vai dizer a ela.” Enquanto isso Jesus, pelo poder do Espírito Santo, sabia tudo o que estava se passando no coração de Marta.
dez minutos e nada, vinte e menos ainda… uma hora se passara e Jesus empolgado falava sobre o coração do Pai e seu Amor pela humanidade, citando passagens de Gênesis à Malaquias. Os olhos de Maria brilhavam! Marta percebeu que Jesus não estava se incomodando e resolveu “ajudá-lo” a perceber: “Jesus, eu acho que Maria se esqueceu que precisa me ajudar a fazer os deveres, imagino que o você esteja sem graça de dizer a ela pra me ajudar, já que ela está tão empolgada a te ouvir, mas não se preocupe, Maria entenderá. Pode pedir a ela que venha me ajudar.”
Naquele momento Jesus parou e olhou para Marta com os olhos cheios de um amor tão grande que só o Filho de Deus poderia demonstrar. Depois de um breve, porém reflexivo espaço de tempo, ele respondeu a moça dizendo: “Marta, Marta… porque é que você sempre espera que eu dê tanto valor ao que você faz? Desde que cheguei você se pôs a trabalhar e arrumar a casa, mas eu não vim visitar a casa, vim visitar você. Maria pois escolheu a boa parte, e eu não vou tirar isso dela.”
“Boa parte…” Aquelas duas palavrinhas, embora enigmáticas, trouxeram consigo rapidamente o significado. Jesus fizera todo aquele esforço para estar com aquela família, não importava o estado da casa, importava o estado do coração delas.
Embora tudo aí em cima tenha uma boooa pitada da minha imaginação, eu creio sinceramente que aconteceu assim. Ao ler esta passagem é como se eu visse uma filmagem da cena, e me faz refletir sempre.
-----//-----
Dois erros são passíveis de serem cometidos pelos discípulos de Jesus.
O primeiro é a negligência à obra, acreditando que o serviço na Igreja está relacionado apenas à vida de alguns “irmãos muito abençoados”. Nessa situação nos tornamos infrutíferos e secos, e aí temo que a analogia da Videira e do Agricultor deva gerar temor em nós. Ainda englobando a negligência, existe o problema de fazer de forma desleixada. Jesus nos deu uma ordem a cumprir e uma maneira de cumpri-la, não pode ser feita de qualquer jeito. Eu por exemplo, careço demais da misericórdia do Senhor, pois sou remisso muitas e muitas vezes, deixando de fazer a obra que o Senhor me ordenou a fazer.
O segundo erro é ainda mais perigoso que o primeiro: Muitos chamam de “dar o melhor pra Deus”, ou “fervor na obra”, eu chamo apenas de “carregar as pedras que o Senhor não colocou em nosso carrinho de mão” (em recorrência da pregação “A Cruz”, ministrada por Eliseu Moreira, link: http://fazendodiscipulos.com.br/ensinos/podcast/2007/cruz-parte-1-eliseu-moreira/).
O homem caiu por desejar exatamente o mesmo que quis satanás: Glória. Uma das maiores sequelas da independência é que nós, em nossa carne, conceituamos o valor de qualquer coisa pela glória que pode proporcionar. Dizemos que algo é o melhor referenciado naquilo que conhecemos. Assim como a filhinha que convida o papai para tomar chá em xícaras de plástico preenchidas por ar, temos a tendência de querer sempre fazer algo “excelente” para com isso glorificar a Deus. Frases como “Deus merece o meu melhor” são extrema verdade. O grande problema é que somos incapazes de diferenciar xícaras de plástico cheias de ar, das xícaras de porcelana com um delicioso chá fino. Nós usamos os termos “excelente” e “o melhor”, sem conhecermos de fato o que é o melhor e o que é excelente. Só em Jesus podemos aprender isso, porque Ele é o próprio Deus.
Um dia vou sorrir para minha querida Sarah e ensiná-la como é feito o chá de verdade. Mostrar a ela que muito além do prazer da imaginação da brincadeira, existe também o prazer de sentir o cheiro e o sabor do chá verdadeiro. Mas… e quanto a mim? Será que já não é hora de sentar com o Papai e ouvi-lO me ensinar aquilo que realmente O agrada? Será que vale a pena me ater a tantas coisas e me lançar numa obra gigantesca e extremamente diligente, quando o Senhor me diz que não veio para ver a louça lavada, mas para estar comigo? Ah Jesus… como eu preciso aprender isso de fato!
Eu quero escolher a boa parte, quero ficar aos pés do Senhor e te ouvir Jesus!
Que o Senhor toque nossos corações e nos mova a, como Igreja, entendermos que aquilo em nós que é atraente ao noivo é o nosso coração apaixonado por Ele, e não as obras que realizamos. Se permanecermos sempre junto a Ele, Ele mesmo nos direcionará à obra certa no momento certo, e do jeito dEle. E assim, de modo algum vamos errar, ou carregar pedras a mais em nosso carinho de mão, as quais proveito algum tem para Ele e só servem para nos cansar e desanimar.
Não podemos dar o melhor pra Deus enquanto o nosso melhor não for passar tempo com Deus.
Graça e Paz,
Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Santo, Santo, Santo! (by Ted)

Queridos, Neste post fazer algo diferente, vou postar algo que o Ted, grande amigo e discípulo de Jesus escreveu. Achei tremendamente edificante e espero que sirva de edificação a cada um de vocês! Grande abraço a todos e agora é com o Ted!

-----//-----

Uma coisa que quero dividir é sobre o ter Jesus como o centro como a nossa suficiência. No mundo nós jovens somos diariamente bombardiados pelo mundo e pelas ofertas de satanás em nos seduzir e tentar de todas as formas tirar a pessoa de Jesus como suficiente para nós. Queridos eu quero aqui animar vocês. Jesus quer ser suficiente para nós, ELE quer ser preferido. Hoje como jovens sentimos a necessidade natural de termos alguém (homem ou mulher) do nosso lado, e Deus na sua bondade nos concede em muitos casos esse presente vindo dos céus. Mas o que eu quero vos atentar é que ELE quer ser essa companhia, esse alguém, independente Ele dando ou não. Ele quer ver jovens fortes, resistindo ao pecado, jovens santos. Olhemos por exemplo a vida de José. José não foi em todo tempo um homem que por grande alegrias. Ele sim foi muito provado, e como foi provado!!! Mas o que Deus quis de josé, Ele conseguiu, que foi ter um servo santo, que o agradace em santidade e pureza. José agradou a Deus vivendo essa pureza e se guardando e tendo Deus como o único Deus numa época de extrema idolatria a um homem, faraó que pelos povos antigos era considerado como um deus na terra. Mas José em sua pureza e santidade e separação para Deus, ele se posicionava com graça e sabedoria honrando ao seu Deus, o todo poderoso aquele que era, que é e que há de vir. Aleluiaaa....

Só existe um atributo de Deus que é elevado ao terceiro grau de repetição nas escrituras, só há uma característica do Deus todo poderoso que é comunicada no superlativo. Na boca dos anjos, a bíblia não somente diz que Deus é santo, ou que ele é santo, santo. Mas diz que Ele é santo, santo, santo, a ELE OUVIIII!!! A bíblia não diz que Ele é misericórdia, misericórdia, misericórdia, ou amor, amor, amor, ou justiça, justiça, justiça ou ira, ira, ira. Mas sim que Ele é Santo, santo, santo. Quem somos nós para ter sido objeto de sua misericórdia? Eu não sei porque eu? Pois se olhar para algum motivo dentro de mim, tudo que verei será minha pecaminosidade. E ao contemplar sua santidade eu fico mais consciente de meu pecado. E ao contemplar sua santidade e meu pecado então eu entendo que mereço sua ira justa, a luz da sua santidade contra a minha pecaminosidade e vejo que eu mereço pela minha pecaminosidade a eternidade no inferno.

