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domingo, 11 de março de 2012

Voz nas gotas da chuva.

Algumas vezes sentimos o Senhor falando conosco, porém existem outras ocasiões nas quais temos a sensação de que Ele utiliza milhares de vozes em uníssono, nos trazendo uma mensagem muito importante. Hoje foi um dia assim para mim.

Nos últimos anos, enquanto na faculdade, enfrentei gigantes enormes para resistir firme na obra do Pai, dias de propósitos, de oração intensa por uma lista de pessoas, um grande esforço para relacionar com a Igreja, o baixo retorno financeiro das árduas aulas particulares em domicílio, enquanto ainda conciliava os assuntos da faculdade, trabalhos e provas. Não foi fácil.

Subitamente, tudo ficou mais fácil e perfeito. Fui curado de uma doença incurável e aumentei minha gama de alimentação em no mínimo 500%, O Senhor permitiu que eu conhecesse minha futura esposa, pude apresentar um trabalho importante em um congresso internacional, recebi do Pai o emprego que sempre sonhei em ter, contato com a família e com a Igreja de forma constante, um salário muito bom e tranquilidade.

Paz e tranquilidade. Que maravilha, que delícia isso tudo acontecendo, comecei a curtir cada momento, cada dia, só sorrisos e alegria. Hoje, no entanto, o Senhor trouxe uma palavra ao meu coração.

Um irmão muito querido foi usado pelo Senhor no encontro geral da Igreja em BH para fazer um paralelo entre os tempos de Noé e os tempos de hoje. Nesta palavra ele falou sobre a paz e a tranquilidade que vinham sobre os homens até o dia em que a chuva caiu e inundou todos com seus planos, idéias, propriedades e reputações. Assim como aconteceu naquele tempo será na vinda do Filho do Homem sobre as nuvens do céu.

Noé teve de se desprender de tudo para fazer aquela arca. Sem ferramentas e energia elétrica ele a construiu com cento e trinta metros de comprimento, segundo a ordem de Deus. Ele precisou abrir mão do seu tempo, do seu descanso, do seu dinheiro, da sua reputação (afinal ele era tido como um louco ao pensar que realmente ia cair chuva naquele lugar desértico) e ainda assim perseverou até o fim.

Hoje os tempos são assim também, e o Filho do Homem virá quando menos estivermos esperando. O que temos feito pelo Reino de Deus? Eu confesso, muito pouco tenho feito e me envergonho disso. Hoje vejo como a paz e a tranquilidade podem cegar e anestesiar um discípulo de Jesus. Hoje já não passo muito tempo lendo a palavra, nem jejuo com frequência, nem tampouco tenho mantido contatos de proclamação constantes, e sabe por que? Me entristeço em dizer isso, mas tenho agido como a Igreja Laodicéia. No meu íntimo do coração, não existe urgência, existe apenas a manutenção. Não existe ataque, apenas defesa, estou tranquilo, mas Deus não!

Deus nesse exato momento está triste com tantas vidas que se perdem sem conhecê-lo, se entristece ao ver como o meu coração é mal e tende a se afastar dEle quando as coisas vão bem. Nesse exato momento está caindo uma tempestade lá fora, e no meu coração é como se Deus estivesse me dizendo: Estou chorando, mas existe um teto seguro sobre você de forma que você ignora o barulho das minhas lágrimas sobre as telhas do seu orgulhoso coração!

Vejo muitas pessoas adimirando minha vida porém poucas sabem as dificuldades que enfrento comigo mesmo. Hoje mesmo um amado irmão se aproximou de mim e me disse: “Guilherme, eu gostaria de te dizer que o seu exemplo em São João del-Rei, na faculdade, anima muito aos nossos corações. É bom quando temos um testemunho palpável para assegurar o que pregamos e a vida que você teve lá foi um exemplo pra nós.” Na hora que ouvi ele dizer isso… meu coração partiu. Partiu porque embora fosse verdade que perseverei no Senhor lá, eu me assentei no sofá quando a poeira baixou. Me vi na rotina diária: Acordar > Ler a Bíblia tomando café da manhã > Sair > Trabalhar > Voltar > Tomar banho > Relaxar > Dormir.

Na época de Jesus, uma pessoa rica era aquela que tivesse muito mais do que alimento, água e roupa necessários à sobrevivência. Confesso que nessa ótica, eu sou um rico, e sabe o que Jesus disse sobre eles? Disse que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino dos Céus. Misericórdia Senhor!

O camelo era uma corda muito grossa e desajeitada usada para amarrar grandes barcos e navios no cais, e a agulha era a fenda muito estreita formada entre as paredes das casas vizinhas. Sendo assim, o sentido da comparação é: Exige grande esforço e abnegação, perseverança e olhar fixo no alvo para um rico entrar no Reino dos Céus. A ponta da corda pode entortar no meio do caminho e então será necessária uma nova tentativa e quantas mais forem necessárias, vencendo o atrito com as paredes e a moleza da corda a dificultar o trabalho. Não é impossível, mas é difícil.

