Pesquisar este blog

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O que penso sobre o Natal

 

Chega agora o fim do ano, e alguns dilemas começam a ser levantados. Natal, comemorar ou não? Nascimento de Jesus? Festas? Símbolos natalinos?

Como nerd que sou sempre fui compelido a pesquisar sobre aquilo que me intriga. Em busca de entender os símbolos natalinos eu revirei a internet em busca de respostas, e descobri algumas coisas interessantes.

Para quem não sabe, o nome “natal” é sinônimo de “nascimento”, e nesta data é comemorado o nascimento de Jesus. A comemoração foi instituída pela igreja católica, que em busca de agradar a gregos e troianos uniu conceitos bíblicos e pagãos. Por conta disso e de outras influências, foram incorporados às festividades alguns símbolos como a árvore de natal, guirlandas, tipos de comida, Papai Noel e duendes, renas, trenós e presentes. Pouco a pouco o Natal deixou de ser uma data cristã e se tornou comemoração secular na maior parte do mundo. A Coca-Cola trouxe a figura do Papai Noel gordo e barbudo vestido de vermelho, para incentivar os princípios capitalistas e criar uma associação da garrafa à data. O comércio é acentuado nesta época do ano, e rende milhões para os cofres públicos e privados.

Os encontros familiares são intensos em sua grande maioria, e até mesmo parentes que não se dão bem fingem perfeitamente no fim do ano. Luzes iluminam a cidade, o terror corre solto nas granjas de perus e outras aves “natalinas”, enquanto o trânsito caotiza em cidades grandes. Dezenas de incentivos fiscais são criados para favorecer o máximo faturamento, e o clima parece ser outro, como se fosse um momento completamente diferente do resto do ano.

Arrisco dizer que Jesus, na grande maioria das vezes, nunca foi e nunca será o foco no Natal, que ironicamente é a comemoração do seu “aniversário”. Existe toda uma mobilização satânica instaurada para impedir qualquer reflexão a respeito de Cristo nesta e em outras datas e é curioso verificar a forma como a mídia rapidamente se esquiva do Natal após o dia vinte e cinco de dezembro e volta profundamente o foco para a “virada do ano”. Nunca foi, e nunca será proveitoso a qualquer veículo de comunicação capitalista, falar de Jesus.

Quais são as minhas considerações a respeito então? Primeiro é importante verificar que a única vez retratada na Palavra de Deus em que o nascimento de Jesus foi comemorado, foi no nascimento de Jesus. Em nenhum dos demais capítulos vemos retratada tal comemoração, o que nos mostra claramente que a criação da comemoração pela igreja católica nada mais é do que uma “política de pão e circo” para segurar os fiéis, por todo o império romano. Não vemos os irmãos na Igreja Primitiva comemorar o Natal, porque não havia nada de importante nisso para eles. O compromisso deles era com a obra constantemente, trezentos e sessenta e cinco dias no ano, e era ilógico terem uma data para comemorar o nascimento de Jesus, quando eles já comemoravam o esvaziamento do Verbo e a ressurreição de Cristo diariamente, proclamando sem cessar estas verdades.

Em segundo lugar é importante ressaltar que a data vinte e cinco de dezembro existe devido à um contrato entre igreja católica e estado romano, devido à comemoração da Saturnália, festa pagã muito comum entre os povos aderidos ao império romano. Era necessária a criação de praticas populares, isto é, com boa aceitação pela população geral, e como o Cristianismo agora era “comandado” por um povo independente de Deus, o Espírito Santo não traria muita revelação. Era necessário criar alguma distração para manter o “povo de Deus” unido. Jesus provavelmente nasceu em meados de Abril, e essa data não é comemorada por ninguém.

A única data comemorada pela Igreja no Novo Testamento é a páscoa, e mesmo assim por causa da origem judaica dos primeiros irmãos. Vemos a Igreja comemorando a ceia de forma diferente à ensinada por Moisés, e isso não em uma data fixa, mas várias vezes ao ano, sempre que uma boa ocasião acontecia entre os irmãos. Assim, chegamos à conclusão de que não era do feitio da Igreja Verdadeira comemorar datas de nenhum tipo, mas comemoravam as vitórias de Cristo sobre o inferno e a morte constantemente.

Na época da Páscoa eu gosto de comprar ovos de chocolate. Por quê? Porque é um tanto interessante comer um chocolate no formato de ovo, só por isso. Eu não comemoro a Páscoa, não sou judeu, sou discípulo de Jesus, eu comemoro as vitórias de Cristo, e sempre, não em uma data específica. No Natal eu gosto muito das luzes enfeitando a cidade, do jantar com a família no dia vinte e quatro, das cantatas e teatros, mas não por causa do Natal, apenas porque acho bonito. Eu não comemoro o Natal, apenas curto o momento.