Nossa visão de pecado irá mudar se Ele te der uma paixão pela santidade de Deus, vocênão pensará mais em pecado como magoar o homem, mas como uma desonra a Deus. Você não pensará mais em pecado como uma escolha pelo prazer, mas como a perda do prazer. Você pensará que a justiça de Deus é Seu compromisso de sempre estar certo consigo mesmo, ou seja, de exaltar sempre o que é digno: Sua própria santidade e sua glória.

Com mais uma coisa eu ressalto. Deus quer que seus filhos sejam semelhantes a Jesus, e ELE também quer através do seu Espírito que é Santo revelar Jesus a nós. Mas o pai só revela o filho para aqueles que se humilham e reconhecem quem Cristo é.

“A pomba é um animal sensível de aparência inocente e ela não desceu sobre uma cobra e nem sobre um leão, mas sim sobre um cordeiro que é manso.” Carlos Cardoso

-----//-----

Agora, sou eu Gui de novo, hehe. Espero que tenha edificado vocês assim como me edificou! Hoje ou amanhã devo postar de novo de próprio punho. Obrigado Ted pelo texto abençoado e obrigado a todos por acompanharem o blog! Que Jesus abençoe vocês

No Amado,

Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.

domingo, 25 de setembro de 2011

Um convite à boa parte [3]

I Pe 1.8 – a quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória.

Que coisa incrível é ter comunhão com Deus. A independência tornou nossa carne escrava dos sentidos, de forma que somente aquilo que passa pelos nossos cinco sentidos, passa por verdade. Toda a ciência é baseada neles, todo experimento gera “leis” e “teses” quando provado por eles. Sendo assim, como podemos ter fé em algo que não gera reações físicas no nosso corpo? Como crer em alguém que não vimos? Essas perguntas são as que alicerçam os conceitos de muitos doutores e mestres da ciência.

Bom, ao meditar em no texto que está em Lucas 10.42 vemos que Maria estava literalmente aos pés do Senhor, aprendendo dele, vendo-o, ouvindo-o, sentindo-o. No entanto quando vemos a realidade da Igreja descrita em Atos dos Apóstolos vemos que a situação é bem diferente. Eles não tinham mais Jesus corporalmente entre eles. Este texto da primeira epístola de Pedro foi escrito bem depois que o próprio Pedro viu Jesus ascender aos Céus, no entanto podemos perceber um êxtase em suas palavras!

A comunhão com Deus não acontece por meio do corpo, mas por meio do Espírito Santo. É até complicado discernir com clareza os sentidos espirituais não é? Quantas vezes ouvimos e até usamos esses termos em nossas descrições de nossos tempos com Deus: “eu ouvi o Senhor falar comigo”, “eu senti muito forte a presença de Jesus”, “eu sinto o abraço carinhoso de Jesus nesse momento”, “eu sinto o doce perfume de Cristo sobre a Igreja” entre tantas outras frases similares! A verdade é que nossa comunhão com Deus cria em nós novos sentidos!

Sabe por que temos apenas cinco sentidos? Porque nosso corpo possui apenas cinco formas de se comunicar com o ambiente e isto é, através dos mecanismos do ouvido interno, das células sensitivas da pele, das papilas gustativas na língua, das células sensoriais no nariz e das células sensoriais na retina dos olhos. Devemos lembrar que o mesmo Deus que fez nossos cinco sentidos, fez cada um desses meios de comunicação. Quantos mais meios devem existir então? Já pensou nisso? Lembra que Jesus sabia o que estava no coração daqueles que estavam próximos a ele? Esse sentido é diferente, e veio do Pai! Quando Ananias e Safira pecaram, como foi que Pedro ficou sabendo sem nem mesmo eles terem falado? Porque o Espírito Santo o revelou! Aleluia! Somos livres de nós mesmos por meio dos sentidos incontáveis que o Jesus nos concede através da comunhão com Deus!

É por isso que o texto diz que “a quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória.” Porque não precisamos ver com nossos olhos carnais para exultarmos de alegria com a doce presença dEle, para O amarmos de todo nosso coração e crermos nEle totalmente!

Quando eu percebo que alguém que não conhece o Senhor tenta a todo custo me convencer de que eu estou maluco por crer no Senhor, eu costumo dizer assim “Está vendo a Lua no Céu? Eu creio mais em Jesus Cristo ressurreto do que na Lua!” Geralmente isso faz a pessoa ter dois pensamentos: Ou “esse cara é maluco mesmo, nem adianta tentar” ou “este cara realmente crê nesse tal de Jesus, porque será que isso acontece com ele?”.

Como é que desenvolvemos nossos sentidos carnais? Usando-os. É por isso que quando crianças pequenas aprendemos coisas como: o que são as cores, o que cheira bem ou mal, o que é bom de se comer e o que tem gosto ruim, se a panela está quente ou não, e tantas outras coisas. Ao passarmos tempo com nossos pais carnais aprendemos com eles a usar os cinco sentidos.

Como é que desenvolvemos nossos sentidos espirituais? Passando tempo com nosso Pai Celestial, e aprendendo com Ele a usar esses sentidos! Quanto mais tempo passamos junto com Jesus, mais e mais podemos senti-lo e nos encher de alegria por estarmos com Ele! Aleluia!

“Maria escolheu pois a boa parte, e esta não lhe será tirada.” (Lc 10.42)

Que o Senhor abençoe ricamente cada um de vocês, meus queridos.

No amor do Pai,

Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Um convite à boa parte [2]

Jo 17.3 – E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.

Muito se ouve falar em vida eterna com o sentido de um viver novo em um lugar celestial, o Céu. Muitas canções foram escritas exaltando o momento sublime que iremos passar ao adentrarmos os portões da Cidade Santa, a Nova Jerusalém. Aleluia! É realmente maravilhosa a expectativa que enche o nosso coração, de enfim vivermos no Céu, para todo sempre!

O grande problema é que a vida eterna não começa no Céu. Ela não é um lugar, ela é um viver. Para entendermos melhor o que é a vida eterna, vamos pensar um pouco primeiro naquilo que é a vida “não-eterna”.

Qual o motivo da vida? Mesmo que vários cientistas tentem a todo vapor associar a matéria animada com a matéria inanimada, e dizer que somos apenas um conjunto complexo de arranjos moleculares, existe uma coisa, um pontapé inicial que eles nunca puderam explicar: a vida.

É fato que somos 75% compostos de moléculas de água, e dos 25% de massa seca a maior parte é formada por moléculas de carbono. Se olharmos dessa forma, muitas rochas possuem formação parecida com a nossa, e não são vivas. Algo mais profundo de alguma forma diferencia o animado do inanimado, a matéria morta, inerte, da viva.

Vemos na Palavra (Gn 2.7) que Deus formou o homem do pó da terra (daí nossa semelhança molecular com algumas rochas) e depois o que Ele fez? Soprou o fôlego de VIDA em suas narinas. A vida naquele momento possuía a função de tornar animado um corpo de barro, e transformá-lo na obra de arte máxima de Deus: o corpo humano.

Mas então, porque a morte surgiu? A palavra diz (Rm 5.12) que a morte entrou no mundo através do pecado do homem. O fim da vida representa o desligamento com o Criador, a separação, o retorno à matéria inanimada. Devido ao pecado, toda a matéria foi condenada ao fim da vida, à destruição. Deus em sua infinita bondade e misericórdia, Resolveu o problema da morte da alma através de seu Filho Jesus Cristo, o qual morreu em uma rude cruz pelos pecados de toda a humanidade, concedendo à todos uma chance de serem redimidos, e serem reatados ao seu Criador.

A estratégia magnífica aqui é fazer Jesus viver em nós dia-após-dia enquanto nosso velho eu é morto, também diariamente. A nova vida começa no batismo, quando somos colocados em Cristo, enxertados na Videira Verdadeira.

O que é a vida eterna? A vida eterna é o contato eterno com o Criador, é a vida nEle, e provarmos da presença dEle eternamente, e basta lembrar aqui que o “eternamente” inclui também o hoje.

