At 2.36 – Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo.
Jesus Cristo. O nome “Jesus” nós sabemos que o Verbo recebeu de Deus quando se materializou naquele bebê gerado em Maria. Mas... e o nome Cristo? Ora, porque fica bem claro na passagem que Deus o fez SENHOR e CRISTO. São duas coisas.
“O Cristo” é um nome que embora não seja citado no Velho Testamento aparece 539 vezes no Novo Testamento, e é sempre acompanhado por muita expectativa. Ora, a verdade é as profecias diziam que haveria de se levantar um descendente de Davi que iria restaurar a Israel e derrotar para sempre seus inimigos. Este era o “Messias”, ao qual também era dado freqüentemente o nome de “O Cristo”. Ele seria um rei eterno sobre o povo de Israel e sua vinda era aguardada incessantemente pelo mesmo.
Israel se tornou colônia do império romano, e um rei gentio agora oprimia fortemente a nação, cobrando impostos e se proclamando rei supremo. Ora, as escrituras judaicas dizem que a alma de um gentio vale menos que a de um animal, então, se esse animal fosse um cachorro, imagine o que devia ser o povo israelense ter que se reverenciar à um cachorro na concepção deles! Eles queriam um rei que derrubasse a César de seu trono e convidaria assim os maiorais dos sacerdotes e políticos judeus para formarem seu “grupo de conselheiros”. Havia expectativa do povo humilde, porque esperavam um rei que iria acabar de vez com a fome na nação. Resumindo, A vinda do Cristo era aguardada com muita esperança pelo povo.
O que Pedro quis dizer naquele célebre discurso foi que Jesus foi feito o Cristo, que agora aquele homem mandado pra cruz era o rei que Israel tanto esperou. Jesus, agora era Jesus Cristo. Porém também era o Senhor.
No português a primeira coisa que nos vem à mente é: Senhor é um título de respeito. A palavra que define o real significado deve ser retirada do grego: Kyrios, que significa Senhor de escravos. A autoridade que um senhor de escravos tinha sobre os mesmos era até mesmo sobre a própria vida daqueles que pertenciam a ele. Pedro naquele momento estava dizendo: Deus, Todo-Poderoso, fez de Jesus o Cristo e o Senhor sobre todos vocês! Agora não fica difícil entender como puderam compungir o coração naquela hora, não? Ele, Jesus Cristo, agora estava assentado no trono de Davi, porém não um trono terreno, mas um Trono Eterno!
Fp 2.9-11 – Pelo que Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o Nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus Pai.
Este texto é a continuação de Fp 2.5-8, onde a Palavra nos falou da humilhação de Jesus. Sabemos que a humilhação do nosso Mestre foi sobremaneira grande, assim pois sua exaltação foi sobremaneira grande! Podemos concluir que a medida da humilhação de Jesus é a mesma medida com que foi exaltado. Por essa mesma razão a Palavra nos diz que quem quiser ser grande no reino dos Céus deve ser pequeno aqui.
Qual é o nome que está acima de todo nome? Nós não sabemos. A glória de um nome está em conhecê-lo. Uma vez descoberto a identidade de alguém, esse alguém passa a ser alguém conhecido, e seu nome não mais nos chama atenção. Mas o Nome que Jesus recebeu... é diferente de tudo. Na passagem de Ap 19.12 diz que Jesus Cristo tem nele um nome escrito que NINGUÉM conhece, senão ele mesmo. Eu creio ser este o Nome que está citado na passagem de Felipenses.
Este Nome precioso tem uma razão: Para que a glória do Pai seja conhecida nEle por toda a existência. Para dobrar todos os joelhos, e fazer toda língua confessar a Jesus como Senhor. Senhor, quer dizer Kyrios, isto é, Senhor supremo ao qual nossa vida pertence.
Graça e Paz sejam com vocês,
Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.
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