A única coisa a que devemos nos ater é entender que, se colocarmos o foco nessas festividades, tiramos o foco da real obra, que deve acontecer durante todo ano, isto é, fazer discípulos, batizando-os e ensinando-os a guardar todas as coisas que Jesus ordenou (Mt 28.18-20). A palavra “entretenimento” já diz tudo: entreter, isto é, distrair. Toda a mobilização satânica visa entreter a Igreja, de forma que não seja efetiva a todo tempo, e deixe passar batido as oportunidades colocadas pelo Espírito de Deus para agirmos. As comemorações seculares servem como entretenimento intenso, e todo discípulo deve buscar a constância e a intimidade com Deus. Se nos envolvemos com a obra, estamos sempre atentos, e não distraídos, e então fica fácil assistir as luzes no Natal sem que isso roube a atenção. É assim que eu penso.

Uma outra estratégia de satanás para derrotar a Igreja durante datas como essa é levantar contendas entre irmãos. Aqueles que são veementemente contra as festividades se entravando com aqueles que não veem problema nelas. O ego toma conta e se esvai toda a unção do Espírito. A saída para isso é lembrar do que a Palavra nos ordena quanto às questões de divergência:

“Ora, quanto ao que está enfermo na fé, recebei-o, não em contendas sobre dúvidas.
Porque um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come legumes.
O que come não despreze o que não come; e o que não come, não julgue o que come; porque Deus o recebeu por seu.
Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai. Mas estará firme, porque poderoso é Deus para o firmar.
Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente.
Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz e o que não faz caso do dia para o Senhor o não faz. O que come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e o que não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus.
Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si.
Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor.
Porque foi para isto que morreu Cristo, e ressurgiu, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos mortos, como dos vivos.
Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo.
Porque está escrito: Como eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim, E toda a língua confessará a Deus.
De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.
Assim que não nos julguemos mais uns aos outros; antes seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao irmão.
Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nenhuma coisa é de si mesma imunda, a não ser para aquele que a tem por imunda; para esse é imunda.
Mas, se por causa da comida se contrista teu irmão, já não andas conforme o amor. Não destruas por causa da tua comida aquele por quem Cristo morreu.
Não seja, pois, blasfemado o vosso bem;
Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.
Porque quem nisto serve a Cristo agradável é a Deus e aceito aos homens.
Sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros.
Não destruas por causa da comida a obra de Deus. É verdade que tudo é limpo, mas mal vai para o homem que come com escândalo.
Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras coisas em que teu irmão tropece, ou se escandalize, ou se enfraqueça.
Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova.
Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque não come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado.”  (Romanos 14:1-23)

Não preciso fazer nenhum comentário à respeito deste texto bíblico, está bem clara a posição do Senhor diante de tudo.

Que não venhamos a deixar que NADA retire a nossa atenção do Senhor nessa época, e que venhamos a permanecer perenes, constantes em toda boa obra, como em todo o resto do ano. Somos livres em Cristo, e nosso coração deve permanecer nEle.

Que a graça do Senhor Seja com todos e que Deus os abençoe.

Enorme e carinhoso abraço,

Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.

domingo, 16 de outubro de 2011

Um convite à boa parte [4]