Isto eu digo porque da mesma forma que muitas canções foram escritas exaltando a vida que há de vir no Céu, existem também canções de lamentação quanto ao tempo que passamos aqui. Não apenas músicas, mas palavras, ensinos, sermões e outros. É como se dissessem: não existe alegria enquanto não morrermos, não existe vida plena enquanto não pisarmos as ruas do Céu. Isso não é verdade, pois a vida eterna é esta: “Que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo à quem enviaste.”

Existe uma larga diferença entre vivermos inconformados com as atrocidades deste mundo e vivermos lamentando, infrutuosos, pelos cantos, como se estivéssemos em uma cadeia, implorando pela liberdade. Jesus nos fez livres naquela Cruz, e fez isso com uma razão específica, a de sermos sal e luz nessa Terra.

Como seremos sal e luz se focarmos nosso tempo aqui como algo totalmente penoso e insuportável? Nos fecharemos em casulos esperando o arrebatamento? Enterraremos pois o talento que nos foi confiado até a volta do Senhor? Não!

Ter vida eterna ter Jesus vivendo em nós e através de nós. É conhece-lo e prosseguir em conhece-lo (Os 6.3). É deixar a vida dEle em nós contagiar à todos quanto vivem conosco. As limitações que a carne nos impõe não podem ser motivo para atrofiarmos os músculos espirituais que recebemos no batismo.

Que venhamos sim, entoar canções exaltando a maravilha que há de ser entrarmos para viver eternamente com o Senhor no Céu, mas que também venhamos a entoar canções que são canções de batalha, fortes e destemidos para viver e fazer toda a vontade do Senhor aqui, enquanto Ele não vem nos buscar. Que nossas vidas possam revelar que a vida eterna começa aqui, conhecendo a Deus e a Jesus Cristo, a quem Ele enviou. Que venhamos a desfrutar da vida eterna, estando atentos a aprender com o Senhor, aos Seus pés.

“Maria escolheu pois a boa parte, e esta não lhe será tirada.” (Lc 10.42)

No Amado,

Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Um convite à boa parte [1]

Jo 15.15 – Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu Senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer.

Ali você está, sentado naquela mesa junto aos outros colegas de trabalho. No fundo da sala uma porta, e nessa porta um letreiro: “Diretor Geral”. Você sabe que o nome do homem lá dentro é Sr. Almeida, muito embora isso seja somente o sobrenome. Você o vê algumas vezes no mês, já o cumprimentou em certas ocasiões, mas não tem costume de falar com ele, afinal... Ele é o seu chefe.

Vocês dois possuem um relação bastante simples: você trabalha pra ele, ele paga o seu salário. O que ele faz? Como ele faz? Bom... Isso você não sabe. Justamente por não saber, seu trabalho não é tão empolgante às vezes, e a falta de visão do processo te deixa entediado, então você pensa: “Nossa, se eu tivesse apenas chance de conhecer meu chefe e em que ele trabalha, seria demais!”. Infelizmente, o relógio grande de parede logo à sua frente te lembra do fim do expediente e você precisa voltar aos serviços, desempenhar bem sua função, e evitar que aquele atrás dos letreiros te corte da folha de pagamentos.

Tenso não? Essa é a realidade de muitos profissionais, pessoas que tem servido a diretores e presidentes de empresa por longos anos, sem conhecer nada além daquilo que vem na pilha de formulários.

Jesus não é um chefe.

Ele não paga o seu salário, Ele próprio é a porção da sua herança. Ele não paga seus alimentos, Ele te convida a sentar-se à mesa que Ele mesmo é. Não te dá férias, Ele promete aliviar todos quantos estão cansados e sobrecarregados.

Aquele letreiro não existe.

O projeto de Jesus não é transformar-nos em um exército de proclamadores muito bem treinados e exercitados em toda função dentro do Reino de Deus. Ele quer preencher os corações de seus discípulos com aquilo que recebeu do Pai até que suas vidas transbordem de alegria perante o mundo, derramem amor por onde andarem, e iluminem as trevas em qualquer situação.

Não. Ser um discípulo de Jesus não se trata de um simples treinamento espiritual, um acúmulo de conhecimentos teóricos recebidos de alguém por trás de um letreiro, ser discípulo é receber TUDO o que Jesus recebeu do Pai, porém dEle Próprio. Não é possível que nos apaixonemos por aquilo que fazemos se enxergarmos os benefícios apenas como sendo o contracheque no fim do mês. Não fomos chamados a uma profissão, fomos chamados à uma vida.

Jesus é o Caminho, A Verdade e A Vida. Não é pesado viver pro Senhor, é pesado viver sem Ele. Não é pesado tirar tempo pra orar, jejuar e meditar na Palavra, o pesado é ver o coração definhar arraigado a coisas mundanas, enganado, como se daquilo precisasse para viver. Pesado, é conseguir atender à dura demanda da indústria do entretenimento, da moda e do consumismo. Eles inventam tantas coisas para se distrair e nos distrair que fica difícil até escolher o que fazer! Pesado é molhar as solas dos pés em um oásis secando, sob um sol escaldante, ao invés de mergulharmos em conhecer DE GRAÇA ao nosso Criador, nosso Salvador, e nosso Senhor.

Jesus nos deu o direito de sermos Seus amigos, e a minha oração é que Ele atraia fortemente meu coração nesses dias maus e me faça enfim entender na prática o que significa viver intensamente, em Comunhão com Deus.

Que o Senhor abençoe vocês, meus queridos.

No Amado,

Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Pedra de Edificação ou Pedra de Tropeço?

                           

Mateus 16.13-23

13 Tendo Jesus chegado às regiões de Cesaréia de Felipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem?
14 Responderam eles: Uns dizem que é João, o Batista; outros, Elias; outros, Jeremias, ou algum dos profetas.
15 Mas vós, perguntou-lhes Jesus, quem dizeis que eu sou?
16 Respondeu-lhe Simão Pedro: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
17 Disse-lhe Jesus: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelou, mas meu Pai, que está nos céus.
18 Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela;
19 dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares, pois, na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus.
20 Então ordenou aos discípulos que a ninguém dissessem que ele era o Cristo.
21 Desde então começou Jesus Cristo a mostrar aos seus discípulos que era necessário que ele fosse a Jerusalém, que padecesse muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes, e dos escribas, que fosse morto, e que ao terceiro dia ressuscitasse.
22 E Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá.
23 Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, Satanás, tu és para mim pedra de tropeço; porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens.

Eu sempre li esta passagem separada em duas partes: a primeira quando Pedro dá a resposta gloriosa ao Senhor e a segunda quando Jesus o chama de Satanás. Talvez por causa disso eu nunca tinha entendido bem a seriedade e o porquê de Jesus chamar a Pedro de Satanás. Em todo o NT apenas uma outra vez Jesus re refere à um discípulo assim, e este é Judas:”Respondeu-lhes Jesus: Não vos escolhi a vós os doze? Contudo um de vós é o diabo.” (Jo 6.70).

Desta vez, ao passar por este texto de Mateus eu fui surpreendido por uma expressão de ligação entre as duas partes: “desde então” (vs. 21) e então eu percebi que muito pouco tempo se passou desde o momento em que Jesus abençoa a Pedro dizendo ser ele pedra de edificação e o momento em que o amaldiçoa, chamando-o de pedra de tropeço.

Agora, o que são essas pedras?

A Pedra de Edificação, é chamada também na Bíblia como Pedra Angular. Esta pedra, em um tempo de arquitetura e engenharia rudimentar, era de extrema importancia para garantir o sucesso de toda uma contrução. Os cálculos eram todos feitos tendo como base esta pedra que era colocada logo no início da edificação. Base. Esta é a palavra que define a pedra de edificação, a base sólida e robusta para uma contrução. Ela garante o sucesso daquilo que será construído em cima.