O grande problema é, nos dias de hoje, comida e roupa são das últimas coisas que nos atraem! Hoje a indústria do entretenimento invade cada pedacinho do cotidiano e atribui a nós o “direito do lazer”. Será que não existe lazer em estar com o Senhor? Será que não é divertido ouvi-lo no nosso coração e ver como Ele trabalha? Existe algo mais emocionante do que ver alguém entender o Reino de Deus e se subjugar ao governo de Cristo? A cultura e os ideais mudaram, mas nosso Deus mudou? Não! Ele permanece o mesmo para sempre!

O mais incrível é que sei que tudo o que está acontecendo comigo acontece porque Deus assim definiu, e então, algo Ele tem pra me ensinar nesse momento. Eu quero voltar a fita e destinar a Deus o que é de Deus. Ser um bom empregado, futuramente um bom marido e pai, mas antes disso, eu quero enxergar o mesmo sorriso que vi nos olhos do Pai quando na luta do cotidiano da faculdade eu me refugiava nEle, e como Davi entoava cânticos de adoração e gratidão. Quero cumprir o que Ele deseja que eu cumpra, como alguém que deseja verdadeiramente crescer no Pai, e amá-lo de todo o coração, de toda alma e de todo entendimento.

A todos que estão lendo, gostaria de que soubessem o quão falho sou, o quanto careço de oração. Eu não sou ninguém sem Ele. Antes eu era ninguém, hoje continuo ninguém. Tudo o que eu produzi, produzo e produzirei morrerá nessa Terra e apodrecerá junto com meus ossos frágeis, revelando a falibilidade do homem e de suas conquistas pessoais. A única coisa que de fato é eterna em mim e o Amor de Deus, e Ele só. Queria que pensassem em mim como o mais necessitado dos homens, o mais carente e imperfeito deles, de forma que suas orações e palavras sejam usadas por Deus para me conduzir à perfeita varonilidade, que não depende de quem sou, de onde estou, do que eu tenho, do que eu penso, porém depende unicamente de Quem Ele, Jesus Cristo, É.