 
Antes de qualquer coisa, vamos dar uma olhada no texto que está em Lucas 10.38-42:
1 E aconteceu que, indo eles de caminho, entrou Jesus numa aldeia; e certa mulher, por nome Marta, o recebeu em sua casa;
2 E tinha esta uma irmã chamada Maria, a qual, assentando-se também aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra.
3 Marta, porém andava distraída em muitos serviços; e, aproximando-se, disse: Senhor, não se te dá de que minha irmã me deixe servir só? Dize-lhe que me ajude.
4 E respondendo Jesus, disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária;
5 E Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada.
-----//-----
Nossa… foi Marta quem o recebeu em sua casa! Confesso que nunca tinha percebido isso antes! (Valeu por mais essa Senhor!)
ATENÇÃO: Os detalhes da narrativa a seguir são fruto da minha imaginação para esse evento tão importante, todos os direitos autorais do evento no original são reservados ao Autor da Vida, hehe.
Estava quente. Marta viu Jesus chegando no vilarejo. Seu irmão Lázaro era amigo do Mestre e era como se fosse da família também. Ela convidou Jesus para entrar, e enquanto isso se lembrava de que precisava por a casa em ordem. Organizada e caprichosa, Marta acreditava que receber visitas com a casa desarrumada não era nada adequado, então era preciso agir rápido.
Jesus entrou e se assentou. A longa caminhada que havia feito nos faria refletir sobre o pecado que é murmurar pela superlotação nos ônibus, e ele estava cansado. Maria ficou muito feliz com a chegada do Rabi e rapidamente foi buscar um pouco de água e lhe deu a beber. Maria adorava ouvi-lo. Desde que Jesus se tornara amigo de Lázaro o sentimento de família havia ficado muito forte.
Marta, de longe, sistemática como sempre, olhava aquela conversa e se perguntava no íntimo: “Quando é que Maria vai se tocar e vir me ajudar também? Será que ela não entende que eu também gosto de ouvir Jesus ensinando? Mas responsabilidades são responsabilidades. Jesus bem que podia orientá-la a me ajudar, sei que ele vai fazer isso assim que perceber uma oportunidade, sei que vai dizer a ela.” Enquanto isso Jesus, pelo poder do Espírito Santo, sabia tudo o que estava se passando no coração de Marta.
dez minutos e nada, vinte e menos ainda… uma hora se passara e Jesus empolgado falava sobre o coração do Pai e seu Amor pela humanidade, citando passagens de Gênesis à Malaquias. Os olhos de Maria brilhavam! Marta percebeu que Jesus não estava se incomodando e resolveu “ajudá-lo” a perceber: “Jesus, eu acho que Maria se esqueceu que precisa me ajudar a fazer os deveres, imagino que o você esteja sem graça de dizer a ela pra me ajudar, já que ela está tão empolgada a te ouvir, mas não se preocupe, Maria entenderá. Pode pedir a ela que venha me ajudar.”
Naquele momento Jesus parou e olhou para Marta com os olhos cheios de um amor tão grande que só o Filho de Deus poderia demonstrar. Depois de um breve, porém reflexivo espaço de tempo, ele respondeu a moça dizendo: “Marta, Marta… porque é que você sempre espera que eu dê tanto valor ao que você faz? Desde que cheguei você se pôs a trabalhar e arrumar a casa, mas eu não vim visitar a casa, vim visitar você. Maria pois escolheu a boa parte, e eu não vou tirar isso dela.”
“Boa parte…” Aquelas duas palavrinhas, embora enigmáticas, trouxeram consigo rapidamente o significado. Jesus fizera todo aquele esforço para estar com aquela família, não importava o estado da casa, importava o estado do coração delas.
Embora tudo aí em cima tenha uma boooa pitada da minha imaginação, eu creio sinceramente que aconteceu assim. Ao ler esta passagem é como se eu visse uma filmagem da cena, e me faz refletir sempre.
-----//-----
Dois erros são passíveis de serem cometidos pelos discípulos de Jesus.
O primeiro é a negligência à obra, acreditando que o serviço na Igreja está relacionado apenas à vida de alguns “irmãos muito abençoados”. Nessa situação nos tornamos infrutíferos e secos, e aí temo que a analogia da Videira e do Agricultor deva gerar temor em nós. Ainda englobando a negligência, existe o problema de fazer de forma desleixada. Jesus nos deu uma ordem a cumprir e uma maneira de cumpri-la, não pode ser feita de qualquer jeito. Eu por exemplo, careço demais da misericórdia do Senhor, pois sou remisso muitas e muitas vezes, deixando de fazer a obra que o Senhor me ordenou a fazer.
O segundo erro é ainda mais perigoso que o primeiro: Muitos chamam de “dar o melhor pra Deus”, ou “fervor na obra”, eu chamo apenas de “carregar as pedras que o Senhor não colocou em nosso carrinho de mão” (em recorrência da pregação “A Cruz”, ministrada por Eliseu Moreira, link: http://fazendodiscipulos.com.br/ensinos/podcast/2007/cruz-parte-1-eliseu-moreira/).
O homem caiu por desejar exatamente o mesmo que quis satanás: Glória. Uma das maiores sequelas da independência é que nós, em nossa carne, conceituamos o valor de qualquer coisa pela glória que pode proporcionar. Dizemos que algo é o melhor referenciado naquilo que conhecemos. Assim como a filhinha que convida o papai para tomar chá em xícaras de plástico preenchidas por ar, temos a tendência de querer sempre fazer algo “excelente” para com isso glorificar a Deus. Frases como “Deus merece o meu melhor” são extrema verdade. O grande problema é que somos incapazes de diferenciar xícaras de plástico cheias de ar, das xícaras de porcelana com um delicioso chá fino. Nós usamos os termos “excelente” e “o melhor”, sem conhecermos de fato o que é o melhor e o que é excelente. Só em Jesus podemos aprender isso, porque Ele é o próprio Deus.
Um dia vou sorrir para minha querida Sarah e ensiná-la como é feito o chá de verdade. Mostrar a ela que muito além do prazer da imaginação da brincadeira, existe também o prazer de sentir o cheiro e o sabor do chá verdadeiro. Mas… e quanto a mim? Será que já não é hora de sentar com o Papai e ouvi-lO me ensinar aquilo que realmente O agrada? Será que vale a pena me ater a tantas coisas e me lançar numa obra gigantesca e extremamente diligente, quando o Senhor me diz que não veio para ver a louça lavada, mas para estar comigo? Ah Jesus… como eu preciso aprender isso de fato!
Eu quero escolher a boa parte, quero ficar aos pés do Senhor e te ouvir Jesus!
Que o Senhor toque nossos corações e nos mova a, como Igreja, entendermos que aquilo em nós que é atraente ao noivo é o nosso coração apaixonado por Ele, e não as obras que realizamos. Se permanecermos sempre junto a Ele, Ele mesmo nos direcionará à obra certa no momento certo, e do jeito dEle. E assim, de modo algum vamos errar, ou carregar pedras a mais em nosso carinho de mão, as quais proveito algum tem para Ele e só servem para nos cansar e desanimar.
Não podemos dar o melhor pra Deus enquanto o nosso melhor não for passar tempo com Deus.
Graça e Paz,
Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Santo, Santo, Santo! (by Ted)