Já a Pedra de Tropeço é mais fácil entender. Quando caminhamos, nosso sistema motor julga que o percurso à nossa frente é plano e perfeito, e a única coisa que nos faz desviar de um obstáculo, são os nossos sentidos. As frases “veja aonde pisa” e “preste atenção no caminho” são exemplos que mostram a nossa necessidade de percepção para evitar acidentes. Esses acidentes acontecem quando por exemplo quando tropeçamos em uma pedra. A pedra de tropeço é aquela que se interpõe no caminho, e possui única função de nos fazer cair ou no mínimo nos distrair.

Será possível que uma mesma pessoa possa agir como Pedra de Edificação e Pedra de Tropeço? Sim, pois é precisamente isso que esta passagem nos diz. Pedro foi chamado das duas coisas por Jesus em um curto espaço de tempo. Mas então, o que define se estamos sendo uma coisa ou outra?

Veja que quando Jesus perguntou aos discípulos sobre quem diziam que Ele era, todas as respostas dadas foram carnais, isto é pela carne não era possível enxergar que Ele era o Senhor, mas apenas um profeta. A visão carnal é restrita ao que se vê com os olhos carnais. Quando porém Pedro responde à pergunta dizendo “Tu és o Cristo, o Filho do Deus Vivo”, ele estava concordando profeticamente com TODAS as profecias feitas centenas de anos antes sobre a vinda de Jesus. Naquele momento, não eram olhos carnais que viam, mas olhos espirituais. A Pedra de Edificação é colocada antes de todo o resto, e o desenrolar da construção segue a fé de que a Pedra foi colocada corretamente. Olhos espirituais nos transformam em Pedras de Edificação, quando passamos a enxergar o Deus que faz a obra sobre nós.

Quando porém Jesus começou a falar aos discípulos sobre todas as coisas que deviam ocorrem, as quais tinham sido profetizadas pelos profetas, através do Espírito, Pedro o chamou a parte e começou a reprová-lo. Nesse momento Pedro não conseguiu enxergar nada além do bem estar de Jesus, ele apenas pensou no que seria melhor pra Jesus do ponto de vista carnal. Ponto de vista carnal, isso mesmo. Quando agimos movidos pelo que os nossos olhos carnais nos mostram, nos tornamos pedras de tropeço, atrapalhando a obra, fazendo tropeçar aqueles que andam, enquanto nós mesmos permanecemos ali, imóveis no meio do caminho. Olhos carnais nos transformam em opositores da obra.

O que fazer então? Uma vez que estamos em um corpo feito de carne, jamais estamos livres de agir pelo que vemos carnalmente, mas podemos lutar contra isso. Nos aproximar do Senhor, nos esvaziarmos de nós mesmos, negarmos o próprio conforto, jejuarmos, resumindo: fazer o contrário do que nossa carne nos pede. Se queremos ser usados como Pedras de edificação, que venhamos a entender que isso exige de nós total dependência do Mestre de Obras, e jamais questionarmos o Arquiteto do Universo, nosso Senhor Jesus Cristo, que tem uma Obra Perfeita a ser realizada.

No Amado,

Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Novo semestre vem chegando…

Olá queridos amigos, já faz um tempinho que não posto nada no blog, me perdoem por isso. Estou voltando hoje das férias maravilhosas que tive na minha cidade com minha família e com a Igreja. Com relação à família, tivemos um tempo de nós cinco que há muito tempo não nos ocorria, desde que fui pra faculdade, saímos juntos, tomamos café juntos, almoçamos juntos, jantamos juntos, oramos juntos, cantamos juntos, compartilhamos juntos, meu pai, minha mãe, meus dois irmãos e eu. Foi maravilhoso esse tempo!

Com relação à Igreja, foi com certeza uma das férias mais espiritualmente produtivas da minha vida! Tivemos vários encontros com a Igreja toda, com os solteiros, momentos de descontração em grupos menores, pude sentir mais uma vez o que é participar do Corpo de Cristo intensamente. Esses momentos me lembraram em parte os instantes iniciais em que fui colocado em Cristo, quando ainda morando aqui me relacionava com os irmãos de forma intensa durante toda a semana. Infelizmente isso se perdeu um pouco quando fui para a universidade, o ritmo e as oportunidades são outras quando se está em outra cidade, morando distante dos irmãos e com tantas responsabilidades a cumprir.

Descobri que além das apostilas 1 e 2 com que fui fundamentado, existe também uma apostila 3, que já é usada pela Igreja em Salvador/BA há algum tempo já. A apostila traz temas específicos sobre A Vida em Cristo e estou com muita vontade de estudá-la também, assim como estudei as outras, creio que será muito bom.

Estive pensando no tempo esses últimos dias, na forma como passo o meu dia, e as prioridades que tenho colocado ao longo dele. A minha conclusão foi que definitivamente preciso de me reorganizar. Creio que me perco tanto em meio aos muitos compromissos que gasto tempo demais com o que não devo, e perco as oportunidades de crescer na medida nas coisas que realmente importam. O mais complicado é que quanto mais compromissos adquiro, maior é a chance de eu me tornar inconstante nas coisas que não devo ser inconstante. Bom, esse semestre será o último na faculdade, se Deus quiser. Graças a Deus muita coisa mudou na minha vida desde 2006 até agora, aprendi muito, mas… eu não me conformo em me estagnar. Eu quero aprender mais do Senhor, quero crescer em diligencia nas coisas que o Senhor quer que eu cresça. Não sei o que virá pela frente, mas só sei de uma coisa: Quero fazer tudo debaixo da vontade do Senhor. Meus sonhos eu coloco aos pés do Mestre, e me rendo à Vontade dEle.

Ontem eu estava dentro do carro e vi pela janela uma menininha com um moleton rosa acompanhada pela mãe, e aquela cena me avivou ainda mais o sonho de ter minha filhinha Sarah um dia. A família é um sonho que pulsa ardentemente no meu coração, minha futura esposa, meus futuros filhos, nosso futuro lar. Tudo é realmente maravilhoso, e creio que o Senhor está cuidando de tudo, mas… que tipo de líder familiar serei eu se me conformar com o que já recebi do Senhor, se passar meus dias cuidando tanto de coisas que se desfarão com o tempo? Não… eu não quero isso, quero é ser um homem de Deus na vida de uma mulher de Deus, com filhos que sejam ensinados PLENAMENTE nos caminhos do Senhor, em um lar de amor, estável espiritualmente.

Para isso, eu preciso nesse momento, neste exato momento, tirar meus olhos da vitrine iluminada e colocar meus olhos na carteira. Qual preço estou disposto a pagar para ser este líder? Como será gasto meu tempo durante esse tempo? Porque eu sei, que nesse momento, nesse exato momento, Deus está preparando uma mulher de Deus para ficar ao meu lado pra sempre, uma mulher separada por Deus pra mim mesmo antes de eu ou ela nascermos. Será que posso ser presunçoso a ponto de pensar que Deus quer algo diferente pra ela? Não. Deus quer que eu corresponda ao tempo esperado.

Um detalhe adicional é que não é em vista da família que devo me preparar, mas em vista do Reino para o qual quero que esta família coopera. Existe um Rei no Trono, e esse Rei é a razão de tudo. A família é apenas parte de um plano maior que é o Reino de Deus em nossas vidas, e isso começa desde já, desde agora.

Como EU pretendo fazer para que tudo isso aconteça? Não sei, mas só sei que tudo quanto EU fizer por minha próprias forças vai falhar. Planejamentos, meditações esquematizadas, orações em momentos específicos, proclamação com estratégia traçada, jejuns específicos, e toda outra arma espiritual que eu possa usar, só farão sentido se DEUS fizer e não EU. Por isso eu digo: EU não quero definir nada por mim mesmo, mas apenas diligentemente me por a ouvir o Espírito de Deus, e obedecer. Fazer conforme Ele quer, e colher os frutos espirituais disso tudo.