Com carinho,

Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Vivendo no Espírito


Antes de te explicar o título deste post, eu gostaria de recontar uma parábola, que embora não saiba quem a tenha inventado, com certeza foi um coração que de fato aprendeu a viver no Espírito.
Certo fazendeiro tinha um belo pomar, no qual havia plantado uma bela laranjeira. Cuidadosamente a regou, adubou e podou, até que numa manhã ensolarada ao olhar pela janela viu as belas laranjas que pendiam de ramos viçosos. Se aproximou e sentiu o aroma cítrico, alimentando a expectativa no sabor daquelas frutas tão belas. Apanhou a primeira e a descascou, porém ao prová-la… bleargh! Que azeda aquela laranja! “Que falta de sorte a minha!”, pensou ele, porém mais do que prontamente apanhou outra, na esperança de que a doçura mais do que certa aliviaria aquele sabor azedo, porém era ainda pior a segunda tentativa. Uma a uma ele tentava provar algo que fizesse valer a pena todo o esforço e tempo que gastara naquela árvore, mas estavam todas ruins, todas amargas.
Na tentativa de “consertar” a laranjeira, ele arrancou cada laranja e esperou a nova safra. Quando o esperado dia chegou, toda a ansiedade foi recompensada com… laranjas ainda piores que as primeiras! Um absurdo! Como aquilo era possível? Como algo tão ruim poderia ficar ainda pior?  O que ele poderia fazer agora? Abismado, ele resolve podá-la drasticamente, na esperança de que novos galhos dessem origem a novos ramos e consequentemente novas laranjas, boas laranjas. Já dizia o ditado :“A esperança é a última que morre”, e morreu naquela nova safra, dois anos após as últimas laranjas, porém duas vezes mais amargas.
Então um grande dilema passou pelo coração daquele fazendeiro: “E se… o problema estiver na semente que plantei? O que mais eu poderia fazer?”. A angústia correu do coração para os músculos da face, esboçando a total decepção, enquanto a dura verdade se materializava no velho machado dentro do celeiro. Ele sabia naquele momento que nada poderia ser feito com aquela árvore, que todo o esforço e tempo gastos havia sido em vão, e que se ele quisesse realmente laranjas boas ele deveria cortar pela raiz a laranjeira, e plantar outra no lugar, uma nova e boa semente, uma minúscula semente, começar do zero…
De um lado da balança estavam doze anos de cuidados, um orgulho ferido e uma laranjeira imprestável. No outro lado pendiam uma semente nova, a humilhação de todos que o vissem cortar a tão gabada laranjeira, um machado a ser afiado, e muito esforço pra derrubar centenas de quilos de madeira ingrata. O que ele faria então?
Cortou. Doeu. No fim do serviço um terreno vazio. A saudade do gosto das laranjas boas que “quase” provou. A sensação de fragilidade frente a uma semente desconhecida. A esperança apenas, e a determinação em esperar de novo doze anos, não havia mais orgulho, não havia mais reputação. Era ele e a semente.
Anos se passaram, agora não mais um coração orgulhoso, não mais a prepotência no falar. A nova semente curiosamente gerara um novo fazendeiro. A esperança crescera, junto com a serenidade, e os comentários malvados dos colegas já não o feriam mais. Embora todos dissessem o contrário ele apenas acreditava na qualidade da nova semente. Mal sabia ele que aquela havia sido uma lição dada por Jesus, e aquela semente, aquela semente era um novo coração.
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“E chamando a si a multidão com os discípulos, disse-lhes: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me.
Pois quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, salvá-la-á.
Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida?
Ou que diria o homem em troca da sua vida?” (Marcos 8:34-37)
“Assim, pois, todo aquele dentre vós que não renuncia a tudo quanto possui, não pode ser meu discípulo.” (Lucas 14:33)
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Somos os fazendeiros, e o nosso eu é a nossa laranjeira. Levantamos nosso ego desde o dia que nascemos, e quanto maior e mais viçosa é a “árvore do eu”, mais amargos se tornam os frutos da independência em cada ser humano. Em busca  de se tornar Deus, o homem trabalha inutilmente naquilo que já não presta, e dia após dia assina sua obra prima em cada desgraça, cada desequilíbrio e cada destruição. Aos olhos, ele se sente como se estivesse “fazendo um mundo melhor”, porém não sabe que nunca será capaz de gerar algo bom.
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“…entre os homens não há um que seja reto; todos armam ciladas para sangue; caça cada um a seu irmão com uma rede…” (Miquéias 7.2)
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A religião é uma venda na qual o homem mascara sua indepêndencia, tapa os olhos para o coração de Deus, e cria pra si uma imagem de um Deus que não fira seus interesses egocêntricos. O Nome de Jesus é colocado frente a campanhas de prosperidade e cura, afinal saúde e dinheiro quem não quer? Porém quando o assunto é o Jesus Verdadeiro, quando a cruz é de madeira, e os pregos de metal frio, então poucos homens e mulheres se levantam pra lembrar, e ainda mais escassos os que se levantam pra imitá-lo, catequizando em seus corações e atitudes as palavras do Mestre retratadas em passagens como Mc 8.34-36 e Lc 14.33.
Porém, nesse interim, a vontade de Deus é uma apenas:
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“Pedro então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo.” (Atos 2:38)
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Quando aceitamos cortar a árvore do eu, o Senhor Jesus planta em nós uma nova semente, e esta é o Espírito Santo. Viver no Espírito implica em morrer a cada dia pra si mesmo, e gerar frutos bons no Senhor. Não somos nós que os geramos, mas Ele mesmo, o Autor e Consumador da nossa fé, Jesus Cristo.
Viver no Espírito implica em entender que santidade não é um substantivo, é um verbo. É ação diária, e entregar a Deus a direção de toda a nossa vida, e isso constantemente. Implica em receber do Espírito aquilo que precisamos para viver na fé, tal qual um bebê depende dos pais para sobreviver.
Jesus não nos chamou para vivermos provando laranjas amargas, e passarmos a vida inteira tentando provar que pelo menos um pouquinho de nós estava certo. Jesus nos libertou naquela cruz para sermos de fato livres, livres de nós mesmos. Só existe liberdade para o coração que se prende ao Senhor, e se lança aos pés do Trono.
O caminho para o celeiro, até aquele machado, todos conhecemos. É tão simples e claro que, embora muitos tentem complicar, sabem que na verdade derrubar uma árvore é mais rápido do que vê-la crescer, porém basta ao homem o esforço de cumprir com a Palavra, e fazer do arrependimento o cotidiano.
Negar a si mesmo.
Diariamente tomar a cruz.
Perder a vida.
Renunciar a tudo.
Andar na luz.
Viver no Espírito.
Matar o eu.
Viver Jesus.
Que o Senhor te abençoe com a Presença dEle, e multiplique em nós a revelação diária da vida no Espírito.
Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O que penso sobre o Natal

 

Chega agora o fim do ano, e alguns dilemas começam a ser levantados. Natal, comemorar ou não? Nascimento de Jesus? Festas? Símbolos natalinos?

Como nerd que sou sempre fui compelido a pesquisar sobre aquilo que me intriga. Em busca de entender os símbolos natalinos eu revirei a internet em busca de respostas, e descobri algumas coisas interessantes.

Para quem não sabe, o nome “natal” é sinônimo de “nascimento”, e nesta data é comemorado o nascimento de Jesus. A comemoração foi instituída pela igreja católica, que em busca de agradar a gregos e troianos uniu conceitos bíblicos e pagãos. Por conta disso e de outras influências, foram incorporados às festividades alguns símbolos como a árvore de natal, guirlandas, tipos de comida, Papai Noel e duendes, renas, trenós e presentes. Pouco a pouco o Natal deixou de ser uma data cristã e se tornou comemoração secular na maior parte do mundo. A Coca-Cola trouxe a figura do Papai Noel gordo e barbudo vestido de vermelho, para incentivar os princípios capitalistas e criar uma associação da garrafa à data. O comércio é acentuado nesta época do ano, e rende milhões para os cofres públicos e privados.

Os encontros familiares são intensos em sua grande maioria, e até mesmo parentes que não se dão bem fingem perfeitamente no fim do ano. Luzes iluminam a cidade, o terror corre solto nas granjas de perus e outras aves “natalinas”, enquanto o trânsito caotiza em cidades grandes. Dezenas de incentivos fiscais são criados para favorecer o máximo faturamento, e o clima parece ser outro, como se fosse um momento completamente diferente do resto do ano.