Queridos, Neste post fazer algo diferente, vou postar algo que o Ted, grande amigo e discípulo de Jesus escreveu. Achei tremendamente edificante e espero que sirva de edificação a cada um de vocês! Grande abraço a todos e agora é com o Ted!

-----//-----

Uma coisa que quero dividir é sobre o ter Jesus como o centro como a nossa suficiência. No mundo nós jovens somos diariamente bombardiados pelo mundo e pelas ofertas de satanás em nos seduzir e tentar de todas as formas tirar a pessoa de Jesus como suficiente para nós. Queridos eu quero aqui animar vocês. Jesus quer ser suficiente para nós, ELE quer ser preferido. Hoje como jovens sentimos a necessidade natural de termos alguém (homem ou mulher) do nosso lado, e Deus na sua bondade nos concede em muitos casos esse presente vindo dos céus. Mas o que eu quero vos atentar é que ELE quer ser essa companhia, esse alguém, independente Ele dando ou não. Ele quer ver jovens fortes, resistindo ao pecado, jovens santos. Olhemos por exemplo a vida de José. José não foi em todo tempo um homem que por grande alegrias. Ele sim foi muito provado, e como foi provado!!! Mas o que Deus quis de josé, Ele conseguiu, que foi ter um servo santo, que o agradace em santidade e pureza. José agradou a Deus vivendo essa pureza e se guardando e tendo Deus como o único Deus numa época de extrema idolatria a um homem, faraó que pelos povos antigos era considerado como um deus na terra. Mas José em sua pureza e santidade e separação para Deus, ele se posicionava com graça e sabedoria honrando ao seu Deus, o todo poderoso aquele que era, que é e que há de vir. Aleluiaaa....

Só existe um atributo de Deus que é elevado ao terceiro grau de repetição nas escrituras, só há uma característica do Deus todo poderoso que é comunicada no superlativo. Na boca dos anjos, a bíblia não somente diz que Deus é santo, ou que ele é santo, santo. Mas diz que Ele é santo, santo, santo, a ELE OUVIIII!!! A bíblia não diz que Ele é misericórdia, misericórdia, misericórdia, ou amor, amor, amor, ou justiça, justiça, justiça ou ira, ira, ira. Mas sim que Ele é Santo, santo, santo. Quem somos nós para ter sido objeto de sua misericórdia? Eu não sei porque eu? Pois se olhar para algum motivo dentro de mim, tudo que verei será minha pecaminosidade. E ao contemplar sua santidade eu fico mais consciente de meu pecado. E ao contemplar sua santidade e meu pecado então eu entendo que mereço sua ira justa, a luz da sua santidade contra a minha pecaminosidade e vejo que eu mereço pela minha pecaminosidade a eternidade no inferno.

Nossa visão de pecado irá mudar se Ele te der uma paixão pela santidade de Deus, vocênão pensará mais em pecado como magoar o homem, mas como uma desonra a Deus. Você não pensará mais em pecado como uma escolha pelo prazer, mas como a perda do prazer. Você pensará que a justiça de Deus é Seu compromisso de sempre estar certo consigo mesmo, ou seja, de exaltar sempre o que é digno: Sua própria santidade e sua glória.