Como engenheiro sou acostumado a esquematizar, planejar, organizar, RACIONALIZAR tudo o que tenho pra fazer, mas… com as coisas do Senhor isso nunca deu certo… e nem dará. Temos um Deus que é supremo, e verdadeiro, e infinitamente grande, um Deus que não cabe nas minhas regrinhas e esquemas do dia a dia. Eu preciso ouvi-lo. Eu preciso ouvi-lo. Eu preciso OUVI-LO.

Daqui pra frente, quero buscar ouvir mais, e falar menos. Eu não sei como isso será possível, mas Deus sabe, e com isso me contento. Peço a oração de vocês pela minha vida, para que Deus me ensine a ser simples para viver dessa forma. Eu estou muito feliz, porque Deus tem sido quem tem sido na minha vida, e por tudo o que Ele tem feito, mas não me contento em estagnar agora. Eu quero mais de Ti Senhor, eu quero mais de Ti enquanto eu viver!

Deixo abaixo a primeira canção que escrevi pro Senhor, em 2007.

 

Olha Pra Mim

 

Desejo ouvir Tua voz

Quero estar perto de Ti

Me lanço aos Teus pés e esqueço de mim

Jesus sei que estás aqui

 

Todos meus sonhos Te dou

e aceito os teus sonhos pra mim

Anseio estar sempre livre pra Ti

Oh Amado, olha pra mim!

 

Olha pra mim, sonda o meu coração

Vê se há em mim algum caminho mal

Não posso viver sem a Sua presença Senhor

Olha pra mim, Teu olhar me consome

Enche-me de Ti, Senhor tenho fome

Sacia minh’alma com a Tua Palavra Senhor

 

 

Grande e carinhoso abraço queridos, e que o Senhor habite ricamente em nossas vidas.

domingo, 19 de junho de 2011

A armadura de Deus

image

Lá vem Golias de novo, com dezenas de quilos de ferro e bronze sobre si, armado para batalha. Atrás dele seu escudeiro, parece mais uma criança ao seu lado. Ele para e faz afrontas e blasfêmias a Deus. Davi não tolera aquilo que houve e pede para enfrentá-lo. Saul lhe oferece sua pesada armadura, com a qual ele nem mesmo consegue andar, Davi a tira de si, vai até o riacho e coleta cinco pedras lisas, pega sua funda e vai de encontro ao gigante filisteu.

O fim da história nós já conhecemos: Davi corta a cabeça de Golias tendo ainda quatro das cinco pedras em seu bolso. Qual foi a armadura mesmo? Uma funda, uma pedra... e um Deus.

image

A questão que resta é: Saul foi insensato ao escolher a sua armadura para por em Davi? Ora, claro que não! Golias era um gigante, logo, RACIONALMENTE, a melhor forma de derrota-lo seria com aquela armadura, isto é claro... se consideramos uma batalha entre dois homens. Mas não, Davi não foi o responsável por aquela vitória, mas o Deus que acelerou aquela pedra e a direcionou à fronte de Golias.

Muitas vezes somos levados a raciocinar sobre qual a melhor forma de vencermos, traçamos estratégias, criamos recursos, definimos leis, analisamos a armadura do inimigo e entramos em ação! O grande problema... é que somos derrotados.

Vamos ver o que diz o texto de Efésios 6.10-18:

“No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.

Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.

Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.

Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.

Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça;

E calçados os pés na preparação do evangelho da paz;

Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.

Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus;

Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos...”

O primeiro versículo diz: “fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder”. Davi não se baseou em seu próprio poder ao escolher aquelas pedras, ele se baseou no poder de Deus. Ele se fortalecia em Deus, no seu dia a dia, buscando viver continuamente de forma que agradasse ao seu Senhor. Se nos focarmos no nosso poder e na nossa força, vamos cair, pois sozinhos não podemos vencer os gigantes que se posicionam frente a nós.

Vemos depois na passagem que não é contra a carne ou sangue que estamos lutando, mas sim contra toda uma organização satânica multimilenar, que agem mascarados em conceitos tidos como normais e agradáveis na sociedade atual. Enquanto acreditarmos que estamos lutando contra pessoas, não confiaremos que uma única pedra de rio é suficiente. Não são os nossos parâmetros que definem nossos inimigos, mas sim os parâmetros de Deus. Nossos cinco sentidos aqui são inúteis, pois eles nada servem no mundo espiritual.

Nosso julgamento é baseado nos cinco sentidos, e precisamente por isso não pode ser usado para definir nada. Saul julgou Golias pelo que viu e ouviu, pregou os olhos em um homem grande, tirando os olhos de um Deus enorme. Quando focamos as coisas nas nossas capacidades somos automaticamente derrotados por nós mesmos, pois perdemos a fé e assim, vidas não são salvas, mares não são abertos, pães não são multiplicados, mortos não ressuscitam, e o exército que é a Igreja perde seu valor na batalha. Mas se focamos o campo de batalha por meio da visão de Deus, então somos como flechas, que alcançam à distância, como simples pedras de rio, que fazem derrubar gigantes de quase três metros de altura.

A Palavra diz que devemos nos cingir com a armadura com o fim de resistirmos firmemente no dia mau. Repare que a armadura não é usada apenas no momento da batalha, até porque nosso inimigo é imprevisível aos nossos olhos humanos, é mais silencioso do que um ninja, é mais audacioso que uma serpente, e mais estrategista que todos os generais da 1ª e 2ª Guerras Mundiais trabalhando juntos! O dia mau vem quando não estamos esperando, e assim precisamos estar sempre com esta armadura de Deus em nossos corpos, e qual é essa armadura de Deus?

“Cingindo os lombos com a VERDADE”. Debaixo da armadura era usada uma malha fina de metal que impedia que flechas penetrassem no corpo por entre as frestas e juntas do conjunto. A verdade é o oposto de tudo o que satanás é, e ela e capaz de por à prova qualquer coisa que tentar entrar por brechas em nós, mesmo as coisas mais sutis.

“Vestida a couraça da JUSTIÇA”. A couraça é a responsável pelos ataques frontais de corpo a corpo. Ela impede que a lâmina atinja o peito ou perfure o coração. Que justiça é essa? A nossa? Não, a justiça de Deus. Lembremos que não adianta tentarmos forjar uma justiça que acreditamos ser de Deus, pois ela nada tem a ver com a lógica humana. Basta lembrar que a coisa mais JUSTA que ocorreu em toda a existência e creio que nunca será ultrapassada foi um Pai pregar em uma cruz seu próprio Filho, a fim de salvar uma raça estragada que se apressava para fazer o mal. A justiça de Deus não é para ser entendida, mas para ser vestida.

“E calçados os pés na preparação do EVANGELHO da paz”. Os pés servem para andar, para sair a semear. O IDE de Deus nós cumprimos indo, e indo calçados pelo Evangelho do Reino, que é o único resistente o suficiente para resistir às pontiagudas pedras do caminho, deixadas lá pelo evangelho da prosperidade.

“Tomando sobretudo o escudo da FÉ”. O escudo precisa ser carregado conosco, se ele cai, ficamos sem proteção direta. “Sem fé é impossível agradar a Deus”(Hb 11.6), isso implica que precisamos carregar sempre a fé em nossos corações. Fé que aquela pedrinha lisa voando vai virar uma bala de canhão na testa do gigante, fé no poder de Deus.

“Tomai também o capacete da SALVAÇÃO”. A cabeça é protegida pelo capacete, e é ela que comanda todo o corpo. A certeza da salvação deve ser algo estampado em nossos corações, de forma que nunca venhamos a duvidar da ação do Senhor, e do propósito dEle.

“E a espada do espírito, que é a PALAVRA DE DEUS”. Aqui merece uma atenção ainda maior, vejamos porque: TODOS os itens da armadura até agora servem para a DEFESA, mas agora entra um item de ATAQUE, a espada. E que espada? A PALAVRA DE DEUS. Toda a ação em nossas vidas hoje é através do Espírito Santo. E o que Ele usa pra encher nossa mente e coração? A Palavra de Deus. Encher-se da Palavra é alimentar-se e afiar a espada, preparando-nos para o dia mau.

image

Por fim, “orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos”. A oração é a comunicação deste Exército Espiritual com seu General, Jesus Cristo. Orar em todo o tempo é ter uma postura constante de oração, de entender que a oração tem poder para mover o coração de Deus e derrotar miríades de demônios de uma só vez. Devemos perseverar nessa prática, sempre, como soldados em forma de batalha, dispostos a ir até o final por Ele, nosso Mestre e Senhor: Jesus Cristo.