Arrisco dizer que Jesus, na grande maioria das vezes, nunca foi e nunca será o foco no Natal, que ironicamente é a comemoração do seu “aniversário”. Existe toda uma mobilização satânica instaurada para impedir qualquer reflexão a respeito de Cristo nesta e em outras datas e é curioso verificar a forma como a mídia rapidamente se esquiva do Natal após o dia vinte e cinco de dezembro e volta profundamente o foco para a “virada do ano”. Nunca foi, e nunca será proveitoso a qualquer veículo de comunicação capitalista, falar de Jesus.

Quais são as minhas considerações a respeito então? Primeiro é importante verificar que a única vez retratada na Palavra de Deus em que o nascimento de Jesus foi comemorado, foi no nascimento de Jesus. Em nenhum dos demais capítulos vemos retratada tal comemoração, o que nos mostra claramente que a criação da comemoração pela igreja católica nada mais é do que uma “política de pão e circo” para segurar os fiéis, por todo o império romano. Não vemos os irmãos na Igreja Primitiva comemorar o Natal, porque não havia nada de importante nisso para eles. O compromisso deles era com a obra constantemente, trezentos e sessenta e cinco dias no ano, e era ilógico terem uma data para comemorar o nascimento de Jesus, quando eles já comemoravam o esvaziamento do Verbo e a ressurreição de Cristo diariamente, proclamando sem cessar estas verdades.

Em segundo lugar é importante ressaltar que a data vinte e cinco de dezembro existe devido à um contrato entre igreja católica e estado romano, devido à comemoração da Saturnália, festa pagã muito comum entre os povos aderidos ao império romano. Era necessária a criação de praticas populares, isto é, com boa aceitação pela população geral, e como o Cristianismo agora era “comandado” por um povo independente de Deus, o Espírito Santo não traria muita revelação. Era necessário criar alguma distração para manter o “povo de Deus” unido. Jesus provavelmente nasceu em meados de Abril, e essa data não é comemorada por ninguém.

A única data comemorada pela Igreja no Novo Testamento é a páscoa, e mesmo assim por causa da origem judaica dos primeiros irmãos. Vemos a Igreja comemorando a ceia de forma diferente à ensinada por Moisés, e isso não em uma data fixa, mas várias vezes ao ano, sempre que uma boa ocasião acontecia entre os irmãos. Assim, chegamos à conclusão de que não era do feitio da Igreja Verdadeira comemorar datas de nenhum tipo, mas comemoravam as vitórias de Cristo sobre o inferno e a morte constantemente.

Na época da Páscoa eu gosto de comprar ovos de chocolate. Por quê? Porque é um tanto interessante comer um chocolate no formato de ovo, só por isso. Eu não comemoro a Páscoa, não sou judeu, sou discípulo de Jesus, eu comemoro as vitórias de Cristo, e sempre, não em uma data específica. No Natal eu gosto muito das luzes enfeitando a cidade, do jantar com a família no dia vinte e quatro, das cantatas e teatros, mas não por causa do Natal, apenas porque acho bonito. Eu não comemoro o Natal, apenas curto o momento.

A única coisa a que devemos nos ater é entender que, se colocarmos o foco nessas festividades, tiramos o foco da real obra, que deve acontecer durante todo ano, isto é, fazer discípulos, batizando-os e ensinando-os a guardar todas as coisas que Jesus ordenou (Mt 28.18-20). A palavra “entretenimento” já diz tudo: entreter, isto é, distrair. Toda a mobilização satânica visa entreter a Igreja, de forma que não seja efetiva a todo tempo, e deixe passar batido as oportunidades colocadas pelo Espírito de Deus para agirmos. As comemorações seculares servem como entretenimento intenso, e todo discípulo deve buscar a constância e a intimidade com Deus. Se nos envolvemos com a obra, estamos sempre atentos, e não distraídos, e então fica fácil assistir as luzes no Natal sem que isso roube a atenção. É assim que eu penso.

Uma outra estratégia de satanás para derrotar a Igreja durante datas como essa é levantar contendas entre irmãos. Aqueles que são veementemente contra as festividades se entravando com aqueles que não veem problema nelas. O ego toma conta e se esvai toda a unção do Espírito. A saída para isso é lembrar do que a Palavra nos ordena quanto às questões de divergência:

“Ora, quanto ao que está enfermo na fé, recebei-o, não em contendas sobre dúvidas.
Porque um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come legumes.
O que come não despreze o que não come; e o que não come, não julgue o que come; porque Deus o recebeu por seu.
Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai. Mas estará firme, porque poderoso é Deus para o firmar.
Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente.
Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz e o que não faz caso do dia para o Senhor o não faz. O que come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e o que não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus.
Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si.
Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor.
Porque foi para isto que morreu Cristo, e ressurgiu, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos mortos, como dos vivos.
Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo.
Porque está escrito: Como eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim, E toda a língua confessará a Deus.
De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.
Assim que não nos julguemos mais uns aos outros; antes seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao irmão.
Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nenhuma coisa é de si mesma imunda, a não ser para aquele que a tem por imunda; para esse é imunda.
Mas, se por causa da comida se contrista teu irmão, já não andas conforme o amor. Não destruas por causa da tua comida aquele por quem Cristo morreu.
Não seja, pois, blasfemado o vosso bem;
Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.
Porque quem nisto serve a Cristo agradável é a Deus e aceito aos homens.
Sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros.
Não destruas por causa da comida a obra de Deus. É verdade que tudo é limpo, mas mal vai para o homem que come com escândalo.
Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras coisas em que teu irmão tropece, ou se escandalize, ou se enfraqueça.
Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova.
Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque não come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado.”  (Romanos 14:1-23)

Não preciso fazer nenhum comentário à respeito deste texto bíblico, está bem clara a posição do Senhor diante de tudo.

