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quarta-feira, 11 de maio de 2011

Morreu pelos nossos pecados

mão pregada

II Co 5.21 – Aquele que não conheceu pecado, Ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.

Jesus não conheceu o pecado. Ele era o Verbo de Deus antes de vir à Terra, lembra? Ele estava no centro da vontade de Deus, como poderia Ele conhecer o pecado? Foi concebido pelo Espírito Santo, não veio de Adão e o corpo que recebeu através de Maria, este mesmo corpo foi morto numa cruz e ressuscitou não como um corpo corruptível, dos filhos de Adão, mas um corpo glorificado, vindo de Deus. Em Deus não há pecado, nunca ouve e nunca haverá. Deus não criou o pecado e como Jesus Cristo é aquele que criou todas as coisas, então Ele com certeza não conheceu o pecado até o dia da crucificação.

Jesus, o homem nazareno, nunca pecou em seus 33 anos e meio, pois nunca fez a própria vontade, mas sim a do pai. Fica claro na sua última oração no jardim do Getsêmani que ele não queria morrer, mas clamou ao Pai que não fosse feita a vontade dele, mas a de Deus. Isso eu digo para resolver a célebre frase “Mas Jesus era Deus...”. Aqui Jesus era um homem como todos os outros, a única diferença é que seu coração pertencia 100% ao Pai e nele não havia pecado algum, coisa que todos os homens já nascem nesta condição.

Como ele era 100% puro, o seu sacrifício seria suficiente para pagar pelos pecados de Adão. Mas Jesus era um só e os pecadores eram muitos, não está meio desbalanceada essa troca não? Não! Lembremos que o pecado entrou através de um só homem corrupto então nada mais justo que um só homem perfeito pagar o preço, não? Jesus foi o cordeiro, na cruz ele aceitou o pecado de toda a humanidade, ele era o ladrão, ele era o homossexual, ele era o assassino, ele era a prostituta, ele era o próprio Pecado naquela cruz. Este Pecado é a Independência, e foi precisamente por ela que Jesus pagou. É por isso que o texto diz: “Ele o fez pecado por nós” Repare que não está no plural, está no singular: pecado. Este pecado é a independência, na qual o próprio Jesus se transformou naquela cruz. Ele, após 33 anos e meio como um homem perfeito pra Deus agora era o mais detestável dos seres humanos.

E por que Jesus fez isso? Para que a Justiça de Deus se cumprisse. Deus disse: “A alma que pecar, essa deve morrer”. Todos pecaram então todos devem morrer, o homem já nasce condenado ao inferno. Jesus, sendo puro, aceitou pagar essa dívida e morrer no nosso lugar. Através do sacrifício do nosso Amado naquela rude cruz, fomos reconciliados com o Pai, e pudemos ser resgatados para voltar ao Propósito de Deus.

 

Is 53.5,6 – Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.

Traspassar é passar através de. A Santa Palavra nos diz que as nossas transgressões traspassaram Jesus, e as nossas iniqüidades o moeram. O Mestre deixou que os nossos pecados o atravessassem como flechas embebidas em veneno mortal. Sua integridade deu lugar a um poço de pecados, que embora não fossem dEle, ele os assumiu todos na cruz. A palavra moído revela que ele perdeu sua forma naquele momento. Basta comparar um boi vivo com carne moída pra entender um pedacinho do que esse sacrifício fez com o nosso Amado naquela hora. Isaías foi um profeta de um tempo de guerras, afinal, Israel tem um histórico de nação de guerra. Isaías sabia bem o que o fato de ser traspassado significava: a perda de esperança. Quando um soldado via a lâmina da espada sair vermelha de seu abdômen ele sabia que seu fim estava próximo, sabia que ia morrer. A coragem de qualquer soldado iria a zero nesse momento. Jesus também, no momento que viu entrar nele os pecados de toda a humanidade, sabia que ia morrer, já começava a sentir o inferno se aproximando, e o Pai Amado se afastando... se afastando... Lembremos que uma das últimas coisas que Jesus disse naquele horrendo momento foi: “Eli, Eli, Lamá Sabactani!” Que em Aramaico quer dizer “meu Deus, meu Deus, por que me desamparaste?”. Era o sombrio sentimento da morte agarrando e envolvendo de escuridão o seu santo e puro corpo. Seu Sangue já formava poças no chão, e caía sobre Israel e sobre os filhos da Herança. Com o olhar já turvo e cercado de demônios como abutres a esperar sua morte (Sl 22.12-18), Jesus solta seu último suspiro dizendo: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito!”. O espírito, o fôlego de vida que fez Maria ver o menino saudável sair de dentro de seu corpo, agora era visto por ela retornando ao Pai. A alma de Jesus então agarrada por demônios em festa foi arrastada ao âmago do abismo, e o inferno todo o escarneceu… até aquela gloriosa manhã de domingo!