Com mais uma coisa eu ressalto. Deus quer que seus filhos sejam semelhantes a Jesus, e ELE também quer através do seu Espírito que é Santo revelar Jesus a nós. Mas o pai só revela o filho para aqueles que se humilham e reconhecem quem Cristo é.

“A pomba é um animal sensível de aparência inocente e ela não desceu sobre uma cobra e nem sobre um leão, mas sim sobre um cordeiro que é manso.” Carlos Cardoso

-----//-----

Agora, sou eu Gui de novo, hehe. Espero que tenha edificado vocês assim como me edificou! Hoje ou amanhã devo postar de novo de próprio punho. Obrigado Ted pelo texto abençoado e obrigado a todos por acompanharem o blog! Que Jesus abençoe vocês

No Amado,

Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.

domingo, 25 de setembro de 2011

Um convite à boa parte [3]

I Pe 1.8 – a quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória.

Que coisa incrível é ter comunhão com Deus. A independência tornou nossa carne escrava dos sentidos, de forma que somente aquilo que passa pelos nossos cinco sentidos, passa por verdade. Toda a ciência é baseada neles, todo experimento gera “leis” e “teses” quando provado por eles. Sendo assim, como podemos ter fé em algo que não gera reações físicas no nosso corpo? Como crer em alguém que não vimos? Essas perguntas são as que alicerçam os conceitos de muitos doutores e mestres da ciência.

Bom, ao meditar em no texto que está em Lucas 10.42 vemos que Maria estava literalmente aos pés do Senhor, aprendendo dele, vendo-o, ouvindo-o, sentindo-o. No entanto quando vemos a realidade da Igreja descrita em Atos dos Apóstolos vemos que a situação é bem diferente. Eles não tinham mais Jesus corporalmente entre eles. Este texto da primeira epístola de Pedro foi escrito bem depois que o próprio Pedro viu Jesus ascender aos Céus, no entanto podemos perceber um êxtase em suas palavras!

A comunhão com Deus não acontece por meio do corpo, mas por meio do Espírito Santo. É até complicado discernir com clareza os sentidos espirituais não é? Quantas vezes ouvimos e até usamos esses termos em nossas descrições de nossos tempos com Deus: “eu ouvi o Senhor falar comigo”, “eu senti muito forte a presença de Jesus”, “eu sinto o abraço carinhoso de Jesus nesse momento”, “eu sinto o doce perfume de Cristo sobre a Igreja” entre tantas outras frases similares! A verdade é que nossa comunhão com Deus cria em nós novos sentidos!

Sabe por que temos apenas cinco sentidos? Porque nosso corpo possui apenas cinco formas de se comunicar com o ambiente e isto é, através dos mecanismos do ouvido interno, das células sensitivas da pele, das papilas gustativas na língua, das células sensoriais no nariz e das células sensoriais na retina dos olhos. Devemos lembrar que o mesmo Deus que fez nossos cinco sentidos, fez cada um desses meios de comunicação. Quantos mais meios devem existir então? Já pensou nisso? Lembra que Jesus sabia o que estava no coração daqueles que estavam próximos a ele? Esse sentido é diferente, e veio do Pai! Quando Ananias e Safira pecaram, como foi que Pedro ficou sabendo sem nem mesmo eles terem falado? Porque o Espírito Santo o revelou! Aleluia! Somos livres de nós mesmos por meio dos sentidos incontáveis que o Jesus nos concede através da comunhão com Deus!

É por isso que o texto diz que “a quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória.” Porque não precisamos ver com nossos olhos carnais para exultarmos de alegria com a doce presença dEle, para O amarmos de todo nosso coração e crermos nEle totalmente!

Quando eu percebo que alguém que não conhece o Senhor tenta a todo custo me convencer de que eu estou maluco por crer no Senhor, eu costumo dizer assim “Está vendo a Lua no Céu? Eu creio mais em Jesus Cristo ressurreto do que na Lua!” Geralmente isso faz a pessoa ter dois pensamentos: Ou “esse cara é maluco mesmo, nem adianta tentar” ou “este cara realmente crê nesse tal de Jesus, porque será que isso acontece com ele?”.

Como é que desenvolvemos nossos sentidos carnais? Usando-os. É por isso que quando crianças pequenas aprendemos coisas como: o que são as cores, o que cheira bem ou mal, o que é bom de se comer e o que tem gosto ruim, se a panela está quente ou não, e tantas outras coisas. Ao passarmos tempo com nossos pais carnais aprendemos com eles a usar os cinco sentidos.

Como é que desenvolvemos nossos sentidos espirituais? Passando tempo com nosso Pai Celestial, e aprendendo com Ele a usar esses sentidos! Quanto mais tempo passamos junto com Jesus, mais e mais podemos senti-lo e nos encher de alegria por estarmos com Ele! Aleluia!