Que não venhamos a deixar que NADA retire a nossa atenção do Senhor nessa época, e que venhamos a permanecer perenes, constantes em toda boa obra, como em todo o resto do ano. Somos livres em Cristo, e nosso coração deve permanecer nEle.

Que a graça do Senhor Seja com todos e que Deus os abençoe.

Enorme e carinhoso abraço,

Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.

domingo, 16 de outubro de 2011

Um convite à boa parte [4]

 
Antes de qualquer coisa, vamos dar uma olhada no texto que está em Lucas 10.38-42:
1 E aconteceu que, indo eles de caminho, entrou Jesus numa aldeia; e certa mulher, por nome Marta, o recebeu em sua casa;
2 E tinha esta uma irmã chamada Maria, a qual, assentando-se também aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra.
3 Marta, porém andava distraída em muitos serviços; e, aproximando-se, disse: Senhor, não se te dá de que minha irmã me deixe servir só? Dize-lhe que me ajude.
4 E respondendo Jesus, disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária;
5 E Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada.
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Nossa… foi Marta quem o recebeu em sua casa! Confesso que nunca tinha percebido isso antes! (Valeu por mais essa Senhor!)
ATENÇÃO: Os detalhes da narrativa a seguir são fruto da minha imaginação para esse evento tão importante, todos os direitos autorais do evento no original são reservados ao Autor da Vida, hehe.
Estava quente. Marta viu Jesus chegando no vilarejo. Seu irmão Lázaro era amigo do Mestre e era como se fosse da família também. Ela convidou Jesus para entrar, e enquanto isso se lembrava de que precisava por a casa em ordem. Organizada e caprichosa, Marta acreditava que receber visitas com a casa desarrumada não era nada adequado, então era preciso agir rápido.
Jesus entrou e se assentou. A longa caminhada que havia feito nos faria refletir sobre o pecado que é murmurar pela superlotação nos ônibus, e ele estava cansado. Maria ficou muito feliz com a chegada do Rabi e rapidamente foi buscar um pouco de água e lhe deu a beber. Maria adorava ouvi-lo. Desde que Jesus se tornara amigo de Lázaro o sentimento de família havia ficado muito forte.
Marta, de longe, sistemática como sempre, olhava aquela conversa e se perguntava no íntimo: “Quando é que Maria vai se tocar e vir me ajudar também? Será que ela não entende que eu também gosto de ouvir Jesus ensinando? Mas responsabilidades são responsabilidades. Jesus bem que podia orientá-la a me ajudar, sei que ele vai fazer isso assim que perceber uma oportunidade, sei que vai dizer a ela.” Enquanto isso Jesus, pelo poder do Espírito Santo, sabia tudo o que estava se passando no coração de Marta.
dez minutos e nada, vinte e menos ainda… uma hora se passara e Jesus empolgado falava sobre o coração do Pai e seu Amor pela humanidade, citando passagens de Gênesis à Malaquias. Os olhos de Maria brilhavam! Marta percebeu que Jesus não estava se incomodando e resolveu “ajudá-lo” a perceber: “Jesus, eu acho que Maria se esqueceu que precisa me ajudar a fazer os deveres, imagino que o você esteja sem graça de dizer a ela pra me ajudar, já que ela está tão empolgada a te ouvir, mas não se preocupe, Maria entenderá. Pode pedir a ela que venha me ajudar.”
Naquele momento Jesus parou e olhou para Marta com os olhos cheios de um amor tão grande que só o Filho de Deus poderia demonstrar. Depois de um breve, porém reflexivo espaço de tempo, ele respondeu a moça dizendo: “Marta, Marta… porque é que você sempre espera que eu dê tanto valor ao que você faz? Desde que cheguei você se pôs a trabalhar e arrumar a casa, mas eu não vim visitar a casa, vim visitar você. Maria pois escolheu a boa parte, e eu não vou tirar isso dela.”
“Boa parte…” Aquelas duas palavrinhas, embora enigmáticas, trouxeram consigo rapidamente o significado. Jesus fizera todo aquele esforço para estar com aquela família, não importava o estado da casa, importava o estado do coração delas.
Embora tudo aí em cima tenha uma boooa pitada da minha imaginação, eu creio sinceramente que aconteceu assim. Ao ler esta passagem é como se eu visse uma filmagem da cena, e me faz refletir sempre.
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Dois erros são passíveis de serem cometidos pelos discípulos de Jesus.
O primeiro é a negligência à obra, acreditando que o serviço na Igreja está relacionado apenas à vida de alguns “irmãos muito abençoados”. Nessa situação nos tornamos infrutíferos e secos, e aí temo que a analogia da Videira e do Agricultor deva gerar temor em nós. Ainda englobando a negligência, existe o problema de fazer de forma desleixada. Jesus nos deu uma ordem a cumprir e uma maneira de cumpri-la, não pode ser feita de qualquer jeito. Eu por exemplo, careço demais da misericórdia do Senhor, pois sou remisso muitas e muitas vezes, deixando de fazer a obra que o Senhor me ordenou a fazer.
O segundo erro é ainda mais perigoso que o primeiro: Muitos chamam de “dar o melhor pra Deus”, ou “fervor na obra”, eu chamo apenas de “carregar as pedras que o Senhor não colocou em nosso carrinho de mão” (em recorrência da pregação “A Cruz”, ministrada por Eliseu Moreira, link: http://fazendodiscipulos.com.br/ensinos/podcast/2007/cruz-parte-1-eliseu-moreira/).
O homem caiu por desejar exatamente o mesmo que quis satanás: Glória. Uma das maiores sequelas da independência é que nós, em nossa carne, conceituamos o valor de qualquer coisa pela glória que pode proporcionar. Dizemos que algo é o melhor referenciado naquilo que conhecemos. Assim como a filhinha que convida o papai para tomar chá em xícaras de plástico preenchidas por ar, temos a tendência de querer sempre fazer algo “excelente” para com isso glorificar a Deus. Frases como “Deus merece o meu melhor” são extrema verdade. O grande problema é que somos incapazes de diferenciar xícaras de plástico cheias de ar, das xícaras de porcelana com um delicioso chá fino. Nós usamos os termos “excelente” e “o melhor”, sem conhecermos de fato o que é o melhor e o que é excelente. Só em Jesus podemos aprender isso, porque Ele é o próprio Deus.
Um dia vou sorrir para minha querida Sarah e ensiná-la como é feito o chá de verdade. Mostrar a ela que muito além do prazer da imaginação da brincadeira, existe também o prazer de sentir o cheiro e o sabor do chá verdadeiro. Mas… e quanto a mim? Será que já não é hora de sentar com o Papai e ouvi-lO me ensinar aquilo que realmente O agrada? Será que vale a pena me ater a tantas coisas e me lançar numa obra gigantesca e extremamente diligente, quando o Senhor me diz que não veio para ver a louça lavada, mas para estar comigo? Ah Jesus… como eu preciso aprender isso de fato!
Eu quero escolher a boa parte, quero ficar aos pés do Senhor e te ouvir Jesus!
Que o Senhor toque nossos corações e nos mova a, como Igreja, entendermos que aquilo em nós que é atraente ao noivo é o nosso coração apaixonado por Ele, e não as obras que realizamos. Se permanecermos sempre junto a Ele, Ele mesmo nos direcionará à obra certa no momento certo, e do jeito dEle. E assim, de modo algum vamos errar, ou carregar pedras a mais em nosso carinho de mão, as quais proveito algum tem para Ele e só servem para nos cansar e desanimar.
Não podemos dar o melhor pra Deus enquanto o nosso melhor não for passar tempo com Deus.
Graça e Paz,
Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Santo, Santo, Santo! (by Ted)