No Reino de Deus só existe uma armadura, a de Deus. Uma estratégia, a de Deus. Uma vitória, a de Deus!

Lá vem mais um Golias, subindo contra a Igreja, o exército do Deus Todo Poderoso. Estamos preparados? Ou será que Deus precisará levantar outros Davis? Reflitamos.

No amor do Pai,

Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Juntas e ligamentos no Corpo de Cristo

image

Ef 4.15,16 Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor.

Contundência. Existem palavras que fecham todas as alternativas de escape, bloqueiam todas as rotas de fuga, vedam completamente interpretações dúbias. Nas ordens de Senhor não existem letrinhas pequenas no fim do contrato, todo ele é claro e contundente.

Veemência. Lupas aumentam objetos, e para as palavras existe a veemência. Coisas já fortes por natureza recebem ainda mais força em algumas passagens bíblicas, e esta, por certo é uma delas.

O texto em efésios ressalta a necessidade absoluta de que existam juntas e ligamentos no Corpo de Cristo. Mas o que são juntas e ligamentos? Hoje seria extremamente fácil entender o que são estas estruturas tendo à disposição um médico ou fisioterapeuta para explicar, mas na época em que foi escrito, pouco se conhecia à respeito do assunto, mas vemos com clareza que a passagem faz alusão às juntas e ligamentos que possuímos no corpo.

Estas juntas e ligamentos eram conhecidos na época como as ligações entre ossos e músculos, extremamente resistentes e que conferiam mobilidade ao corpo humano. Aí vão duas características importantes: Resistência e Mobilidade. Vamos falar a respeito de cada uma delas separadamente.

image

Resistência é dito com sendo a propriedade de alguma coisa em resistir a forças contrárias à sua integridade ou forma. Um exemplo é o papel, quando o puxamos pelas pontas ele resiste até certa força aplicada, antes de ter sua estrutura rompida, como se estivesse “relutando” contra a nossa tentativa de rasgá-lo. E porque a Igreja precisa dessa resistência? Vejamos:

Ef 6.12 Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.

I Pe 5.8,9 Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; Ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo.

Atenção! Estamos em guerra! Soou um pouco estranho? Não tem ouvido nenhum bombardeio? Nem soldados pelas ruas? Nada de armas à vista? Desde que uma alma se rende ao Senhor até o último momento de vida dela nesta Terra, centenas para não dizer milhares de soldados do inferno são colocados em locais estratégicos para tragar esta vida. Sabe aquela novela na televisão? Aquele filme “quase” sem nenhum problema? Aquele outdoor imoral logo ali? Vou um pouquinho mais fundo: Sabe aquele comercial do produto novo que acaba de ser lançado? Sabe aquele evento com ingresso em promoção? Sabe a final do campeonato de futebol mais importante na TV aberta? Quero te fazer uma pergunta, para que você acha que existe tanto investimento na indústria do entretenimento?

image

Foco. Focar uma imagem é a habilidade de enxerga-la nitidamente, saber seus traços, seus limiares, sua definição. Você sabia que seus olhos focam apenas um objeto enquanto desfocam todo o resto do ambiente? Faça o teste agora mesmo e veja. Embora saibamos que o resto do cômodo está ali, é como se não fizesse diferença, como se só aquele objeto merecesse nossa atenção. O objetivo de satanás é tirar o nosso foco de Jesus e focar em qualquer outra coisa, não importa o que seja, contanto que não seja em Cristo. Sabe por quê?

Hb 12.1,2Portanto nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.

O diabo sabe que se a nossa atenção estiver em Jesus no dia a dia, deixaremos todo o embaraço que ele e seus soldados condenados tentam nos causar. Agora ficou bem claro que temos que ser resistentes, resistirmos fielmente para manter nossa integridade como Igreja, para efetuarmos diariamente a vontade de Deus, pois para isso fomos criados, e para isso resgatados.

image

Mobilidade. Esta é a propriedade de adaptação, transmissão de força e execução de tarefas que incluem movimento. Onde isso se encaixa na Igreja? Ora, qual a ordem que Jesus nos deu antes de subir aos Céus?

Mt 28.18-20 – Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho ordenado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.

Se temos que fazer discípulos, batizá-los e ensiná-los a guardar todas as coisas que Jesus ordenou, como faremos isso sem nos movimentar? Precisamos dessa mobilidade em nossas vidas para funcionarmos como Igreja. Mas quem se move? Como acontece esse movimento? Voltemos agora ao início para definir juntas e ligamentos no Corpo de Cristo.

Juntas e ligamentos no Corpo de Cristo são ligações fortes e resistentes entre seus membros. Os membros se movem de forma sincronizada, ligada, ajustada, rumo ao objetivo comum, cumprir a obra de Deus. Cristo é o cabeça do Corpo, mas quem são os membros?

Jo 15.1-8Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado. Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem. Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos.

Nós somos os membros, todos nós. Não são os líderes que devem frutificar apenas, mas todos aqueles que se dizem discípulos de Jesus. E se até os lacaios condenados do maligno são organizados estrategicamente, como poderíamos nós, os filhos da luz, andarmos displicentemente? Se lermos o livro dos Atos dos Apóstolos vamos confirmar que a Igreja não se reunia simplesmente em grandes salões semana ou quinzenalmente, não havia púlpito, não existia liturgia “engessada”, nada disso.

O Evangelho do Reino sempre era repassado em grupos menores, as reuniões quase sempre nas casas, a simplicidade no partir do pão e no convívio diário, a transparência e principalmente o fato de que todos eram sacerdotes (I Pe 2.9). Era o evangelho do relacionamento, a Igreja se relacionava se nutria e desempenhava diligentemente a obra. Quando foi que isso acabou?

Com a perseguição da Igreja pelas autoridades do Império Romano, parte da Igreja se aliou ao estado, trocando o controle religioso do povo pela sua sobrevivência. Para não continuarem sofrendo, estes cristãos infelizmente preferiram negar o Nome de Jesus e “transformá-lo” em uma religião, coisa que Ele nunca foi e nunca será.

O problema é que dá muito trabalho ensinar o Evangelho do Reino em grupos menores e desenvolver estas juntas e ligamentos, então... a saída foi ir ao carpinteiro (o que poderia ser visto até como afronta, não?) e pedir que ele fizesse o primeiro púlpito, bancos que comportassem bastante gente em um espaço pequeno e os organizasse, uma cruz com uma imagem de homem pendurado nela e uma cadeira onde se sentaria o suposto representante de Cristo na Terra (bom, é claro que pra isso era preciso acabar com o texto de I Pe 2.9, não é?). E em vez do Evangelho do Reino ensinado e repassado através das juntas e ligamentos, pregar o evangelho da salvação e da prosperidade, do “ganhe tudo e leve pra casa sem taxa adicional”, do “quer pagar quanto?” e outros slogans chamativos que enganem facilmente, e façam as pessoas permanecerem sentadas o máximo possível frente a sermões ministrados em língua morta. Surgiu aí o evangelho de massa.

Muito tempo se passou depois disso, até que algumas pessoas ouviram de Deus a mensagem de que aquilo tudo estava errado, porém em vez de restaurarem a estratégia que já havia sido criada por Cristo, resolveram reformar, apenas mudar algumas coisas, como por exemplo a cadeira do suposto representante de Cristo na Terra, a cruz com a imagem de homem pendurado nela, as imagens de falsos deuses, os sermões em língua morta, e algumas coisas adicionais.

