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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Devemos pregar ao mundo como Jesus.

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Jo 17.18 Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.

Versículo pequeno este, não? Uma vírgula, um ponto, e só isso. Existem algumas passagens na Palavra de Deus que tem o brilhante efeito de colocar uma imensa quantidade de informação em trechos que de tão simples, possuem tão somente uma vírgula e um ponto. Este versículo do livro de João é uma destas passagens.

Jesus Cristo é quem fala neste texto, durante uma oração ao Pai antes de ir para o Jardim no Getsêmani, na última noite que passou livre antes da crucificação. Na minha bíblia especificamente (RA 2ª edição) esta passagem recebe o título de “A oração sacerdotal de Jesus”. Foi uma oração especial na qual Jesus estava dizendo “Pai, completei tudo, é amanhã o dia pelo qual eu vim, os discípulos estão prontos, cuide de cada um deles Pai”.

Na segunda metade desta oração tão especial, Jesus pronuncia as palavras: “Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo”, mas o que Ele quis dizer com elas? Jesus estava dizendo que o mesmo propósito pelo qual Ele foi enviado era o propósito que o levava a enviá-los. Enviar para onde? Para o mundo. O que é este mundo? É a habitação da independência, do fazer a própria vontade, é no mundo que os homens-deuses vivem, isto é, aqueles que deliberadamente decidem sobre tudo como se não tivessem sido criados, e criados com um propósito. Homens-deuses, filhos de Adão, estes são O Mundo.

E qual foi, ou quais foram os propósitos pelos quais Jesus foi enviado ao mundo e nos enviou também? Vamos analisar alguns versículos e falar um pouco sobre cada um.

“E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.” Mt 9.35

Jesus pregava em todas as cidades e aldeias, e isso de forma estratégica, pregando o Evangelho do Reino e ao mesmo tempo curando as doenças e moléstias do povo. Temos que enxergar o campo onde estamos de forma estratégica também, e planejarmos cuidadosamente as aproximações através da ação do Espírito Santo.

“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna. Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele” Jo 3.16,17

O caráter Salvador de Jesus foi realizado de uma só vez na cruz, mas como a cruz veio depois daquela noite, com certeza Jesus estava dizendo que enviava seus discípulos ao mundo para que estes se determinassem no espalhamento dessa redenção através de uma pregação específica, e assim como Ele não foi enviado para julgar o mundo esta também não é a nossa função. Aqui mora um problema, pois muitas vezes temos resistências a pregar simplesmente o que deve ser pregado, sem que venhamos a fazer julgamentos mesmo que em nossas mentes sobre a situação daquele ou daquela pra quem pregamos. Relembremos aqui sobre a mulher que ia ser apedrejada, Jesus a amou e apenas disse a ela “mulher onde estão os teus acusadores?” e logo depois “também nem eu te condeno, vá e não peques mais”. Julgar não é NUNCA nosso papel, isso cabe a Deus. Nosso papel é pregar e pregar o que nos foi mandado pregar, com amor e plena sujeição à vontade do Pai.

“Porque o Filho do Homem veio salvar o que estava perdido” Mt 18.11

Jesus veio para salvar o que estava perdido, nós também somos enviados de forma a mostrar aos perdidos o Caminho que já foi traçado, e Jesus é este Caminho.

“Eu, o Senhor, te chamei com justiça, tomar-te-ei pela mão, e te guardarei, e te farei mediador da aliança com o meu povo e luz para os gentios; para abrires os olhos aos cegos, para tirares da prisão o cativo e do cárcere, os que jazem em trevas” Is 42.6,7

Nós, os discípulos de Jesus, somos aqueles designados por Ele para fazermos estas coisas descritas no texto assim como o Mestre fez. Devemos revelar a luz àqueles que não conhecem a luz, e soltar as falsas amarras colocadas neles por satanás, através da revelação do Evangelho do Reino, que prega o fim do governo do homem para o governo de um Rei, que é Jesus Cristo.

“O Senhor DEUS me deu uma língua erudita, para que eu saiba dizer a seu tempo uma boa palavra ao que está cansado. Ele desperta-me todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que ouça, como aqueles que aprendem. O Senhor DEUS me abriu os ouvidos, e eu não fui rebelde; não me retirei para trás. As minhas costas ofereci aos que me feriam, e a minha face aos que me arrancavam os cabelos; não escondi a minha face dos que me afrontavam e me cuspiam. Porque o Senhor DEUS me ajuda, assim não me confundo; por isso pus o meu rosto como um seixo, porque sei que não serei envergonhado. Perto está o que me justifica; quem contenderá comigo? Compareçamos juntamente; quem é meu adversário? Chegue-se para mim.” Is 50.4-8

Forte esse texto acima. O Senhor nos envia para falar a verdade sobre Ele, mesmo que isso inclua sermos feridos, termos os cabelos arrancados, recebermos afrontas, mesmo que cuspam em nós e... mesmo que venhamos a ser mortos por conta da pregação. Lembremos que Jesus disse “todo aquele que perder a vida por amor de mim e do evangelho vai salvá-la” Mc 8.35. Este perder a vida envolve uma constante perda e pode incluir também a morte. Se Jesus morreu fazendo a obra e se somos seus discípulos, então porque razão veríamos a morte como algo inaceitável? Muitos irmãos amados tem morrido ao longo do mundo por pregarem o Evangelho do Reino.

Fazendo então um resumo, devemos pregar ao mundo como Jesus, e isto inclui:

· Pregarmos o Evangelho do Reino, o fim da independência.

· Pregarmos este Evangelho do Reino em todo lugar, e de forma estratégica.

· Amarmos aqueles a quem pregamos.

· Não julgarmos a ninguém que pregamos.

· Aceitarmos de bom grado quaisquer perseguições que sofrermos por amor ao Pai.

Dessa forma com certeza estaremos mais próximos do caráter de Cristo, pregando ao mundo como Ele pregou, pois quando Ele fez aquela oração no Getsêmani Ele não pensava nos discípulos da época, Ele pensava em mim e em você, pensava em nós.

Graça e Paz,

Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.

Um comentário:

  1. Deus nos capacita para cumprir o seu "ide", nos revestindo de força e sabedoria se tão somente pedirmos. Devemos pregar não somente com palavras mas com toda a nossa vida, para que as pessoas possam ver em nós o efeito da Palavra e autenticidade no nosso falar, seguindo o exemplo do Mestre. Parabéns pelo texto Gui, excelente mensagem, glorificado seja o Senhor através da tua vida!

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