Queridos, Neste post fazer algo diferente, vou postar algo que o Ted, grande amigo e discípulo de Jesus escreveu. Achei tremendamente edificante e espero que sirva de edificação a cada um de vocês! Grande abraço a todos e agora é com o Ted!

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Uma coisa que quero dividir é sobre o ter Jesus como o centro como a nossa suficiência. No mundo nós jovens somos diariamente bombardiados pelo mundo e pelas ofertas de satanás em nos seduzir e tentar de todas as formas tirar a pessoa de Jesus como suficiente para nós. Queridos eu quero aqui animar vocês. Jesus quer ser suficiente para nós, ELE quer ser preferido. Hoje como jovens sentimos a necessidade natural de termos alguém (homem ou mulher) do nosso lado, e Deus na sua bondade nos concede em muitos casos esse presente vindo dos céus. Mas o que eu quero vos atentar é que ELE quer ser essa companhia, esse alguém, independente Ele dando ou não. Ele quer ver jovens fortes, resistindo ao pecado, jovens santos. Olhemos por exemplo a vida de José. José não foi em todo tempo um homem que por grande alegrias. Ele sim foi muito provado, e como foi provado!!! Mas o que Deus quis de josé, Ele conseguiu, que foi ter um servo santo, que o agradace em santidade e pureza. José agradou a Deus vivendo essa pureza e se guardando e tendo Deus como o único Deus numa época de extrema idolatria a um homem, faraó que pelos povos antigos era considerado como um deus na terra. Mas José em sua pureza e santidade e separação para Deus, ele se posicionava com graça e sabedoria honrando ao seu Deus, o todo poderoso aquele que era, que é e que há de vir. Aleluiaaa....

Só existe um atributo de Deus que é elevado ao terceiro grau de repetição nas escrituras, só há uma característica do Deus todo poderoso que é comunicada no superlativo. Na boca dos anjos, a bíblia não somente diz que Deus é santo, ou que ele é santo, santo. Mas diz que Ele é santo, santo, santo, a ELE OUVIIII!!! A bíblia não diz que Ele é misericórdia, misericórdia, misericórdia, ou amor, amor, amor, ou justiça, justiça, justiça ou ira, ira, ira. Mas sim que Ele é Santo, santo, santo. Quem somos nós para ter sido objeto de sua misericórdia? Eu não sei porque eu? Pois se olhar para algum motivo dentro de mim, tudo que verei será minha pecaminosidade. E ao contemplar sua santidade eu fico mais consciente de meu pecado. E ao contemplar sua santidade e meu pecado então eu entendo que mereço sua ira justa, a luz da sua santidade contra a minha pecaminosidade e vejo que eu mereço pela minha pecaminosidade a eternidade no inferno.