Porém... deixaram os templos herdados pela velha estrutura, mantiveram o púlpito, os bancos, as liturgias engessadas, um único sacerdote (ou uns poucos) e o povo continuou da mesma forma, nas reuniões semanais ou quinzenais, sem juntas e ligamentos. Todos ligados no líder e o líder ligado em Deus. (Para que servia aquele representante na cadeira mesmo?).

Hoje Deus tem acordado a Igreja para a realidade de que não existe edificação fora das juntas e ligamentos, Deus as instituiu, e esta é a Sua estratégia para fazer a obra. É tempo de nos desembaraçarmos de todo o resquício de religião que porventura resistir em nosso viver e nos atermos fielmente ao que Deus espera de nós. Se somos discípulos de Jesus então devemos agir segundo as ordens dEle.

As reuniões gerais em prazos definidos são realmente edificantes e maravilhosas, desde que elas não sejam a base de funcionamento da Igreja. Se no dia a dia, reunindo nas casas e saindo juntos para proclamar, orar e compartilhar uns com os outros, então quando chegar o dia da reunião geral todos transbordarão a vida de Cristo e edificarão poderosamente uns aos outros, através do Espírito Santo com que se encheram durante a semana.

Que possamos seguir a verdade em amor, e crescer em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor.

Contundência. Veemência. Assim são as palavras de Cristo aos nossos corações, não há para onde correr ou escapar.

Praticar.

Que a graça seja com todos,

Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.

 

terça-feira, 7 de junho de 2011

Amar como Jesus.

amar-como-jesus

Jo 13.34 Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros.

Os judeus estavam acostumados com mandamentos de toda espécie. Eles viviam da forma como queriam, atendo-se apenas a não se desviar das leis de Moisés. É extremamente mais fácil quando recebemos limites claros que não devem ser extrapolados, basta cumprir e está pronto.

Se quiser falar com franceses, então aprenda a falar francês. Se quiser fazer com que os judeus entendam, explique com leis e mandamentos. Foi exatamente isso que Jesus fez, ele deu um “simples” mandamento, ou melhor, um novo mandamento. Agora, antes de entrar na questão do mandamento em si, vamos entender a quem Ele deu esse mandamento: Aos seus discípulos. Todos quantos se chamam assim devem cumprir o seu mandamento, afinal Ele é o Mestre e sua autoridade está reconhecida no coração de cada homem e mulher que se chamam de discípulos de Jesus.

Qual é esse mandamento, essa ordem, essa lei? O Amor uns para com os outros. Amar é dar-se pelo outro, é preferi-lo em lugar de si mesmo, é viver em constante atitude de entrega e preferência. E qual é o padrão de amor que devemos seguir? Jesus ordenou que amássemos uns aos outros como Ele nos amou, e como foi isso? Ele se entregou por nós. Embora possamos ser levados para uma consciência de entrega associada ao sacrifício, morrer por uns pelos outros se necessário. Lindo isso, porém raso, pois Cristo espera uma entrega da Igreja uns pelos outros, mesmo estando vivos, uma entrega diária, deixando nos gastar uns pelos outros, para que o Amor de Cristo se estabeleça plenamente nos nossos corações, e aí é claro, se precisarmos morrer uns pelos outros, o faremos, mas deixando pra trás uma vida inteira de entrega, de manifestação do amor de Cristo, através do Espírito Santo de Deus.

Basta dar uma olhada na descrição do amor em I Co 13 para confirmar o verdadeiro caráter do Amor de Cristo:

“…O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor NUNCA falha…”

Amor é decisão, decide-se amar alguém. Ele se expressa cumprindo aquilo que Jesus nos ordena, com atitudes que demonstram total importância uns com os outros.

Podemos ser mansos e humildes como Jesus, ser santos como Ele, servir como Jesus, pregar ao mundo como Jesus e perdoar como Jesus, mas… nada, nada disso adiantará se não amarmos como Jesus.

 

I See Love – Third Day

Que o Pai os abençoe,

Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.

(P.S: Perdoem-me o atraso neste último post, fiquei alguns dias sem meu computador por razões de manutenção do mesmo.)

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Devemos perdoar como Jesus.

70x7

Cl 3.13 Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós;

70x7… o resultado não é simplesmente 490… o resultado é a vontade do Senhor, e sabemos que ela vai muito além de um resultado numérico.

Apesar de que o termo “suportar” possa significar ajudar, ou apoiar, creio que como todo o resto do texto esteja falando de perdão, devemos pensar nesta palavra como sendo o sentido de “aguentar”.

O texto diz que devemos suportar uns aos outros, isso quer dizer, não deixar que qualquer coisa que o outro venha a fazer possa influenciar na forma como me porto com ele diante do que a Palavra ensina. Um exemplo: imagine que você tem um discípulo que sempre se atrasa aos encontros, mas sempre pede perdão pelo erro. O coração pode dizer nesses momentos: “Esqueça, ele vai voltar a fazer tudo de novo, nem compensa falar sobre o “sim sim e não não” com ele de novo, agora é ele com Deus!”, mas isto está certo? Não! Não está. Suportar entra justamente aí, pois a Palavra nos diz pra exortar da forma necessária e nunca esmorecer, como poderíamos simplesmente dizer “basta”?

“Perdoai-vos mutuamente” está associado a manter o canal entre dois discípulos sempre limpo. Uma simples discórdia mal tratada pode desajustar as juntas e por isso o perdão deve ser uma prática constante em nossas vidas. O grande problema é que a base do perdão não é a justiça do Velho Testamento, mas a graça do Novo Testamento. Se entendemos que jamais poderíamos ter sido justificados diante de Deus mediante as leis, isto é, jamais seríamos perdoados pela nossa própria justiça, e somos justificados através do perdão em Jesus Cristo, mediante a graça recebida dEle, então da mesma forma devemos perdoar. Perdoamos por uma única razão, porque Jesus nos perdoou primeiro. Mesmo que o erro do irmão seja injustificável, muito mais injustificável é termos acesso à Deus através de Cristo, sendo nós outrora independentes do Pai. Assim como Jesus perdoou, assim devemos perdoar também.

Sei que não parece fácil perdoar à vezes, mas é sempre fácil. Imagine um búfalo amarrado por um fio muito fino à um tronco de madeira. A única razão pela qual ele permaneceria preso é se quisesse. A única razão pela qual colocamos impecilhos para perdoar as pessoas é o fino e frágil fio do orgulho, que nos prende e nos faz pensar que é justo agirmos assim, quando se foi injustiçado por alguém. O duro é lembrar que a coisa mais justa que já ocorreu em toda a existência foi um Pai pregar o próprio Filho em uma cruz, e colocar sobre ele a culpa de uma raça inteira estragada, isso sim foi justo, e assim a Bíblia nos diz. Será que podemos mesmo agir de forma orgulhosa? Será que podemos permanecer sem perdoar? Que o Senhor nos faça refletir.

Um enorme e carinhoso abraço em cada coração,

Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Devemos pregar ao mundo como Jesus.

image

Jo 17.18 Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.

Versículo pequeno este, não? Uma vírgula, um ponto, e só isso. Existem algumas passagens na Palavra de Deus que tem o brilhante efeito de colocar uma imensa quantidade de informação em trechos que de tão simples, possuem tão somente uma vírgula e um ponto. Este versículo do livro de João é uma destas passagens.

Jesus Cristo é quem fala neste texto, durante uma oração ao Pai antes de ir para o Jardim no Getsêmani, na última noite que passou livre antes da crucificação. Na minha bíblia especificamente (RA 2ª edição) esta passagem recebe o título de “A oração sacerdotal de Jesus”. Foi uma oração especial na qual Jesus estava dizendo “Pai, completei tudo, é amanhã o dia pelo qual eu vim, os discípulos estão prontos, cuide de cada um deles Pai”.

