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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Meditações sobre o Propósito Eterno de Deus (4)

Rm 3.12 Todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nenhum sequer.

Toda carta tem um objetivo, um alvo, um lugar a chegar e uma informação a passar. É realmente triste quando descobrimos que uma carta de alguém que amamos foi extraviada, isto é, foi parar nas mãos de alguém quem não dará o valor às palavras amáveis que seriam direcionadas a nós. O mesmo acontece com mensagens no celular, quando a mensagem que devia nos fazer emocionar “apita” no celular de outra pessoa, que não dará o mínimo valor que daríamos.

Imagine a situação: Você recebe uma mensagem no celular dizendo “Como vai? Sinto saudades de você...”, porém a mensagem é de um desconhecido, você nunca viu o número antes. Por certo, o comum é que a mensagem seja ignorada, e o máximo de atenção que você ou eu daríamos é dizer: “Foi engano, que pena...”.

Agora imagine a mesma mensagem sendo as primeiras palavras que você recebe do seu irmão, que há dez anos não lhe dirige a palavra, por causa de um assunto mal resolvido no passado, o que essa mensagem vai lhe significar?

Todos fomos criados em Adão com um propósito específico no Reino de Deus, de sermos feitos Família de Deus, de termos Deus por Pai. Este era o nosso alvo, porém... todos nós extraviamos. Por essa razão, todos nós nos fizemos inúteis.

Imagine uma fábrica que monta motocicletas. A gerência encomenda uma remessa de pneus, porém, por um motivo de descuido da representante de pneus, os endereços são trocados e chegam à fábrica uma remessa de pneus... só que para tratores rurais! Para que vão servir os pneus de tratores nas motocicletas? Nem poderão ser usados, não tem nenhuma utilidade! Assim também, nós, ao extraviarmos, perdemos completamente nossa utilidade, “à uma” nos tornamos inúteis. Repare que “à uma” quer dizer “todos”.

E a Palavra continua dizendo que “não há quem faça o bem”. O que é o “bem”? Nosso conceito de “bem” e “mal” é tão raso e falho quanto humano. Medimos as características das coisas pelas conseqüências e não verdadeiramente pela essência. É por essa razão que não nos alegramos quando alguém nos prejudica e ficamos alegres se alguém nos dá um presente. A independência nos tornou seres essencialmente, ou melhor, carnalmente egoístas, isto é, se algo nos traz alegria carnal, então é bom, e vice versa.

Deus, no entanto, possui um padrão de referência perfeito, que diz realmente se algo é bom ou não. Este padrão é Ele mesmo. Sua vontade é boa, perfeita e agradável, e por conseqüência aquilo que está fora da sua vontade é ruim, imperfeito e desagradável. Fica fácil assim entender que quando Deus diz que “não há quem faça o bem” Ele está dizendo: “A independência tomou o coração de Adão, e toda a humanidade herdou isso dele, sendo corrompidos da mesma forma, incapazes por tanto de fazer o bem, isto é, a Minha vontade”. Repare que Ele diz: não há nenhum sequer, reforçando ainda mais o afastamento total da humanidade, e mostrando como o homem se tornou inútil ao Seu Propósito Eterno.

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