“Maria escolheu pois a boa parte, e esta não lhe será tirada.” (Lc 10.42)

Que o Senhor abençoe ricamente cada um de vocês, meus queridos.

No amor do Pai,

Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Um convite à boa parte [2]

Jo 17.3 – E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.

Muito se ouve falar em vida eterna com o sentido de um viver novo em um lugar celestial, o Céu. Muitas canções foram escritas exaltando o momento sublime que iremos passar ao adentrarmos os portões da Cidade Santa, a Nova Jerusalém. Aleluia! É realmente maravilhosa a expectativa que enche o nosso coração, de enfim vivermos no Céu, para todo sempre!

O grande problema é que a vida eterna não começa no Céu. Ela não é um lugar, ela é um viver. Para entendermos melhor o que é a vida eterna, vamos pensar um pouco primeiro naquilo que é a vida “não-eterna”.

Qual o motivo da vida? Mesmo que vários cientistas tentem a todo vapor associar a matéria animada com a matéria inanimada, e dizer que somos apenas um conjunto complexo de arranjos moleculares, existe uma coisa, um pontapé inicial que eles nunca puderam explicar: a vida.

É fato que somos 75% compostos de moléculas de água, e dos 25% de massa seca a maior parte é formada por moléculas de carbono. Se olharmos dessa forma, muitas rochas possuem formação parecida com a nossa, e não são vivas. Algo mais profundo de alguma forma diferencia o animado do inanimado, a matéria morta, inerte, da viva.

Vemos na Palavra (Gn 2.7) que Deus formou o homem do pó da terra (daí nossa semelhança molecular com algumas rochas) e depois o que Ele fez? Soprou o fôlego de VIDA em suas narinas. A vida naquele momento possuía a função de tornar animado um corpo de barro, e transformá-lo na obra de arte máxima de Deus: o corpo humano.

Mas então, porque a morte surgiu? A palavra diz (Rm 5.12) que a morte entrou no mundo através do pecado do homem. O fim da vida representa o desligamento com o Criador, a separação, o retorno à matéria inanimada. Devido ao pecado, toda a matéria foi condenada ao fim da vida, à destruição. Deus em sua infinita bondade e misericórdia, Resolveu o problema da morte da alma através de seu Filho Jesus Cristo, o qual morreu em uma rude cruz pelos pecados de toda a humanidade, concedendo à todos uma chance de serem redimidos, e serem reatados ao seu Criador.

A estratégia magnífica aqui é fazer Jesus viver em nós dia-após-dia enquanto nosso velho eu é morto, também diariamente. A nova vida começa no batismo, quando somos colocados em Cristo, enxertados na Videira Verdadeira.

O que é a vida eterna? A vida eterna é o contato eterno com o Criador, é a vida nEle, e provarmos da presença dEle eternamente, e basta lembrar aqui que o “eternamente” inclui também o hoje.

Isto eu digo porque da mesma forma que muitas canções foram escritas exaltando a vida que há de vir no Céu, existem também canções de lamentação quanto ao tempo que passamos aqui. Não apenas músicas, mas palavras, ensinos, sermões e outros. É como se dissessem: não existe alegria enquanto não morrermos, não existe vida plena enquanto não pisarmos as ruas do Céu. Isso não é verdade, pois a vida eterna é esta: “Que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo à quem enviaste.”

Existe uma larga diferença entre vivermos inconformados com as atrocidades deste mundo e vivermos lamentando, infrutuosos, pelos cantos, como se estivéssemos em uma cadeia, implorando pela liberdade. Jesus nos fez livres naquela Cruz, e fez isso com uma razão específica, a de sermos sal e luz nessa Terra.

Como seremos sal e luz se focarmos nosso tempo aqui como algo totalmente penoso e insuportável? Nos fecharemos em casulos esperando o arrebatamento? Enterraremos pois o talento que nos foi confiado até a volta do Senhor? Não!

Ter vida eterna ter Jesus vivendo em nós e através de nós. É conhece-lo e prosseguir em conhece-lo (Os 6.3). É deixar a vida dEle em nós contagiar à todos quanto vivem conosco. As limitações que a carne nos impõe não podem ser motivo para atrofiarmos os músculos espirituais que recebemos no batismo.

Que venhamos sim, entoar canções exaltando a maravilha que há de ser entrarmos para viver eternamente com o Senhor no Céu, mas que também venhamos a entoar canções que são canções de batalha, fortes e destemidos para viver e fazer toda a vontade do Senhor aqui, enquanto Ele não vem nos buscar. Que nossas vidas possam revelar que a vida eterna começa aqui, conhecendo a Deus e a Jesus Cristo, a quem Ele enviou. Que venhamos a desfrutar da vida eterna, estando atentos a aprender com o Senhor, aos Seus pés.