Nossa visão de pecado irá mudar se Ele te der uma paixão pela santidade de Deus, vocênão pensará mais em pecado como magoar o homem, mas como uma desonra a Deus. Você não pensará mais em pecado como uma escolha pelo prazer, mas como a perda do prazer. Você pensará que a justiça de Deus é Seu compromisso de sempre estar certo consigo mesmo, ou seja, de exaltar sempre o que é digno: Sua própria santidade e sua glória.

Com mais uma coisa eu ressalto. Deus quer que seus filhos sejam semelhantes a Jesus, e ELE também quer através do seu Espírito que é Santo revelar Jesus a nós. Mas o pai só revela o filho para aqueles que se humilham e reconhecem quem Cristo é.

“A pomba é um animal sensível de aparência inocente e ela não desceu sobre uma cobra e nem sobre um leão, mas sim sobre um cordeiro que é manso.” Carlos Cardoso

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Agora, sou eu Gui de novo, hehe. Espero que tenha edificado vocês assim como me edificou! Hoje ou amanhã devo postar de novo de próprio punho. Obrigado Ted pelo texto abençoado e obrigado a todos por acompanharem o blog! Que Jesus abençoe vocês

No Amado,

Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.

domingo, 25 de setembro de 2011

Um convite à boa parte [3]

I Pe 1.8 – a quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória.

Que coisa incrível é ter comunhão com Deus. A independência tornou nossa carne escrava dos sentidos, de forma que somente aquilo que passa pelos nossos cinco sentidos, passa por verdade. Toda a ciência é baseada neles, todo experimento gera “leis” e “teses” quando provado por eles. Sendo assim, como podemos ter fé em algo que não gera reações físicas no nosso corpo? Como crer em alguém que não vimos? Essas perguntas são as que alicerçam os conceitos de muitos doutores e mestres da ciência.

Bom, ao meditar em no texto que está em Lucas 10.42 vemos que Maria estava literalmente aos pés do Senhor, aprendendo dele, vendo-o, ouvindo-o, sentindo-o. No entanto quando vemos a realidade da Igreja descrita em Atos dos Apóstolos vemos que a situação é bem diferente. Eles não tinham mais Jesus corporalmente entre eles. Este texto da primeira epístola de Pedro foi escrito bem depois que o próprio Pedro viu Jesus ascender aos Céus, no entanto podemos perceber um êxtase em suas palavras!

A comunhão com Deus não acontece por meio do corpo, mas por meio do Espírito Santo. É até complicado discernir com clareza os sentidos espirituais não é? Quantas vezes ouvimos e até usamos esses termos em nossas descrições de nossos tempos com Deus: “eu ouvi o Senhor falar comigo”, “eu senti muito forte a presença de Jesus”, “eu sinto o abraço carinhoso de Jesus nesse momento”, “eu sinto o doce perfume de Cristo sobre a Igreja” entre tantas outras frases similares! A verdade é que nossa comunhão com Deus cria em nós novos sentidos!

Sabe por que temos apenas cinco sentidos? Porque nosso corpo possui apenas cinco formas de se comunicar com o ambiente e isto é, através dos mecanismos do ouvido interno, das células sensitivas da pele, das papilas gustativas na língua, das células sensoriais no nariz e das células sensoriais na retina dos olhos. Devemos lembrar que o mesmo Deus que fez nossos cinco sentidos, fez cada um desses meios de comunicação. Quantos mais meios devem existir então? Já pensou nisso? Lembra que Jesus sabia o que estava no coração daqueles que estavam próximos a ele? Esse sentido é diferente, e veio do Pai! Quando Ananias e Safira pecaram, como foi que Pedro ficou sabendo sem nem mesmo eles terem falado? Porque o Espírito Santo o revelou! Aleluia! Somos livres de nós mesmos por meio dos sentidos incontáveis que o Jesus nos concede através da comunhão com Deus!

É por isso que o texto diz que “a quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória.” Porque não precisamos ver com nossos olhos carnais para exultarmos de alegria com a doce presença dEle, para O amarmos de todo nosso coração e crermos nEle totalmente!

Quando eu percebo que alguém que não conhece o Senhor tenta a todo custo me convencer de que eu estou maluco por crer no Senhor, eu costumo dizer assim “Está vendo a Lua no Céu? Eu creio mais em Jesus Cristo ressurreto do que na Lua!” Geralmente isso faz a pessoa ter dois pensamentos: Ou “esse cara é maluco mesmo, nem adianta tentar” ou “este cara realmente crê nesse tal de Jesus, porque será que isso acontece com ele?”.

Como é que desenvolvemos nossos sentidos carnais? Usando-os. É por isso que quando crianças pequenas aprendemos coisas como: o que são as cores, o que cheira bem ou mal, o que é bom de se comer e o que tem gosto ruim, se a panela está quente ou não, e tantas outras coisas. Ao passarmos tempo com nossos pais carnais aprendemos com eles a usar os cinco sentidos.