Quando eu era pequeno, eu e meu irmão do meio aprontávamos de vez em quando. Quando ele fazia algo de errado e não assumia, minha mãe interrogava e anunciava o castigo a ambos se o outro não assumisse. Com a vara na mão eu a fitava temeroso e não havia paz em meu coração. Quando enfim ele assumia o que tinha feito, como que um alívio se apoderava de mim, uma paz absurda, e me dirigia para fora do quarto quando o ouvia receber a disciplina. É claro que em outras situações as circunstâncias se invertiam e o culpado era eu, aí era a minha vez de ser “fustigado” (Bem feito pra nós! Ninguém mandava aprontar, não é? Crianças que estiverem lendo este texto: obedeçam aos seus pais, porque isso é agradável ao Senhor!).

Jesus assumiu a nossa culpa diante do Pai. A ira de Deus recaiu sobre Ele e não sobre nós. Ilesos, saímos do quarto enquanto vimos o Autor da Vida ser crucificado por uma culpa não dEle, mas nossa! Enquanto seu sangue escorria no madeiro, nosso sangue era restaurado e nossa dívida de pecado diante do Pai começava a esvanecer como o fôlego de vida em Jesus. Pelas suas pisaduras, fomos sarados...

Ovelhas são criaturas extremamente simples e inocentes. Nelas não existe a malícia que encontramos nos animais selvagens. Se algo oferece perigo, elas morrem antes mesmo de perceber. Se não houver um Pastor elas se desgarram por completo e cada uma segue por um lado. Elas não sabem o perigo que existe nos caminhos que escolhem, razão pela qual nosso Senhor e Salvador disse “Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem.” Jesus nos ajuntou e nos deu a possibilidade de sermos guiados por sua vara e seu cajado.

Deus pagou o maior preço que existe no universo e além pela nossa restauração. Nosso retorno ao Seu Propósito foi marcado por pegadas tintas em sangue inocente, e fomos assim convidados a seguir nosso Pastor, Jesus Cristo, por meio do qual nos foi dada a chance de nos reconciliarmos com Deus pra sempre. Por isso, Ao Senhor agradou moê-lo (Is 53.10).

 

(Poema que escrevi pro Senhor no dia 4 de agosto de 2010)
Tua Cruz


Me ponho a refletir na Tua Cruz Senhor
Porém é muito difícil entender
Provou o Seu Amor por mim provando o meu pecado
Se fartou do fel pesado enquanto Te vi perecer


Pois sem que embora se passaram dois mil anos
Ainda que tenham sido os soldados romanos
Fui eu Senhor! Quem bati os pregos nos Teus pés
Quando na noite passada eu Te vi lavar os meus...


De braços cruzados neguei o Seu Amor
De braços abertos o Senhor olhou para mim
E o chão seco onde preparei a Tua Cruz
Molhado e vermelho restou quando o dia chegou ao fim


E aquele chão árido morto
Marcado de espinhos e escuridão
Na falsa retidão daquele torto caminho
Aquela terra suja Senhor, era o meu coração!


Que ao receber o Teu Sangue perfeito
Drenou cada gota e amoleceu
E o Teu coração a bater no madeiro
Quando enfim parou, Ele fez bater o meu.


E essas minhas batidas, outrora condenadas à morte
Oriundas do meu mal e enganoso coração
Três dias após eu ter batido os pregos
Tornaram-se eternas na Tua Ressurreição!

 

Então meus queridos, que nunca venhamos a esquecer o preço alto que foi para Jesus pagar pelo nosso Pecado, pela nossa independência.

 

Que a Paz seja com todos,

Guilherme Wilson.

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