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terça-feira, 26 de abril de 2011

Meditações sobre o Propósito Eterno de Deus (5)

Cl 1.27 aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória;

Este é um texto pequeno, porém carregado de profundidade. O texto começa dizendo “aos quais”. Quem são estes? Os santos, a Igreja, conforme vemos nos versículos anteriores. A Palavra diz que “Deus quis dar a conhecer”, o que significa que partiu do coração de Deus, veio dEle o conhecimento da “riqueza da glória deste ministério entre os gentios”, o que merece diligentemente a nossa atenção.

Primeiro: “riqueza” significa abundância de qualquer coisa, suficiência plena de recursos. Essa riqueza assegura que a sobrevivência não seja ameaçada. Mas de que tipo de riqueza fala o texto? “Riqueza da glória”. A glória é que é rica, completa, suficiente e mais do que isso, transbordante. Glória é pompa, algo que enobrece e que salta aos olhos, que embeleza e diferencia. Essa glória é atribuída a um mistério entre os gentios.

Opa... espere aí! Gentios? Isso mesmo, gentios! Isso aqui pode ser fácil de engolir para nós, mas não é nada digestivo aos ouvidos de um judeu. Algumas doutrinas judaicas afirmam que a vida de um animal vale mais do que a de um gentio, isto é, se existe algo sem glória aos olhos deles, essa “coisa” somos nós, os não judeus. Como é que um mistério entre os gentios pode ser rico em Glória? Como?

Pense em um vaso de barro. Simples, rudimentar, com algumas trincas e torrões mal queimados. Qual é a Glória deste vaso? Nenhuma. O que ele é, se comparado lado a lado com um caprichado vaso de porcelana? Nada! Agora... plante algumas sementes nele... regue e espere. Continue imaginando ambos lado a lado e compare a Glória deles. Nasceu uma folhinha pequena! E agora? A porcelana ainda ganha, não? Ok, então espere mais... um monte de folhas verdes saudáveis! Repare que o vaso em si vai perdendo a importância, e o vaso de porcelana vazio começa a ficar ofuscado. Passa mais algum tempo até que... nasce um lírio! Um maravilhoso lírio! Seus olhos se inundam com a Glória da flor ali dentro, mas... e a Glória dos vasos? Agora são tão insignificantes em si mesmo que nem mais importa se é de barro ou de porcelana, não é? A atenção foi plenamente roubada pela obra divina que desabrochou!

A grande diferença é que se tratando de história e cultura, porcelana é incomparavelmente superior ao barro. Judeus eram tidos naquela época como um povo separado dos demais, diferenciado por serem filhos de Abraão, carne, osso e porcelana.

E então o que o texto diz que torna os gentios tão gloriosos a ponto de ofuscar até mesmo o brilho dos judeus? “Cristo em vós”! Jesus é o Lírio que nos transforma totalmente, Ele é a Glória rica deste mistério entre os gentios. Sem Ele os vasos de porcelana são só vasos comuns, e com Ele dentro, não existe importância no material dos vasos. Se judeus ou se gentios, nada interfere na única Glória em nós, Jesus Cristo.

Esta é a “esperança da Glória”. Deus quer ver Jesus em nós, quer plantar este Lírio Perfeito em todos nós, de forma que sejamos tomados por Ele e participemos da Glória que está em Cristo.

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