“Maria escolheu pois a boa parte, e esta não lhe será tirada.” (Lc 10.42)

No Amado,

Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Um convite à boa parte [1]

Jo 15.15 – Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu Senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer.

Ali você está, sentado naquela mesa junto aos outros colegas de trabalho. No fundo da sala uma porta, e nessa porta um letreiro: “Diretor Geral”. Você sabe que o nome do homem lá dentro é Sr. Almeida, muito embora isso seja somente o sobrenome. Você o vê algumas vezes no mês, já o cumprimentou em certas ocasiões, mas não tem costume de falar com ele, afinal... Ele é o seu chefe.

Vocês dois possuem um relação bastante simples: você trabalha pra ele, ele paga o seu salário. O que ele faz? Como ele faz? Bom... Isso você não sabe. Justamente por não saber, seu trabalho não é tão empolgante às vezes, e a falta de visão do processo te deixa entediado, então você pensa: “Nossa, se eu tivesse apenas chance de conhecer meu chefe e em que ele trabalha, seria demais!”. Infelizmente, o relógio grande de parede logo à sua frente te lembra do fim do expediente e você precisa voltar aos serviços, desempenhar bem sua função, e evitar que aquele atrás dos letreiros te corte da folha de pagamentos.

Tenso não? Essa é a realidade de muitos profissionais, pessoas que tem servido a diretores e presidentes de empresa por longos anos, sem conhecer nada além daquilo que vem na pilha de formulários.

Jesus não é um chefe.

Ele não paga o seu salário, Ele próprio é a porção da sua herança. Ele não paga seus alimentos, Ele te convida a sentar-se à mesa que Ele mesmo é. Não te dá férias, Ele promete aliviar todos quantos estão cansados e sobrecarregados.

Aquele letreiro não existe.

O projeto de Jesus não é transformar-nos em um exército de proclamadores muito bem treinados e exercitados em toda função dentro do Reino de Deus. Ele quer preencher os corações de seus discípulos com aquilo que recebeu do Pai até que suas vidas transbordem de alegria perante o mundo, derramem amor por onde andarem, e iluminem as trevas em qualquer situação.

Não. Ser um discípulo de Jesus não se trata de um simples treinamento espiritual, um acúmulo de conhecimentos teóricos recebidos de alguém por trás de um letreiro, ser discípulo é receber TUDO o que Jesus recebeu do Pai, porém dEle Próprio. Não é possível que nos apaixonemos por aquilo que fazemos se enxergarmos os benefícios apenas como sendo o contracheque no fim do mês. Não fomos chamados a uma profissão, fomos chamados à uma vida.

Jesus é o Caminho, A Verdade e A Vida. Não é pesado viver pro Senhor, é pesado viver sem Ele. Não é pesado tirar tempo pra orar, jejuar e meditar na Palavra, o pesado é ver o coração definhar arraigado a coisas mundanas, enganado, como se daquilo precisasse para viver. Pesado, é conseguir atender à dura demanda da indústria do entretenimento, da moda e do consumismo. Eles inventam tantas coisas para se distrair e nos distrair que fica difícil até escolher o que fazer! Pesado é molhar as solas dos pés em um oásis secando, sob um sol escaldante, ao invés de mergulharmos em conhecer DE GRAÇA ao nosso Criador, nosso Salvador, e nosso Senhor.

Jesus nos deu o direito de sermos Seus amigos, e a minha oração é que Ele atraia fortemente meu coração nesses dias maus e me faça enfim entender na prática o que significa viver intensamente, em Comunhão com Deus.

Que o Senhor abençoe vocês, meus queridos.

No Amado,

Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Pedra de Edificação ou Pedra de Tropeço?

                           

Mateus 16.13-23

13 Tendo Jesus chegado às regiões de Cesaréia de Felipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem?
14 Responderam eles: Uns dizem que é João, o Batista; outros, Elias; outros, Jeremias, ou algum dos profetas.
15 Mas vós, perguntou-lhes Jesus, quem dizeis que eu sou?
16 Respondeu-lhe Simão Pedro: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
17 Disse-lhe Jesus: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelou, mas meu Pai, que está nos céus.
18 Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela;
19 dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares, pois, na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus.
20 Então ordenou aos discípulos que a ninguém dissessem que ele era o Cristo.
21 Desde então começou Jesus Cristo a mostrar aos seus discípulos que era necessário que ele fosse a Jerusalém, que padecesse muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes, e dos escribas, que fosse morto, e que ao terceiro dia ressuscitasse.
22 E Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá.
23 Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, Satanás, tu és para mim pedra de tropeço; porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens.