Na segunda metade desta oração tão especial, Jesus pronuncia as palavras: “Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo”, mas o que Ele quis dizer com elas? Jesus estava dizendo que o mesmo propósito pelo qual Ele foi enviado era o propósito que o levava a enviá-los. Enviar para onde? Para o mundo. O que é este mundo? É a habitação da independência, do fazer a própria vontade, é no mundo que os homens-deuses vivem, isto é, aqueles que deliberadamente decidem sobre tudo como se não tivessem sido criados, e criados com um propósito. Homens-deuses, filhos de Adão, estes são O Mundo.

E qual foi, ou quais foram os propósitos pelos quais Jesus foi enviado ao mundo e nos enviou também? Vamos analisar alguns versículos e falar um pouco sobre cada um.

“E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.” Mt 9.35

Jesus pregava em todas as cidades e aldeias, e isso de forma estratégica, pregando o Evangelho do Reino e ao mesmo tempo curando as doenças e moléstias do povo. Temos que enxergar o campo onde estamos de forma estratégica também, e planejarmos cuidadosamente as aproximações através da ação do Espírito Santo.

“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna. Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele” Jo 3.16,17

O caráter Salvador de Jesus foi realizado de uma só vez na cruz, mas como a cruz veio depois daquela noite, com certeza Jesus estava dizendo que enviava seus discípulos ao mundo para que estes se determinassem no espalhamento dessa redenção através de uma pregação específica, e assim como Ele não foi enviado para julgar o mundo esta também não é a nossa função. Aqui mora um problema, pois muitas vezes temos resistências a pregar simplesmente o que deve ser pregado, sem que venhamos a fazer julgamentos mesmo que em nossas mentes sobre a situação daquele ou daquela pra quem pregamos. Relembremos aqui sobre a mulher que ia ser apedrejada, Jesus a amou e apenas disse a ela “mulher onde estão os teus acusadores?” e logo depois “também nem eu te condeno, vá e não peques mais”. Julgar não é NUNCA nosso papel, isso cabe a Deus. Nosso papel é pregar e pregar o que nos foi mandado pregar, com amor e plena sujeição à vontade do Pai.

“Porque o Filho do Homem veio salvar o que estava perdido” Mt 18.11

Jesus veio para salvar o que estava perdido, nós também somos enviados de forma a mostrar aos perdidos o Caminho que já foi traçado, e Jesus é este Caminho.

“Eu, o Senhor, te chamei com justiça, tomar-te-ei pela mão, e te guardarei, e te farei mediador da aliança com o meu povo e luz para os gentios; para abrires os olhos aos cegos, para tirares da prisão o cativo e do cárcere, os que jazem em trevas” Is 42.6,7

Nós, os discípulos de Jesus, somos aqueles designados por Ele para fazermos estas coisas descritas no texto assim como o Mestre fez. Devemos revelar a luz àqueles que não conhecem a luz, e soltar as falsas amarras colocadas neles por satanás, através da revelação do Evangelho do Reino, que prega o fim do governo do homem para o governo de um Rei, que é Jesus Cristo.

“O Senhor DEUS me deu uma língua erudita, para que eu saiba dizer a seu tempo uma boa palavra ao que está cansado. Ele desperta-me todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que ouça, como aqueles que aprendem. O Senhor DEUS me abriu os ouvidos, e eu não fui rebelde; não me retirei para trás. As minhas costas ofereci aos que me feriam, e a minha face aos que me arrancavam os cabelos; não escondi a minha face dos que me afrontavam e me cuspiam. Porque o Senhor DEUS me ajuda, assim não me confundo; por isso pus o meu rosto como um seixo, porque sei que não serei envergonhado. Perto está o que me justifica; quem contenderá comigo? Compareçamos juntamente; quem é meu adversário? Chegue-se para mim.” Is 50.4-8

Forte esse texto acima. O Senhor nos envia para falar a verdade sobre Ele, mesmo que isso inclua sermos feridos, termos os cabelos arrancados, recebermos afrontas, mesmo que cuspam em nós e... mesmo que venhamos a ser mortos por conta da pregação. Lembremos que Jesus disse “todo aquele que perder a vida por amor de mim e do evangelho vai salvá-la” Mc 8.35. Este perder a vida envolve uma constante perda e pode incluir também a morte. Se Jesus morreu fazendo a obra e se somos seus discípulos, então porque razão veríamos a morte como algo inaceitável? Muitos irmãos amados tem morrido ao longo do mundo por pregarem o Evangelho do Reino.

Fazendo então um resumo, devemos pregar ao mundo como Jesus, e isto inclui:

· Pregarmos o Evangelho do Reino, o fim da independência.

· Pregarmos este Evangelho do Reino em todo lugar, e de forma estratégica.

· Amarmos aqueles a quem pregamos.

· Não julgarmos a ninguém que pregamos.

· Aceitarmos de bom grado quaisquer perseguições que sofrermos por amor ao Pai.

Dessa forma com certeza estaremos mais próximos do caráter de Cristo, pregando ao mundo como Ele pregou, pois quando Ele fez aquela oração no Getsêmani Ele não pensava nos discípulos da época, Ele pensava em mim e em você, pensava em nós.

Graça e Paz,

Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Devemos servir como Jesus.

lava_pes2

Jo 13.14 Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros.

Existem algumas funções que são extremamente humilhantes. Durante toda a história essas atividades foram feitas por escravos e servos, nunca pela “nata” da sociedade. No tempo contexto da passagem, Era extremamente anti-higiênico entrar na casa de uma visita ou assentar à mesa sem lavar os... pés. Isso mesmo, curioso não? Esse ato era indispensável, o que provavelmente era explicado pela imundície que era o solo de um povo sem saneamento básico, além de ter um forte valor cultural o ato de lavar os pés.

Os pobres, bem, eles mesmos lavavam seus pés para comer, porém os ricos pagavam os pobres para fazer esse “serviço sujo e desonroso”. É importante que entendamos que se tratava realmente de algo desonroso!

Jesus lavou os pés dos discípulos, ou seja, ele se humilhou a ponto de servi-los dessa maneira, lavando seus imundos pés. Eram 24 pés sujos, carregados de sujeira ou até mesmo micoses, lavados diligentemente por Jesus, um a um. Depois de fazer isto Ele lhes perguntou se haviam COPREENDIDO o que Ele havia feito. Uma coisa é ver, outra diferente é compreender. Compreender quer dizer assimilar, tornar parte de si, do próprio raciocínio, gravar no coração. Jesus queria saber se eles haviam realmente compreendido tudo aquilo, afinal, não era algo lógico o que fizera.

Eles lhe chamavam Senhor e Mestre. Senhor é o mesmo do grego Kyrios que quer dizer “senhor de escravos” e Mestre talvez seja referente a rabino, o dono da gema rabínica, o detentor da idéia central, aquele que deve ser copiado literalmente e inteiramente por seus discípulos. Jesus diz que assim como ele lhes lavou os pés, assim deviam lavar os pés uns dos outros. Bom, qual a dificuldade frente ao exemplo de Jesus? Nenhuma, ora! Se meu mestre, acima do meu nível, se humilha diante de mim e lava os meus pés, é extremamente fácil que eu me humilhe diante daqueles que estão no mesmo nível que eu, isto é, os outros discípulos. Não deve haver dificuldade nenhuma nisso. Se houver dificuldades, estou olhando muito pouco para o meu Mestre e seu Exemplo.

Eu não sou maior que meu Mestre, logo, se meu Mestre lava meus pés isso deve causar um rebuliço total na minha mentalidade. Tenho que entender que se Jesus me deu o exemplo, foi pra eu seguir o exemplo, não apenas para admirá-lo dizendo: “Que maravilhoso, até me emociono, Jesus lavou meus pés! Oh! Jesus maravilhoso!” Aquele que COMPREENDE essas coisas é feliz ao praticá-las, não apenas em conhecê-las. Lavar os pés é um ato prático, não é um sentido figurado. Atos de exemplo são para gerar atos em conseqüência, então que possamos ser achados vivendo a consequência deste Exemplo maravilhoso que é o serviço, e assim sermos como Jesus.

“Aquele que não vive pra servir, não serve pra viver.”

Que Deus os abençoe,

Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.