Como é que desenvolvemos nossos sentidos espirituais? Passando tempo com nosso Pai Celestial, e aprendendo com Ele a usar esses sentidos! Quanto mais tempo passamos junto com Jesus, mais e mais podemos senti-lo e nos encher de alegria por estarmos com Ele! Aleluia!

“Maria escolheu pois a boa parte, e esta não lhe será tirada.” (Lc 10.42)

Que o Senhor abençoe ricamente cada um de vocês, meus queridos.

No amor do Pai,

Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Um convite à boa parte [2]

Jo 17.3 – E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.

Muito se ouve falar em vida eterna com o sentido de um viver novo em um lugar celestial, o Céu. Muitas canções foram escritas exaltando o momento sublime que iremos passar ao adentrarmos os portões da Cidade Santa, a Nova Jerusalém. Aleluia! É realmente maravilhosa a expectativa que enche o nosso coração, de enfim vivermos no Céu, para todo sempre!

O grande problema é que a vida eterna não começa no Céu. Ela não é um lugar, ela é um viver. Para entendermos melhor o que é a vida eterna, vamos pensar um pouco primeiro naquilo que é a vida “não-eterna”.

Qual o motivo da vida? Mesmo que vários cientistas tentem a todo vapor associar a matéria animada com a matéria inanimada, e dizer que somos apenas um conjunto complexo de arranjos moleculares, existe uma coisa, um pontapé inicial que eles nunca puderam explicar: a vida.

É fato que somos 75% compostos de moléculas de água, e dos 25% de massa seca a maior parte é formada por moléculas de carbono. Se olharmos dessa forma, muitas rochas possuem formação parecida com a nossa, e não são vivas. Algo mais profundo de alguma forma diferencia o animado do inanimado, a matéria morta, inerte, da viva.

Vemos na Palavra (Gn 2.7) que Deus formou o homem do pó da terra (daí nossa semelhança molecular com algumas rochas) e depois o que Ele fez? Soprou o fôlego de VIDA em suas narinas. A vida naquele momento possuía a função de tornar animado um corpo de barro, e transformá-lo na obra de arte máxima de Deus: o corpo humano.

Mas então, porque a morte surgiu? A palavra diz (Rm 5.12) que a morte entrou no mundo através do pecado do homem. O fim da vida representa o desligamento com o Criador, a separação, o retorno à matéria inanimada. Devido ao pecado, toda a matéria foi condenada ao fim da vida, à destruição. Deus em sua infinita bondade e misericórdia, Resolveu o problema da morte da alma através de seu Filho Jesus Cristo, o qual morreu em uma rude cruz pelos pecados de toda a humanidade, concedendo à todos uma chance de serem redimidos, e serem reatados ao seu Criador.

A estratégia magnífica aqui é fazer Jesus viver em nós dia-após-dia enquanto nosso velho eu é morto, também diariamente. A nova vida começa no batismo, quando somos colocados em Cristo, enxertados na Videira Verdadeira.

O que é a vida eterna? A vida eterna é o contato eterno com o Criador, é a vida nEle, e provarmos da presença dEle eternamente, e basta lembrar aqui que o “eternamente” inclui também o hoje.

Isto eu digo porque da mesma forma que muitas canções foram escritas exaltando a vida que há de vir no Céu, existem também canções de lamentação quanto ao tempo que passamos aqui. Não apenas músicas, mas palavras, ensinos, sermões e outros. É como se dissessem: não existe alegria enquanto não morrermos, não existe vida plena enquanto não pisarmos as ruas do Céu. Isso não é verdade, pois a vida eterna é esta: “Que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo à quem enviaste.”

Existe uma larga diferença entre vivermos inconformados com as atrocidades deste mundo e vivermos lamentando, infrutuosos, pelos cantos, como se estivéssemos em uma cadeia, implorando pela liberdade. Jesus nos fez livres naquela Cruz, e fez isso com uma razão específica, a de sermos sal e luz nessa Terra.

Como seremos sal e luz se focarmos nosso tempo aqui como algo totalmente penoso e insuportável? Nos fecharemos em casulos esperando o arrebatamento? Enterraremos pois o talento que nos foi confiado até a volta do Senhor? Não!

Ter vida eterna ter Jesus vivendo em nós e através de nós. É conhece-lo e prosseguir em conhece-lo (Os 6.3). É deixar a vida dEle em nós contagiar à todos quanto vivem conosco. As limitações que a carne nos impõe não podem ser motivo para atrofiarmos os músculos espirituais que recebemos no batismo.

Que venhamos sim, entoar canções exaltando a maravilha que há de ser entrarmos para viver eternamente com o Senhor no Céu, mas que também venhamos a entoar canções que são canções de batalha, fortes e destemidos para viver e fazer toda a vontade do Senhor aqui, enquanto Ele não vem nos buscar. Que nossas vidas possam revelar que a vida eterna começa aqui, conhecendo a Deus e a Jesus Cristo, a quem Ele enviou. Que venhamos a desfrutar da vida eterna, estando atentos a aprender com o Senhor, aos Seus pés.

“Maria escolheu pois a boa parte, e esta não lhe será tirada.” (Lc 10.42)

No Amado,

Guilherme Wilson, discípulo de Jesus.