Eu sempre li esta passagem separada em duas partes: a primeira quando Pedro dá a resposta gloriosa ao Senhor e a segunda quando Jesus o chama de Satanás. Talvez por causa disso eu nunca tinha entendido bem a seriedade e o porquê de Jesus chamar a Pedro de Satanás. Em todo o NT apenas uma outra vez Jesus re refere à um discípulo assim, e este é Judas:”Respondeu-lhes Jesus: Não vos escolhi a vós os doze? Contudo um de vós é o diabo.” (Jo 6.70).

Desta vez, ao passar por este texto de Mateus eu fui surpreendido por uma expressão de ligação entre as duas partes: “desde então” (vs. 21) e então eu percebi que muito pouco tempo se passou desde o momento em que Jesus abençoa a Pedro dizendo ser ele pedra de edificação e o momento em que o amaldiçoa, chamando-o de pedra de tropeço.

Agora, o que são essas pedras?

A Pedra de Edificação, é chamada também na Bíblia como Pedra Angular. Esta pedra, em um tempo de arquitetura e engenharia rudimentar, era de extrema importancia para garantir o sucesso de toda uma contrução. Os cálculos eram todos feitos tendo como base esta pedra que era colocada logo no início da edificação. Base. Esta é a palavra que define a pedra de edificação, a base sólida e robusta para uma contrução. Ela garante o sucesso daquilo que será construído em cima.

Já a Pedra de Tropeço é mais fácil entender. Quando caminhamos, nosso sistema motor julga que o percurso à nossa frente é plano e perfeito, e a única coisa que nos faz desviar de um obstáculo, são os nossos sentidos. As frases “veja aonde pisa” e “preste atenção no caminho” são exemplos que mostram a nossa necessidade de percepção para evitar acidentes. Esses acidentes acontecem quando por exemplo quando tropeçamos em uma pedra. A pedra de tropeço é aquela que se interpõe no caminho, e possui única função de nos fazer cair ou no mínimo nos distrair.

Será possível que uma mesma pessoa possa agir como Pedra de Edificação e Pedra de Tropeço? Sim, pois é precisamente isso que esta passagem nos diz. Pedro foi chamado das duas coisas por Jesus em um curto espaço de tempo. Mas então, o que define se estamos sendo uma coisa ou outra?

Veja que quando Jesus perguntou aos discípulos sobre quem diziam que Ele era, todas as respostas dadas foram carnais, isto é pela carne não era possível enxergar que Ele era o Senhor, mas apenas um profeta. A visão carnal é restrita ao que se vê com os olhos carnais. Quando porém Pedro responde à pergunta dizendo “Tu és o Cristo, o Filho do Deus Vivo”, ele estava concordando profeticamente com TODAS as profecias feitas centenas de anos antes sobre a vinda de Jesus. Naquele momento, não eram olhos carnais que viam, mas olhos espirituais. A Pedra de Edificação é colocada antes de todo o resto, e o desenrolar da construção segue a fé de que a Pedra foi colocada corretamente. Olhos espirituais nos transformam em Pedras de Edificação, quando passamos a enxergar o Deus que faz a obra sobre nós.

Quando porém Jesus começou a falar aos discípulos sobre todas as coisas que deviam ocorrem, as quais tinham sido profetizadas pelos profetas, através do Espírito, Pedro o chamou a parte e começou a reprová-lo. Nesse momento Pedro não conseguiu enxergar nada além do bem estar de Jesus, ele apenas pensou no que seria melhor pra Jesus do ponto de vista carnal. Ponto de vista carnal, isso mesmo. Quando agimos movidos pelo que os nossos olhos carnais nos mostram, nos tornamos pedras de tropeço, atrapalhando a obra, fazendo tropeçar aqueles que andam, enquanto nós mesmos permanecemos ali, imóveis no meio do caminho. Olhos carnais nos transformam em opositores da obra.

O que fazer então? Uma vez que estamos em um corpo feito de carne, jamais estamos livres de agir pelo que vemos carnalmente, mas podemos lutar contra isso. Nos aproximar do Senhor, nos esvaziarmos de nós mesmos, negarmos o próprio conforto, jejuarmos, resumindo: fazer o contrário do que nossa carne nos pede. Se queremos ser usados como Pedras de edificação, que venhamos a entender que isso exige de nós total dependência do Mestre de Obras, e jamais questionarmos o Arquiteto do Universo, nosso Senhor Jesus Cristo, que tem uma Obra Perfeita a ser realizada.

No Amado,

Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.